Resumo O objetivo deste artigo é descrever os indicadores referentes ao planejamento e apoio no processo de trabalho reportados pelas Equipes de Saúde da Família, a partir do 3º ciclo do Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ-AB) na região Nordeste do Brasil. Estudo transversal, utilizando dados secundários da avaliação externa do 3º ciclo do PMAQ-AB. Dezesseis indicadores foram utilizados para averiguar as ações do processo de trabalho das equipes. Avaliaram-se 14.489 equipes de saúde da família que aderiram ao programa. Dentre os indicadores avaliados, verificou-se que as equipes realizaram reunião e planejamento das ações, autoavaliação, monitoramento e análise dos indicadores de saúde para reorganização do processo de trabalho, evidenciando os fatores determinantes e condicionantes. Nos indicadores de apoio institucional e apoio matricial para resolução de casos complexos, destacam-se a vigilância em saúde e o Núcleo Ampliado de Saúde da Família (NASF). Identificou-se que ocorreram melhorias no processo de trabalho das equipes na região Nordeste, porém, ainda precisa mudar a realidade de trabalho fragmentada e verticalizada, favorecendo um panorama de trabalho em equipe e compartilhado, influenciando diretamente no processo de trabalho.

Objetivo: conhecer a percepção dos profissionais médicos e enfermeiros de um hospital público de referência materno-infantil acerca a violência obstétrica. Método: Trata-se de uma pesquisa descritiva exploratória, de natureza qualitativa, com 22 profissionais de saúde. A coleta dos dados ocorreu entre agosto e novembro de 2017, através de entrevista semiestruturada, sendo realizada análise de conteúdo temática. Resultados: A maioria dos entrevistados compreendem o que se configura como violência obstétrica, no entanto, muitos mostraram desconhecer as condutas a serem tomadas diante dos casos, reconhecendo-se como potenciais agressores diante das diversas situações de sobre carga e estresse do cotidiano de trabalho. Conclusão: Assim, torna-se importante, introduzir o tema da violência obstétrica nas discussões atualizadas, através de uma abordagem multidisciplinar, incentivando pesquisas e produções sobre o problema em questão, no sentido de sensibilizar e voltar as atenções à essa problemática em todos os períodos do parto.

Os aplicativos de saúde móvel são tecnologias de saúde amplamente empregadas na promoção e nos cuidados com a saúde, inclusive na prevenção e tratamento de doenças crônicas como a hipertensão. Dos aplicativos direcionados ao público hipertenso, muitos funcionam para registros da pressão arterial e peso corporal, lembretes de medicação, dicas de alimentação e de atividade física, mas a maioria caracteriza-se como brincadeira e não possui rigor científico. O estudo objetivou desenvolver um aplicativo de saúde móvel com orientações nutricionais e de exercício físico para hipertensos, baseando-se nas principais recomendações das diretrizes para hipertensão e como alternativa de tratamento não medicamentoso para minimizar os efeitos da doença. Para desenvolvimento do aplicativo de intervenção nutricional associado ao exercício físico (APPINEF) foi feito um levantamento de aplicativos de nutrição e de exercício físico na APPle Store e no Google Play, construção de um protótipo em papel, modelagem do banco de dados e utilização de tecnologias livres e amplamente difundidas na Academia e indústria de software. Após o desenvolvimento e teste do software, este foi portado para o sistema Android e composto por nove tabelas. O APPINEF apresenta uma tela inicial para acesso, tela de cadastro e menu principal com seis ícones: diário alimentar, exercícios, avaliações, contato, extra e sair. O aplicativo de saúde móvel foi desenvolvido por profissionais de saúde para orientar hipertensos na alimentação e prática de exercícios físicos, disponibilizando uma gama de funções com estratégias de mudança de comportamento e gamificação para maior atração e interação dos usuários.

Objective: This study aimed to analyze the nursing care of individuals in situations of domestic violence, assisted in the hospital emergency room.Methods: This qualitative survey was conducted in May, 2015, with fifteen nurses from hospital emergencies in Juazeiro/Bahia and Petrolina/Pernambuco. Data was collected through semi-structured interviews and analyzed by content analysis.Results: Nurses do not see domestic violence in all its aspects, but understand the bureaucracy of services. Conclusion:Physical structure; lack of protocols, and the little knowledge acquired during graduation, which are limiting factors when faced with the measures required in cases of violence.