Este estudo objetivou analisar o cuidado que as Equipes de Saúde da Família exercem diante dos usuários da saúde mental. Como perspectiva teórico-metodológica tomamos a Análise Institucional. A pesquisa foi realizada com três Equipes de Saúde da Família de um município da região metropolitana de Natal/RN. Realizamos entrevistas semi-estruturadas e observação participante do cotidiano da Unidade. Apontamos como elementos instituídos: a precarização dos vínculos de trabalho prejudicando a construção do vínculo e responsabilização, a reprodução irrefl etida do conhecimento técnico sobre o diagnóstico psiquiátrico, a reprodução de práticas de encaminhamento e medicalização. Os processos instituintes a serem investidos: a ampliação da noção de saúde-doença mental, o reconhecimento da necessidade de escuta ampliada no cuidado, o vislumbre do acolhimento individual, grupal e/ou familiar como prática importante de cuidado, a necessidade do atendimento compartilhado seguindo a lógica do apoio. Os resultados indicam a necessidade de investir em formações permanentes, discutindo a importância dos cuidados em saúde mental na Atenção Primária através dos cuidados territoriais, sobrepondo a lógica dos especialismos.
RESUMOEste trabalho parte de uma pesquisa intervenção em um presídio feminino do Rio Grande do Norte -Brasil, cujo objetivo é compreender os modos de viver e reinventar-se das mulheres presas. Trata-se de uma cartografia em teatro-experimentação a partir de uma experiência de estágio em Psicologia, no qual se articula corpo, arte e clínica, compondo o eixo gênero, sexualidades e intersecções. Utiliza-se da observação participante, do diário de atos e da arte em oficinas, objetivando acompanhar cuidadosamente processos em curso, mapear o território existencial das atrizes e possibilitar que linhas de fuga sejam produzidas, deixando vazar uma multiplicidade de vozes, devires. Os resultados: expressões do devir da sensibilidade das mulheres presas no cuidado com as outras, na troca de palavras de afeto, na experimentação de outras formas de relação com o corpo e com a sexualidade.Palavras-chave: Direitos Humanos; gênero; produção de subjetividade; prisão; resistência. RESUMENEste trabajo es parte de una investigación intervención en un cárcel femenino del Rio Grande del NorteBrasil, cuyo objetivo es comprender los modos de vivir y reinventarse de las mujeres presas. Se trata de una cartografía en teatro-experimentación a partir de una experiencia de estajeo en Psicología, en el cual se articula cuerpo, arte y clínica, componiendo el eje género, sexualidades e intersecciones. Se utiliza de la observación participante, del diario de actos y del arte en talleres, objetivando acompañar cuidadosamente procesos en curso, mapear el territorio existencial de las actrices y posibilitar que líneas de fuga sean producidas, dejando vasar una multiplicidad de voces, devenires. Los resultados: expresiones del devenir sensibilidad de las mujeres presas en el cuidado con las otras, en el cambio de palabras de afecto, en la experimentación de otras formas de relación con el cuerpo y con la sexualidad.Palabras-clave: Derechos Humanos; género; producción de subjetividad; cárcel; resistencia. ABSTRACTThis work starts from a research-intervention in a female prison at Rio Grande do Norte -Brasil, whose goal is to understand imprisoned women ways of living and how they reinvent themselves. It's about a cartography in a stage-experimentation out of a trainee experience in psychology, through which body, arts and clinics are articulated, composing the axis among gender, sexualities and intersections. It is used participant observation, field diary and arts in workshops, aiming to carefully follow ongoing processes, letting escape a multiplicity of voices, being-becomings. The results: expressions of the being-becoming sensibility of imprisoned women in the care with each other, in changing words of affection, in experimenting other forms of relation with the body and sexuality.
Este é um estudo acerca da arte de viver das pessoas em situação de rua. Trata-se de um recorte de uma pesquisa-intervenção realizada por meio de cartografias nômades, objetivando analisar processos de subjetivação em saúde mental que se configuram na produção desse modo de existência. Utiliza-se observação participante e diário de rua para a produção de dados, compondo, pesquisadores e sujeitos, as paisagens psicossociais para tensionar os dispositivos da rede de atenção psicossocial. Conclui-se que a vivência em situação de rua é um modo de fazer arte, ainda quando não se trata de resistência política ativa, haja vista a capacidade de sobrevir em extrema condição de vulnerabilidade social.
Resumo Neste artigo, apresentamos um estudo sobre produção de subjetividade de mulheres da Comunidade Quilombola de Macambira e produção de subjetividade de psicólogas pesquisadoras, durante uma pesquisa de trabalho de conclusão de curso. Trata-se de uma pesquisa-intervenção para compreender como se dá a produção dos modos de viver da mulher quilombola, objetivando cartografar seus processos de subjetivação e analisar os processos de subjetivação das psicólogas pesquisadoras no encontro com as mulheres participantes da pesquisa. Para a produção das informações usamos o método cartográfico, com visitas às casas das mulheres e à comunidade e realizamos oito encontros com oito mulheres por meio de práticas integrativas grupais. A análise das observações e narrativas registradas em diário cartográfico deu-se por meio dos analisadores que emergiram dos processos de subjetivação cartografados. A discussão e resultados mostram que a produção da subjetividade das psicólogas e da identidade mulher quilombola bem como da emergência étnica Comunidade Remanescente de Quilombo constituem uma construção social, dentro de um sistema histórico-cultural complexo. A análise dos processos de subjetivação que emergem do encontro das psicólogas pesquisadoras com as mulheres quilombolas aponta para a (des)construção de identidades segmentadas, possibilitando a ressignificação da relação entre pesquisador e participante da pesquisa, efeito da cartografia como modo de fazer pesquisa-intervenção. A produção de subjetividade das mulheres quilombolas está marcada pela sororidade e interseccionalidade, singularizações e reproduções de relações de saber e poder vigentes, que também atravessam os processos de subjetivação das psicólogas pesquisadoras.
Neste estudo, apresentamos um recorte de uma pesquisa-intervenção realizada em um Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico, com o objetivo de cartografar processos de subjetivação da saúde do homem com transtorno mental em conflito com a lei. Para a produção das informações, utilizamos a cartografia e realizamos encontros com participantes da pesquisa por meio de práticas integrativas grupais e uso de objetos relacionais da arte. Para a discussão e os resultados, utilizamos a esquizoanálise, que aponta: a) as ações do cuidado em custódia são reduzidas à medicalização do confinamento e à atenção de urgência e emergência, quando não é adiado ao máximo esse direito humano; b) a promoção da saúde do homem privado de liberdade é associada a ações de humanização e direitos humanos vinculados à determinação social. Conclui-se que os processos de subjetivação denunciam as instituições de violência e anunciam modos de desinstitucionalização da saúde mental custodiada.
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.
customersupport@researchsolutions.com
10624 S. Eastern Ave., Ste. A-614
Henderson, NV 89052, USA
This site is protected by reCAPTCHA and the Google Privacy Policy and Terms of Service apply.
Copyright © 2024 scite LLC. All rights reserved.
Made with 💙 for researchers
Part of the Research Solutions Family.