A Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), recomenda que o consumo de pescado seja de 20kg per capita/ano, entretanto no Brasil ainda está em 12kg per capita/ano. Durante a pandemia de Covid-19, essa realidade sofreu forte impacto devido ao aumento de preços, escassez na oferta e evasão dos consumidores devido ao lockdown. O objetivo do estudo foi de verificar as práticas de consumo de pescado, distinguir o público consumidor durante o período pandêmico da Covid-19. No levantamento foi detectado que 64% dos consumidores eram mulheres e 36% homens. A faixa etária foi de acima de 40 anos (42%); entre 30 e 40 anos (29%); 21 a 29 anos (20%) e até 20 anos (9%). As preferências na aquisição foram de pescado eviscerado (36%); pescado em posta (34%); filé de pescado (26%) e pescado inteiro (4%). Na opinião dos consumidores, os espaços de comercialização e as áreas de fluxo apresentam sujidades visíveis, trânsito de animais de companhia, procedimentos de limpeza deficiente, cenários descritos que podem comprometer os peixes comercializados, decorrente de contaminação cruzada.
A pesquisa teve como objetivo identificar os principais aspectos de padrão de consumo de pescados, perfil do consumidor, características de consumo e dificuldades de venda de pescado na Região Metropolitana do Recife (RMR). Foi utilizado uma abordagem quantitativa de caráter descritivo, utilizando procedimento de campo do tipo levantamento, empregando questionário online, através do google Forms. Participaram do estudo 167 pessoas, na faixa etária de 18 a 63 anos para homens e mulheres residentes na RMR. Os resultados encontrados apontam que mais de 90% dos entrevistados consomem pescado, a maior parcela de consumidores está na faixa etária de 18 a 27 anos. Identificou-se que o consumo de pescado está abaixo da recomendação dietética, com 158 pessoas afirmarando consumir pescado apenas 2 vezes no mês. A justificativa para esse baixo consumo, está associado ao alto preço do pescado no varejo, como afirmaram 73,41% dos consumidores entrevistados. Diante desse cenário entende-se que encontrar mecanismos que possam minimizar os impostos ao pescado junto ao consumidor, considerando os benefícios nutricionais que estes podem trazer a saúde da população da RMR.
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