Fazer design utilizando materiais vivos demanda uma dinâmica única de projeto e novas sensibilidades apontadas na literatura. Este trabalho buscou conhecer como os discentes de um curso superior de Design consideram os materiais vivos em suas concepções sem dispor de um método específico para isso. Os objetivos foram detectar abordagens espontâneas e percepções de particularidades de projeto em relação aos materiais convencionais e discutir as sensibilidades propostas na literatura. O estudo foi realizado na disciplina Estudos em Design e Materiais Vivos com participação de seis equipes de discentes e resultou na proposição de 12 conceitos de produtos com plantas e fungos. A discussão englobou as abordagens adotadas, as reflexões das equipes e as incertezas sobre a agência dos organismos, ligadas à falta do contato prático com o material. A conclusão apontou para a oportunidade de explorar diferentes abordagens metodológicas, estratégias de representação e experimentação para formar as sensibilidades de comunicação e observação informada do material.
O Design com materiais vivos, em que participam outros organismos na materialização dos artefatos, traz novas possibilidades e desafios teóricos e práticos. No recorte do design envolvendo bactérias, esta pesquisa tem como objetivo levantar e mapear as perspectivas e aplicações da celulose bacteriana no design industrial, arquitetura e moda. O procedimento metodológico é a revisão sistemática que resultou na análise de 27 trabalhos acadêmicos e 16 depósitos de patentes nacionais e internacionais. Como resultado sumarizam-se as aplicações relatadas e prospectadas. Os destaques estão nas aplicações têxteis e nos processos de cultivo, conformação e acabamentos. São relatadas as dificuldades e discutidas oportunidades para os designers com estes materiais.
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