In Brazil, at least 30% of the total financial resources provided by the federal government for school feeding should be used to buy products from family farming. The present study examines the profile of the purchase of these products in municipalities of the state of Rio Grande do Sul (RS), south Brazil, in 2014. A cross-sectional descriptive study was carried out with information obtained through a questionnaire sent to the municipalities and filled by respondents. Of the 371 participating municipalities, 367 acquired products from family farming, and 86.8% of these municipalities achieved the minimum percentage required. Nutritionists and farmers were the main components involved in the articulation of this process. Difficulties faced by these individuals included the lack of organization of the producers, failure to meet the demand, and lack of interest. More than 80% of the municipalities bought food from the "Vegetables", "Cereals, Breads, Pasta, and Tubers" and "Fruits" groups. Only 8% purchased products from socio-biodiversity. There was a great diversity of food purchased, most of which were in natura, despite the low acquisition of socio-biodiversity products. Results of this study indicated the concern and tendency of the Brazilian municipalities to support the local economy with incentives to consumption and production of regional foods. RESUMO: No Brasil, no mínimo 30% do total dos recursos financeiros repassados pelo governo federal para a alimentação escolar devem ser utilizados na compra de produtos da agricultura familiar. Este estudo analisa o perfil da aquisição desses produtos em municípios do RioGrande do Sul (RS), em 2014. Foi realizado estudo transversal descritivo com informações obtidas de um questionário encaminhado aos municípios. Dos 371 municípios participantes, 367 adquiriram produtos da agricultura familiar, sendo que 86,8% deles atingiram o percentual mínimo exigido. Os nutricionistas e os agricultores foram os principais envolvidos na articulação do processo e, dentre as dificuldades enfrentadas estão a falta de organização dos produtores, a impossibilidade de cumprirem com a demanda e o desinteresse. Mais de 80% dos municípios compraram dos grupos "Hortaliças, legumes e verduras", "Cereais, pães, massas e tubérculos" e "Frutas", embora apenas 8% adquiriam produtos da sociobiodiversidade. Verificou-se uma grande diversidade de alimentos adquiridos, sendo a maior parte produtos in natura, apesar da baixa aquisição de produtos da sociobiodiversidade. Os resultados indicam a tendência dos municípios em fomentar a economia local, com incentivo ao consumo e produção de alimentos regionais. Palavras-chave: refeições escolares, segurança alimentar e nutricional, agricultura, políticas públicas.
Objetivo: Descrever a aquisição de alimentos orgânicos e/ou agroecológicos para o Programa Nacional de Alimentação Escolar nos municípios do estado do Rio Grande do Sul, Brasil. Metodologia: Estudo transversal, com envio de questionário eletrônico aos 497 municípios do estado, que contemplava: se houve compra de orgânicos e/ou agroecológicos em 2014, principais dificuldades, fatores que influenciaram a escolha, certificação e os alimentos adquiridos. Resultados: Foram obtidas respostas de 362 municípios, sendo que destes, 94 (26,0%) referiram comprar produtos orgânicos e/ou agroecológicos, o que caracteriza 18,9% do total de municípios do estado. As principais dificuldades apontadas para a compra desses alimentos foram a baixa quantidade (54,4%; n=197) e variedade (51,9%; n=188); as principais motivações foram, de forma geral, centradas na preocupação com a saúde e o meio ambiente, relatadas por mais de 60% dos municípios. Destes, 60,6% (n=57) relataram que os produtos não tinham certificação ou a desconheciam. Os produtos mais adquiridos foram: alface, laranja e repolho. Conclusão: Embora com percentuais baixos, alimentos orgânicos e/ou agroecológicos estão sendo incluídos na alimentação escolar do estado. Há necessidade de articulação entre responsáveis técnicos, agricultores familiares e demais envolvidos para que essa prática seja desenvolvida e efetivada.DOI: 10.12957/demetra.2018.30699
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