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•Este ensaio objetiva mostrar, resumidamente, aspectos gerais de três comunidades negras rurais (remanescentes de quilombos), nas quais foram realizados Relatórios Antropológicos para identificação e delimitação territorial. Na construção destes relatórios foi utilizada, enquanto técnica de pesquisa, a fotografia. “A proposta aqui é do emprego da antropologia visual enquanto um recurso narrativo autônomo na função de convergir significações e informações a respeito de uma dada situação social”. (Achutti, 1997:13). As comunidades mostradas aqui estão localizadas na região do semiárido do Estado de Pernambuco, Brasil.•No Brasil, os relatórios antropológicos (também denominados de laudos ou perícias) têm sido demandados por grupos indígenas e remanescentes quilombolas através de processos administrativos ou judiciais.•Neste sentido, os conceitos e concepções sobre territórios remanescentes de quilombos devem ser desvinculado da ideia de quilombo como local de “negros escravos fugidos”. A referência teórica para a construção de uma identidade quilombola na contemporaneidade está pautada em critérios de autoatribuição, subsidiados pela Convenção 169 da Organização Internacional do Trabalho (OIT). Os relatórios antropológicos, diferente de uma proposta jurídico-administrativa que objetiva afirmar ou negar a identidade de um grupo, busca pela compreensão de quais são os elementos e mecanismos, acionados na construção e assunção de uma identidade como a de “remanescente de quilombos” (Cantarelli,2008).Assim, o hiato entre o campo jurídico e o campo antropológico fica menor. As contribuições mútuas são o que caracterizam o laudo em seu fim último: a definição de um território para um grupo baseado na sua identidade construída sobre suas categorias de apropriação de um espaço de sociabilidade e produção com base em uma identidade étnica. “E neste sentido tudo se amplia: o diálogo não é apenas com o jurídico, mas abrange a sociedade e várias áreas de conhecimento, discursos, atores e interesses, por vezes antagônicos. (LEITE, 2000: 67).Em relação à utilização da fotografia como recurso “auxiliar” na pesquisa, salientamos sua importância além do aspecto, meramente, ilustrativo, pois é sabido que. Neste trabalho, entendemos a fotografia ou fotoetnografia como elemento necessário à composição do Relatório Antropológico.É esta a percepção que norteou estes relatórios e aqui apresentamos uma síntese textual e de imagens que, neste contexto, sirvam para dar visibilidade a estas comunidades quilombolas. O Estado de Pernambuco congrega mais de 100 comunidades Quilombolas em todo o estado, de acordo com a Comissão Estadual das Comunidades Quilombolas de Pernambuco. Atualmente, estão certificadas pela Fundação Cultural Palmares 1228 comunidades em todo país, segundo critério de auto reconhecimento, sendo 83 de Pernambuco – 2 na região metropolitana, 2 na zona da mata, 33 no agreste e 46 no sertão.As três comunidades aqui apresentadas estão localizadas no sertão, são Massapê (no município de Carnaubeira da Penha), Buenos Aires (no município de Mirandiba) e Santana (no município de Salgueiro).
Os Macuxi foram minha primeira experiência etnográfica com povos indígenas. Nos anos 1990 fui aprovado em um concurso para professor de Universidade federal de Roraima. Nesta oportunidade fui, também, convidado por amigos indígenas (que conhecia da época que tinha sido repórter em jornais de Roraima) a visitar a maloca da Raposa, considerada a capital da Raposa-Serra do Sol. Nesta ocasião, fui recebido pelo Tuxaua (in memoria) Caetano Raposo e sua família. Os momentos vividos em companhia de minha filha (na época com 03 anos de idade) foram divididos com seus familiares.
Sinopse:“A juventude de hoje é o futuro de amanhã do Axé... tem que ter compromisso, sim. Mas, também, tem que ter amor e felicidade; e isto é mais forte nos jovens e nas crianças”. Esta frase de Mãe Ruth de Nanã, do Candomblé Jitaloyá no município de Ceará-Mirim, estado do Rio Grande do Norte, aponta para uma situação, cada vez mais, comum nos terreiros da região: a presença de crianças e jovens sendo iniciados na religião.Esta nova configuração tem reflexos na visibilidade dos terreiros em espaços de decisões políticas; particularmente, em espaços de discussão política. Nessa esteira, vão sendo encaminhadas, também, as questões de gênero, etnicidade, racismo e intolerâncias.É esta juventude que vai às ruas levantando a bandeira do Axé no Estado do Rio Grande do Norte. Este ensaio mostra aspectos do cotidiano, alheio aos momentos de cerimônias e rituais, nos quais a Juventude de Axé se coloca como protagonista de sua história.Synopsis:"Today's youth are the future of tomorrow's Axe ... have to have commitment, yes. But also you have to have love and happiness; and this is stronger in young people and children. " This phrase of Mother Ruth Nanã, Candomblé Jitaloyá in the municipality of Ceará Mirim, state of Rio Grande do Norte, points to a situation increasingly common in the yards of the region: the presence of children and young people being initiated into the religion .This new configuration is reflected in the visibility of religious communities in areas of policy decisions; particularly in areas of political discussion. On this track, they are being sent, too, gender, ethnicity, racism and intolerance.It is this youth that takes to the streets raising the flag Axe in the state of Rio Grande do Norte. This test shows aspects of everyday life, oblivious to moments of ceremonies and rituals in which Axe of Youth stands as the protagonist of his story.Palavras-chave:Juventude, candomblé, Axé, políticas sociais.Key-words:Youth, Candomblé, Axe, social policies.Ficha técnica:Autor: Geraldo Barboza de Oliveira JuniorFotografias:Geraldo Barboza de Oliveira JuniorDireção, Edição de Imagem e Texto: Geraldo Barboza de Oliveira JuniorCredits:Author:Geraldo Barboza de Oliveira JuniorPhotographs:Geraldo Barboza de Oliveira JuniorDirection, image editing and text: Geraldo Barboza de Oliveira Junior
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