A desigualdade social é um fenômeno relevante para as Ciências Humanas e Sociais, e Ciências da Saúde, sobretudo à Saúde Coletiva, dada a intercessão destas áreas ao lidar com realidades comunitárias. Portanto, este ensaio busca realizar uma análise teórico-crítica acerca das desigualdades sociais, suas repercussões na Saúde Coletiva e como novas teorias sociais ajudam a interpretar este fenômeno. Para tanto, realizou-se uma explanação prévia sobre o conceito de Desigualdade Social, seguida de uma síntese acerca da Desigualdade Social em Saúde; por fim, procedeu-se com uma análise crítica do arcabouço teórico estudado, conectando a “modernidade líquida” do sociólogo polonês Zygmunt Bauman com o conceito de underclass do psiquiatra e ensaísta britânico Theodore Dalrymple, contemplando as multifacetas das desigualdades sociais em saúde frente às conjunturas atuais da Saúde Pública. A partir da discussão da temática, foi notória como a cultura de liquidez da atualidade, juntamente com a ação das underclasses em seu individualismo pode fomentar a manutenção das desigualdades sociais e suas inúmeras facetas, inclusive na Saúde Coletiva. Assim sendo, tornar-se urgente repensar as ações de combate às desigualdades sociais, incorporando novas perspectivas, como a modernidade líquida e analisando a maneira como o Estado institucionaliza a miséria das underclasses.
O álcool é a principal droga psicoativa utilizada pelos universitários, com uma alta prevalência de uso, evidenciando para o risco de danos à vida. No Brasil, o consumo de álcool é a principal causa de morte entre jovens. Os objetivos deste estudo são sumarizar as publicações sobre prevalência do consumo de bebidas alcoólicas entre universitários e discutir sobre seu comportamento de risco no trânsito. Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, com estudos publicados entre 2010 e 2020 nas bases de dados SciELO, MEDLINE e LILACS. Foram elegidos 19 artigos de acordo com os critérios de inclusão. Os estudantes do gênero masculino consomem álcool com mais frequência e as mulheres apresentam tendência de crescimento para este comportamento. O exagero no consumo de álcool entre os discentes se intensifica no decorrer dos anos de faculdade. Embora os universitários reconheçam a potencialidade deletéria da associação do álcool e trânsito, há evidências de atitudes perigosas no trânsito demonstrando para a não conscientização acerca dos perigos envolvidos. É necessário fortalecer debates e intervenção prática nas instituições de ensino superior para consolidar o conhecimento acerca dos riscos de beber e dirigir e provocar possíveis mudanças de comportamento a fim de reduzir danos individuais e coletivos.
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