A Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), recomenda que o consumo de pescado seja de 20kg per capita/ano, entretanto no Brasil ainda está em 12kg per capita/ano. Durante a pandemia de Covid-19, essa realidade sofreu forte impacto devido ao aumento de preços, escassez na oferta e evasão dos consumidores devido ao lockdown. O objetivo do estudo foi de verificar as práticas de consumo de pescado, distinguir o público consumidor durante o período pandêmico da Covid-19. No levantamento foi detectado que 64% dos consumidores eram mulheres e 36% homens. A faixa etária foi de acima de 40 anos (42%); entre 30 e 40 anos (29%); 21 a 29 anos (20%) e até 20 anos (9%). As preferências na aquisição foram de pescado eviscerado (36%); pescado em posta (34%); filé de pescado (26%) e pescado inteiro (4%). Na opinião dos consumidores, os espaços de comercialização e as áreas de fluxo apresentam sujidades visíveis, trânsito de animais de companhia, procedimentos de limpeza deficiente, cenários descritos que podem comprometer os peixes comercializados, decorrente de contaminação cruzada.
A prática de uso das especiarias agrega sabor e conserva naturalmente os alimentos, devido a presença de óleos essenciais com ação antimicrobiana. O objetivo foi investigar a presença/ausência de possíveis patógenos nas especiarias: Pimenta-do-reino (Piper nigrum), Orégano (Origanum vulgare) e Urucum (Bixa Orellana L.), comercializadas na Região Metropolitana do Recife (RMR). Foram realizados ensaios microbiológicos para verificar as condições higiênico-sanitárias das especiarias obedecendo à legislação vigente. Todas as amostras estavam ausentes de Salmonella sp., Stapylococcus aureus, Bacillus cereus e Escherichia coli. Na pesquisa de bolores e leveduras as concentrações mais elevadas foram encontradas no orégano seguido da pimenta-do-reino e do urucum. A alta presença de fungos em especiarias é um problema de saúde pública, pela capacidade de algumas espécies em produzir micotoxinas, causando quadros carcinogênicos e hepatotóxicos. Esse risco sanitário necessita de monitoramento da gestão pública em toda a cadeia de produção e armazenamento, para mitigar os efeitos deletérios junto a população consumidora e em produtos da indústria alimentícia.
O consumo de carne de charque é comum no nordeste do Brasil e sua principal forma de comercialização e aquisição se dá nos mercados públicos. O trabalho teve como objetivo analisar a presença de formaldeído e microrganismos patogênicos em charques comercializadas em mercados públicos na região metropolitana do Recife, Nordeste do Brasil. Foram adquiridas 20 amostras de carne de charque de diferentes cortes, provenientes de 10 boxes, situados em 3 mercados públicos. As amostras foram destinadas para ensaios laboratoriais para realização dos testes de formaldeído e análise microbiológica. Constatou-se que 40% das amostras estavam fraudadas com a presença de formaldeído e 100% das amostras encontraram-se fora do padrão sanitário permitido pela IN nº 60 (Brasil, 2019), da Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Há a necessidade da presença de políticas públicas e ações de fiscalização, visando a melhoria das condições de exposição e armazenagem nos boxes em comércio popular, a fim de garantir a segurança alimentar do alimento comercializado.
A pandemia provocada por SARS-CoV-2 (Covid-19) impôs o fechamento comercial e restrição das atividades laborais no Brasil e em vários países do globo. Essa nova realidade modificou e alavancou o modelo de comercialização de alimentos prontos para o consumo, baseado em embalagens e utensílios descartáveis. Foi realizado um estudo transversal descritivo, cujo objetivo foi a aplicação de formulário virtual direcionado a empreendimentos gastronômicos, para estudar as embalagens e a logística de entrega de alimentos prontos no período pandêmico nos estados de Alagoas, Minas Gerais, Pará, Pernambuco, Rio de Janeiro e São Paulo. O modelo delivery por aplicativo foi o mais frequente como instrumento de prática de consumo, usando como materiais de embalagens: plástico (65,9%), isopor (48,8%); papel cartonado (39%) e alumínio (30,9%). Esses achados são preocupantes, pois com exceção do papel, o restante dos materiais empregados, representam fortes poluentes ambientes, devido à dificuldade de decomposição natural e uso de tecnologia onerosa de mitigação.
Não existe relação mais intima do que a do homem com o ato da alimentação. O que se come, como se come e onde se come, definem qual a cultura alimentar que se está inserido. A intrínseca relação entre o turismo e a gastronomia sempre ocorreu, porém pouco percebido ou estudado em trabalhos acadêmicos. Este levantamento teve como objetivo comparar as preparações culinárias oferecidas no café da manhã de uma rede hoteleira no Brasil e identificar diferenças da cozinha regional, com o intuito de garimpar evidências de que existem diferenças regionais no Brasil e que estas diferenças foram marcados inicialmente pelas culturas indígena, africana e portuguesa e mais recente pelos estrangeiros de diferentes regiões da Europa, ocorrendo a hibridização com nossos valores culinários, contribuindo para a regionalização do café da manhã. Esse fato peculiar de consumo demonstra que o desjejum matinal nos hotéis é um potencial inexplorado pelo trade hoteleiro nacional.
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