This research investigates constructions with the pronoun se in advertisements published in magazines from 1890 to 1920. At the turn of the 20 th century, many changes took place in the city of São Paulo, in advertising and in Brazilian Portuguese (BP). Studies have shown that, from that moment on, instead of producing the socalled passive-se, BP has been using the active construction with se, in which the verb does not agree with the internal argument. In the present analysis, the linguistic phenomenon is not taken as an isolated part of the advertisements, but is observed in relation to the other verbal and non-verbal elements of the text and also the social, historical and cultural context. Reading the advertisements as a whole showed that the verb agreed with a topic, co-indexed with a null subject, which referred to a typographically salient element in the page. Through this type of examination, we could identify both active and passive structures; at the same time, the pronoun se denoted that the semantic agent was human and indefinite. The different kinds of constructions with se also revealed that a social structural feature of São Paulo, viz. the alternation between hierarchical and impersonal relationships, could reach the linguistic domain.
À professora Marilza de Oliveira, pela dedicação e competência extraordinárias na orientação desta tese. Por me auxiliar em todas as etapas do desenvolvimento do trabalho, estimular minha criatividade e senso crítico, apontar incongruências no texto e sugerir novos rumos, e por confiar no meu potencial como pesquisadora desde a iniciação científica. À CAPES, pela bolsa concedida. Aos professores Bruno Bontempi Jr. e Hélcius Pereira, por gentilmente aceitarem participar do exame de qualificação e pelas contribuições dadas na ocasião. Aos professores que aceitaram participar da minha banca de doutorado: Beth Brait, Bruno Bontempi Jr., Hosana dos Santos Silva, e Renato Perim Colistete. Sou muito grata pela leitura atenta que fizeram do meu trabalho e pelas sugestões, críticas, questionamentos e elogios inestimáveis que me passaram durante a arguição, os quais contribuíram bastante para o resultado final da tese. Às Secretarias de Pós-Graduação do DLCV e da FFLCH, pelo suporte dado sempre que necessário aos estudantes.
Este trabalho tem como objeto de análise construções com verbo no modo imperativo seguido do pronome de terceira pessoa se-por exemplo, Arquive-se. O corpus selecionado são ofícios ligados à organização burocrática da instrução pública paulista, na passagem do séc. xix ao xx, textos nos quais é possível notar a representação escrita de atos de comando. Buscamos motivações semânticas e pragmáticas para a inserção do se nesse contexto, já que o pronome exprime a indeterminação do agente verbal, e, sob o enfoque da História Social da Língua Portuguesa, procuramos articular os resultados linguísticos encontrados às circunstâncias sócio-históricas de produção do material. O exame dos dados revelou que a inserção do se ao verbo imperativo serve para remeter o comando a um alocutário indeterminado, de modo que as ações delegadas pelo locutor, que ocupa cargo superior, possam ser realizadas por qualquer um de seus funcionários, e não por um indivíduo específico. Essa conclusão é corroborada pelas características de autoridade hierárquica e ordenação impessoal que, segundo Max Weber, são inerentes ao conceito de burocracia. Palavras-chave Português brasileiro, imperativo, pronome se, burocracia Sumário 1. Introdução. 2. Imperativo + se: um comando para quem? 2.1. Atos ilocutórios diretivos. 2.2. O pronome se. 3. A expressão do imperativo na burocracia paulista. 3.1. Sobre o corpus. 3.2. As construções de imperativo + se no corpus. 3.3. Eixo semântico-pragmático: Por que + se? 3.4. Eixo sócio-histórico: Por que o imperativo + se nos atos de comando da burocracia paulista? 4. Considerações finais.
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