Este estudo tem como objetivo analisar a produção cientifica acerca do tema cuidados paliativos em cardiologia. Para tanto foi realizado uma pesquisa bibliográfica na literatura nacional e internacional. A partir da aplicação dos critérios de inclusão e exclusão resultou na seleção de 25 artigos analisados. Como resultado a pesquisa mostra a pouca oferta de médicos especializados em cuidados paliativos; a oferta do cuidado paliativo no tratamento de pacientes com insuficiência cardíaca ainda incipiente e restrita no Brasil; a insuficiência cardíaca como a enfermidade com maior prevalência e incidência na aplicação dos cuidados paliativos em cardiopatas; a percepção errônea de que este cuidado só deva ocorrer no processo final de vida; as barreiras na implementação deste modelo de cuidado em cardiologia; e por fim, o quanto o cuidado paliativo reflete melhor as necessidades dos pacientes em situação terminal, além do baixo custo. A conclusão referência a demanda da implementação do tema no currículo da graduação do curso de medicina e a possibilidade de clínicos serem treinados a utilizar os domínios paliativos essenciais, como algumas sugestões de estratégias para ampliação deste cuidado.
O aleitamento materno tem benefícios amplamente conhecidos e defendidos. O Brasil avançou nas políticas públicas que incentivam a amamentação, mas ainda apresenta índices preocupantes, principalmente do aleitamento materno exclusivo (AME). Diversos fatores podem interferir nessa prática, como o emprego materno. O objetivo da pesquisa foi avaliar a relação do emprego e da licença maternidade na duração do AME em um município do Rio Grande do Sul. Estudo quantitativo transversal, realizado em sete Unidades Básicas de Saúde locais e por intermédio de Agentes Comunitários de Saúde. Usou-se de entrevista semiestruturada relativa a características sociodemográficas, do aleitamento materno e da ocupação da mãe. Os dados foram avaliados por testes de hipótese e razão de chances para comparar a duração do AME entre mulheres com e sem vínculo empregatício e entre grupos com diferente duração de licença maternidade. O perfil sociodemográfico das 73 entrevistadas foi heterogêneo. A média de amamentação entre mulheres que já haviam interrompido a prática e da duração do AME foram de aproximadamente quatro meses. Não houve diferença estatística da manutenção do AME entre mulheres com e sem emprego. Também não foi encontrada associação da prática com a duração da licença maternidade. Contudo, o trabalho materno foi indicado como uma das justificativas para a introdução alimentar precoce em vários casos, demonstrando que o emprego não interfere na amamentação isoladamente, mas as circunstâncias de trabalho podem ter relação com os achados. A duração do AME é permeada por inúmeros condicionantes, sendo o vínculo empregatício da mãe um deles. Conclui-se que as legislações trabalhistas precisam de ampliação e efetivo cumprimento para oferecer melhores condições às trabalhadoras para amamentarem. A rede de apoio formal e informal também são imprescindíveis, contribuindo para a saúde materna, infantil, à empresa e a sociedade como um todo.
Objetivo: analisar o nível de estresse e identificar os fatores mais estressantes para os pais adolescentes de recém-nascidos internados em uma Unidade Terapia Intensiva Neonatal. Método: estudo quantitativo e transversal, com mães/pais adolescentes de recém-nascidos hospitalizados, com faixa etária entre 10 e 19 anos, no período de maio a outubro de 2021. Para a coleta de dados utilizou-se a versão brasileira da Parental Stress Scale: Neonatal Intensive Care Unit. A análise foi realizada por meio do programa estatístico Software Statistical Package for the Social Sciences, com medidas de tendência central e de dispersão. Resultados: a pesquisa contou com nove participantes, a subescala “Alteração no papel de mãe/pai” obteve o maior nível de estresse (média=3,85), seguido de “Aparência e comportamento do bebê” (média=2,63) e “Imagens e sons” (média=1,82). Conclusão: a inserção dos pais nos cuidados com o filho na Unidade Terapia Intensiva Neonatal é uma prática que deve ser estimulada, pois proporcionará o fortalecimento do vínculo e amenizará o estresse vivenciado durante a internação.
Objetivo: Identificar fatores que contribuem ou prejudicam a introdução alimentar (IA) em crianças entre 6 meses e 3 anos de idade. Métodos: Estudo de abordagem qualitativa e descritiva, realizada através de entrevista semiestruturada com familiares de crianças de 6 meses a 3 anos de idade internadas em Unidade de Internação Pediátrica de um Hospital Universitário do Sul do Brasil. Os dados das entrevistas foram submetidos à análise de conteúdo de Bardin. Resultados: Participaram 15 familiares, com idades entre 20 e 41 anos. Os discursos evidenciaram as repercussões que os profissionais da saúde exercem no processo de IA, positiva ou negativamente, bem como as influências do histórico de saúde das crianças, além da oferta de alimentos inadequados durante a IA devido a mitos ou preferências pessoais. A IA é um processo de construção a longo prazo, sendo necessário respeitar o desenvolvimento da criança e seus sinais de prontidão e saciedade. Estes são fatores importantes e quando associados a hábitos saudáveis produzem experiências alimentares exitosas. Conclusão: A IA é permeada por múltiplos fatores que contribuem ou prejudicam esse processo. Os profissionais de saúde que assistem às crianças em IA devem estar em constante atualização e atuar com base em informações científicas.
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