Resumo O Ministério da Saúde através da Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC) incentiva a oferta de Acupuntura, Homeopatia, Fitoterapia, Medicina Antroposófica e Termalismo no Sistema Único de Saúde (SUS). Este estudo avaliou o perfil de prescrição/sugestão e credibilidade no uso de plantas medicinais e fitoterápicos como terapia complementar entre 157 profissionais de 66 equipes da Estratégia Saúde da Família (ESF) do município de Blumenau. A coleta de dados foi realizada entre abril de 2014 e fevereiro de 2015, utilizando um questionário semiestruturado em uma amostra composta por 42 (26,8%) médicos, 40 (25,5%) enfermeiros, 66 (42%) técnicos de enfermagem, 05 (3,2%) odontólogos e 04 (2,5%) técnicos de saúde bucal. As associações entre variáveis foram verificadas através da análise bivariada pelo teste Qui-Quadrado ou teste Exato de Fisher. Apesar de 65,6% dos entrevistados relatarem conhecer a PNPIC, a presença de fitoterápicos na Relação Nacional de Medicamentos Essenciais era desconhecida por 85,4%. A maioria (96,2%) dos profissionais acredita no efeito terapêutico das plantas medicinais, mas não prescrevem. No entanto, 98,7% dos entrevistados concordam com a iniciativa de ofertar esta prática integrativa e complementar no SUS após uma capacitação na área.
Re su mo A pesquisa que originou este artigo teve como objetivo compreender as representações de profissionais e usuários da Estratégia Saúde da Família sobre educação em saúde. Tratou-se de estudo com abordagem qualitativa e técnicas de observação participante e entrevista, por meio da análise de conteúdo, realizado em 2008 e 2009. A representação do grupo denotou 'educação' e 'saúde' como bens de valor social, cultural e histórico a serem preservados na família e na sociedade em geral, ancorando o cuidado com a saúde em estratégias que se sobrepõem à prescrição de procedimentos e comportamentos. No entanto, profissionais e usuários dos serviços de saúde associam 'educação em saúde' à transmissão de conhecimentos técnicos específicos, a ser realizada por profissionais capacitados. Nas práticas de educação em saúde, prevalecem: prescrição de hábitos saudáveis na dimensão individual; grupos temáticos focados em enfermidades ou estados de saúde específicos; comportamento passivo dos usuários; e dificuldades de adesão e ações de caráter compulsório. A transmissão de conhecimento e a prescrição de hábitos para o autocuidado individual são as formas prevalentes de representar a educação em saúde para todos os sujeitos da pesquisa. As práticas de educação em saúde observadas podem ser caracterizadas como práticas tradicionais de atenção à saúde. Pa la vras-cha ve educação em saúde; saúde coletiva; atenção primária à saúde; representações sociais. Abs tractThe study that originated this article aimed to understand the representations of Family Health Strategy professionals and users about education in health. It was an study carried out using a qualitative approach and participant observation and interview techniques through content analysis. It was conducted in 2008 and 2009. The group's representation denoted 'education' and 'health' as assets of social, cultural, and historical value that should be preserved in the family and in society at large, anchoring health care on strategies that overlap the prescription of procedures and behaviors. However, health service professionals and users associate 'health education' to the conveyance of technical knowledge, which should be done by trained professionals. Prevailing in health education practices were prescribing healthy habits in the individual dimension; thematic groups focused on specific diseases or health conditions; the users' passive behavior; difficulties in adherence, and mandatory actions. All study subjects viewed the conveyance of knowledge and the prescribing of habits for individual self-care the prevalent ways of representing health education. Observed health education practices can be characterized as traditional health care practices.
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