Nesse estudo, objetivou-se estimar a prevalência da dor de dente que impedisse a realização de tarefas habituais e testar sua associação com fatores sócio-econômicos, transtornos mentais comuns, número de dentes perdidos e padrão de visita ao dentista. Realizou-se estudo transversal, com questionário autopreenchível, aplicado em 4.030 funcionários de uma universidade no Rio de Janeiro, Brasil Estudo Pró-Saúde. As análises foram conduzidas por meio de regressão logística multivariada. A prevalência da dor de dente que impediu a realização de tarefas habituais, nas duas semanas que antecederam o preenchimento do questionário, foi de 2,9% (IC95%: 2,5-3,6). Ser do sexo masculino (OR = 1,6; IC95%: 1,1-2,4), apresentar transtorno mental comum (OR = 1,7; IC95%: 1,2-2,6), ter perdido muitos dentes (OR = 3,4; IC95%: 1,5-7,8) e não visitar o dentista para uma revisão de rotina (OR = 2,5; IC95%: 1,8-17,3), aumentaram a chance de ter tido dor de dente. A dor de dente foi um problema importante nessa população. Circunstâncias desfavoráveis de vida e não visitar o dentista para uma revisão de rotina aumentaram as chances de ter dor de dente.