Este artigo apresenta resultados de uma pesquisa de conclusão de curso, realizada pela primeira autora e orientada pela segunda, que buscou compreender as possibilidades e limites da inclusão de alunos com Transtorno do Espectro Autista (TEA) na aula de matemática. Para tanto, tomou como objeto de estudos os efeitos de um plano de aula sobre equações do primeiro grau, elaborado para promover a inclusão de dois alunos com TEA em uma turma regular do 7º ano de uma escola pública localizada na cidade de Itajubá-MG. Esta pesquisa, de cunho qualitativo, adotou o diário de campo, o portfólio de estágio, gravações em áudio e as produções dos alunos com TEA como instrumentos de coleta de dados. Enquanto se realizava um levantamento bibliográfico sobre a temática, foram acompanhadas as aulas de matemática da turma e as atividades desenvolvidas com os dois estudantes público alvo da educação especial (EPAEE), um com TEA e outro com TEA e também Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH), na sala de recursos da própria escola. Esta dupla imersão, na teoria e na prática, visou buscar indicativos sobre a abordagem mais adequada para promover a inclusão de alunos, e também facilitar o estabelecimento de uma parceria com os professores. Para compreender, na prática, as possibilidades e limites da inclusão de alunos com TEA nas aulas de Matemática, buscou-se analisar indícios do que os alunos aprenderam e das interações que eles estabeleceram com os colegas durante a realização do plano de aula elaborado. A pesquisa mostrou que estratégias diferenciadas, pautadas no uso de materiais concretos e jogos, especialmente quando pensados a partir das aptidões e interesses dos alunos com TEA, auxiliam no processo de aprendizagem tanto destes alunos quanto dos demais, despertando seu interesse e motivação, e propiciando uma aprendizagem significativa. Também foi possível observar que, em diversos momentos, os alunos se sentiram inseridos com seus pares, devido às tentativas de promover atividades que priorizam a convivência, em detrimento do trabalho isolado do aluno, porém nem sempre essa mostrou ser a melhor estratégia.
Este artigo relata resultados parciais de uma pesquisa de mestrado de abordagem qualitativa, que investiga, em duas disciplinas dedicadas à prática como componente curricular, com enfoque no ensino da Matemática na perspectiva inclusiva, o Conhecimento Especializado do Professor de Matemática mobilizado por licenciandos nessas práticas. A coleta de dados utilizou audiogravações e materiais produzidos pelos licenciandos. A análise, fundamentada no referencial do Conhecimento Especializado do Professor de Matemática, evidenciou a importância de práticas formativas na perspectiva inclusiva para que o licenciando articule conhecimentos matemáticos e conhecimentos pedagógicos de conteúdo com conhecimentos sobre Necessidades Educacionais Especiais, para um ensino inclusivo da matemática. Porém, possíveis lacunas relativas ao Conhecimento da Estrutura Matemática nessas práticas formativas indicam que as disciplinas específicas de Matemática devem abordar a prática como componente curricular.
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