Resenha do Dicionário de psicanálise de casal e família, organizado por Ruth Blay Levisky, Maria Luiza Dias e David Léo Levisky.
Os autores atribuem à defesa o papel de um comutador responsável pela distribuição e pela circulação pulsional, determinando as posições que os integrantes de um vínculo conjugal assumem entre eles e nas relações com os demais. Estabelecem conexões de suas ideias com as contribuições de Puget e Berenstein e Aulagnier e Käes sobre acordos inconscientes, contratos narcisistas e pactos denegativos. Estudam, por fim, os casos de estancamento libidinal, responsável por processamentos tóxicos determinantes de quadros de desvitalização seguidos de um séquito de manifestações patológicas nas esferas do psíquico, do comportamento e do somático.
Palestra apresentada na Sociedade Brasileira de Psicanálise de Minas Gerais, em 27.08.2022, na atividade da Diretoria Científica intitulada Intercâmbios Psicanalíticos de 2022. Homenagem aos 90 anos da correspondência Einstein-Freud.
Há vários anos trabalhando como supervisor de cursos de especialização em Psiquiatria e Psicoterapia de orientação analítica, além de casos de análise, tenho observado que, quando o terapeuta se encontra diante de uma criança com uma perturbação do comportamento ou outro sintoma que supõe ter uma origem psicológica, na maioria das vezes, acertadamente, não hesita em investigar o seu contexto ambiental, concluindo com freqüência que o problema revelado pelo pequeno paciente provavelmente resulta de conflitos de interação do seu grupo familiar. Quase a mesma orientação costuma manter com os adolescentes, embora, na medida em que os anos dessa etapa da vida vão passando, cada vez mais se afasta dessa conduta. Diante de um adulto, a tendência é tomá-lo isoladamente, enquanto que a família a que pertence é equiparada a uma tela das suas projeções. Como resultado desta posição, ao longo do tratamento do paciente o terapeuta procura recriar essa rua de mão única, na qual passa a ocupar o lugar inicialmente atribuído à família, sem levar em consideração as projeções da família e as suas próprias projeções no paciente. Sem esquecer a participação do paciente, através deste trabalho procuro chamar a atenção para a influência dos objetos na formação do mundo interno, constituindo-se numa verdadeira “Assembléia de Cidadãos” que estabelece as suas determinações ao longo da vida do indivíduo
O trabalho enfatiza a importância de uma ética nas relações humanas que leve em consideração a individualidade do outro, independente de quaisquer diferenças, sejam de idade, sexo, posição social, conhecimento, crenças, convicções e, no caso específico, papéis familiares. Ou seja, o respeito devido aos adultos dentro de uma família, é o mesmo que deve ser dispensado às crianças desde o seu nascimento, ou até antes. Falhas nesse preceito fundamental costumam resultar em três situações defensivas que o autor descreve sob o titulo de aprisionamento, refúgio e pseudomaturidade
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