A inclusão do professor da escola básica no universo da pesquisa é questão controvertida e em pleno debate no meio acadêmico. A oportunidade de trabalho coletivo que incorporou professores de uma escola municipal no Rio de Janeiro a um grupo de ensino de Física da universidade nos possibilitou vislumbrar a ressignificação da função de um professor de Ciências (co-autor deste trabalho) por ele próprio, agora passando a incluir a pesquisa sobre a construção de conhecimento pelos alunos em sua prática como docente. A formação de grupos interinstitucionais para o planejamento de ações e de pesquisas tem-se mostrado produtiva para um trabalho de construção de conhecimentos a fim de subsidiar processos educativos na escola, ao mesmo tempo em que a universidade enriquece seu acervo de experiências validadas criticamente, podendo considerar seus resultados na formação inicial e continuada de professores. A participação ativa do professor num grupo de pesquisa na universidade o levou à reflexão sobre caminhos didáticos possíveis de serem descritos, analisados e comunicados a outros professores. A construção de uma pedagogia própria, levando em conta os modelos mentais dos alunos sobre temas básicos de Astronomia, e as mudanças promovidas a partir das aulas dadas, trouxeram amplas conseqüências sobre a pedagogia adotada pelo professor. Hoje a prática desse professor incorpora uma nova visão de ciência e formas alternativas de dialogar com os alunos, elementos indispensáveis a um pesquisador em Educação em Ciências.
O artigo trata do tema das Estações do Ano, explorando elementos da Ciência e da Arte como forma de motivar estudantes ou público de museus de ciência e tecnologia a compreendê-lo a partir de vivências culturais atuais e de outras épocas. A Física se junta à Astronomia para explicar o fenômeno, enquanto a Música e a Pintura possibilitam a imersão no tema em meio a muitas viagens à imaginação capazes de despertar emoções.Uma proposta didática é apresentada e justificada por consensos das muitas pesquisas na área de ensino-aprendizagem de ciências, desde os que se referem às persistentes concepções alternativas acerca das causas das mudanças observadas nas diferentes épocas do ano até à modelagem qualitativa de fenômenos que recorre a modelos pedagógicos tridimensionais. Tal proposta foi desenvolvida na atividade “Bate papo Hiperinteressante: As Quatro Estações, Ciência e Arte” realizada no primeiro domingo do mês de agosto de 2003 no Museu de Astronomia.
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