o objetivo deste estudo foi analisar as interações dialógicas em um grupo terapêutico fonoaudiológico, formado por quatro jovens com deficiência mental. Com relação ao método, assumiu-se os princípios da pesquisa qualitativa de orientação sócio-histórica. O grupo foi atendido semanalmente por uma fonoaudióloga, durante o período de setembro a dezembro de 2002, em uma clínica-escola de fonoaudiologia, localizada em uma cidade do interior do Estado de São Paulo. A metodologia utilizada envolveu vídeo-gravação das sessões de fonoaudiologia realizadas com o grupo. Após as gravações, as fitas foram transcritas em ortografia regular. Os dados selecionados enfatizaram como unidade de análise a dinâmica dialógica estabelecida no grupo. Os resultados indicaram que os jovens com deficiência mental realizavam uma participação pouco efetiva durante as situações de diálogo, ocorrendo, portanto, uma atuação do terapeuta no sentido de disponibilizar para o grupo atividades significativas que possibilitassem o acontecimento da linguagem. Tal atuação foi caracterizada por estratégias variadas, tais como: incitar os sujeitos a realizarem perguntas uns para os outros, dar o modelo de possíveis questões, sugerir que os jovens fizessem comentários sobre o tema em pauta, entre outras. Neste estudo, a narratividade oral foi uma das atividades simbólicas que permitiu a ocorrência do diálogo. A partir das análises, foi possível concluir que o grupo terapêutico-fonoaudiológico configurou-se como um espaço propício a que processos dialógicos acontecessem. Neste sentido, destacou-se o papel fundamental da fonoaudióloga na orientação do diálogo dos jovens, para que estes se apropriassem das mais diversificadas estratégias.
ResumoEsta pesquisa qualitativa teve como objetivo analisar o processo de interação comunicativa entre duas crianças que apresentam comportamentos autísticos associados à síndrome de Down e entre estas e a terapeuta, enfocando modalidades de comunicação verbal e não-verbal estabelecidas durante brincadeiras de faz-de-conta. As duas crianças têm histórias de vida com privação de estímulos. Os dados foram coletados em sessões fonoaudiológicas semanais durante 6 meses. Após a transcrição dos episódios, a partir da vídeo-gravação das sessões realizadas, as análises evidenciaram desenvolvimento qualitativo na interação comunicativa entre as crianças e a terapeuta, possibilitando o compartilhamento de significados e inserção destes sujeitos nas situações sociais apresentadas. Palavras-chave: Desenvolvimento Cognitivo; Síndrome de Down; Interação Comunicativa; Autismo; Brincadeira de Faz-de-Conta. AbstractThe objective of this qualitative research was to analyze the communicative interaction process between two children who show autistic behavior associated with Down syndrome, as well as the process between them and their therapist. Different modalities of verbal and non-verbal communication demonstrated during make-believe activities were also observed. Both children have life history of deprivation of stimuli. Data were collected during weekly sessions with a speech therapist over 6 months. The sessions were video-taped and then the episodes were transcribed. The analyses displayed a qualitative development in the communicative interaction between the children and the therapist which favored the subjects to share meanings and insert themselves in the social situations presented.
Aos meus queridos pais, Fátima e Norberto e meu irmãoGabriel, que sempre me apoiaram e torceram por mim. vi AGRADECIMENTOS À minha orientadora, Professora Dra. Ivone Panhoca, pela grande oportunidade, atenção e acompanhamento deste estudo. À Professora Dra. Maria de Lurdes Zanolli, pela co-orientação, dedicação e atenção em todos os momentos da pesquisa. À Professora Dra. Ana Paula de Freitas pelas sugestões na qualificação e por seus ensinamentos e incentivo desde a Iniciação Científica; À Professora Dra. Evani Andreatta Amaral Camargo, pela atenção e sugestões pertinentes na qualificação; À minha mãe Fátima, pelo incentivo e por estar sempre ao meu lado nos momentos em que mais precisei; Ao meu pai Norberto, pelo apoio e incentivo; Ao meu irmão Gabriel, pelo carinho e torcida; Ao Pedro, por seu companheirismo, colaboração e otimismo; À minha avó Thereza, pelo carinho e compreensão; À Dona Nair e Miriam, pela oportunidade, incentivo e por terem acreditado no meu trabalho; À secretária da PGSCA, Tathyane, sempre atenciosa, pelos inúmeros esclarecimentos referentes ao Mestrado; À Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP), pela concessão de bolsa de Mestrado para o financiamento desta pesquisa. vii "O homem não se define por um modelo que o antecede, por uma essência que o caracteriza, nem é apenas o que as circunstâncias fizeram dele. Ele se define pelo lançarse no futuro, antecipando, por meio de um projeto, sua ação consciente sobre o mundo. Não há caminho feito, mas a fazer, não há modelo de conduta, mas um processo contínuo de estabelecimento de valores. Nada mais se apresenta como absolutamente certo e inquestionável".(Aranha e Martins) viii RESUMO ix Esta pesquisa teve como objetivo analisar o processo de interação comunicativa entre duas crianças com síndrome de Down e comportamentos autísticos, com idades de 9 e 12 anos, e entre estas e a terapeuta, enfocando modalidades de comunicação verbal e não-verbal estabelecidas durante brincadeiras de faz-deconta. As crianças frequentam diariamente uma instituição especial localizada no interior do Estado de São Paulo, e apresentam histórias de vida peculiares: uma delas reside em um orfanato desde os 3 meses de idade e a outra reside com a avó paterna, por determinação judicial, devido a uma história conturbada de episódios de agressão, rejeição e negligência por parte da mãe. Tais histórias configuram, portanto, quadros importantes do ponto de vista sócio-históricoafetivo. O estudo foi norteado pelos princípios da pesquisa qualitativa participante de orientação sócio-histórica. A coleta dos dados foi realizada durante sessões fonoaudiológicas semanais na instituição frequentada pelas crianças, em um período de 6 meses, com aproximadamente uma hora de duração cada. Após a seleção dos episódios considerados mais significativos para o propósito deste estudo (a partir da vídeo-gravação das sessões realizadas e posterior transcrição) os dados foram analisados considerando-se tanto as premissas da análise microgenética (que evidenciam a análise minu...
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