O presente estudo analítico observacional tem a finalidade de verificar a presença de dimorfismo sexual em ossadas brasileiras por meio de medidas lineares realizadas no crânio (o losango formado pelo forame incisivo – forame palatino maior (direito e esquerdo) e forame palatino maior – básio (direito e esquerdo)), pelve (diâmetro vertical do acetábulo, comprimento e largura do forame obturado, incisura isquiática maior-medida da corda e medida da profundidade, distância ilíaca ântero-superior do tubérculo púbico) e sacro (largura superior do sacro e comprimento e largura da primeira vértebra sacra) de 191 ossadas de brasileiros, existentes no Biobanco osteológico e tomográfico Prof. Dr. Eduardo Daruge da FOP/UNICAMP. Foi realizada a análise estatística dos dados pelo teste de Kolmogorov-Smirnov e Levene para avaliar, respectivamente, a normalidade e a homogeneidade das variâncias. Também foram submetidas ao teste t de Student não pareado, tendo sido observado dimorfismo sexual nestes ossos. Com as variáveis diâmetro vertical do acetábulo, comprimento do forame obturado, corda da incisura isquiática maior e Básio até o forame palatino maior, obteve-se fórmula em regressão logística que permite índice 85,7% de identificação do sexo, ressaltando-se a importância do crânio, do sacro e da pelve no processo de identificação post mortem em ossadas brasileiras.
No presente estudo buscou-se verificar se algumas medidas do viscerocrânio são dimórficas e criar um modelo de regressão logística para a determinação do sexo. Metodologia: Estudo observacional analítico em 167 ossadas existentes no laboratório de antropologia física forense. Resultados: Verificou-se que todas as medidas realizadas são sexualmente dimórficas, exceção as medidas Frontozigomático direito-Zígio direito; Frontozigomático esquerdo-Zígio esquerdo. Foi possível criar um modelo de regressão logística [logito/Sexo =-24.5 + (0.20 × Násio-Nasoespinha) + (0.18 × Zígio direito-Nasoespinha)] para determinar o sexo. Conclusão: Concluiu-se que o método quantitativo desenvolvido para determinação do sexo pelas medidas lineares faciais resulta em 81,4% de acerto.
Resumo Objetivos: realizar sete medidas lineares de 225 escápulas direitas, pertencentes ao Laboratório de Antropometria Física Forense da FOP UNICAMP, visando verificar se as mesmas são dimórficas e construir um modelo de regressão logística. Metodologia: Trata-se de um estudo observacional analítico transversal de 225 ossadas da coleção osteológica da FOP/UNICAMP. Estas possuem sexo, idade, ancestralidade e causa da morte previamente conhecidas antes da morte. Não se utilizou escápulas com fraturas ou doenças. Promoveu-se a calibração inter e intra examinador com índice ICC excelente. Para a realização das sete medidas nomeadas de A, B, C, D, E, F e G (A-comprimento máximo da cavidade glenoidal, B-largura máxima da cavidade glenoidal, C-ângulo superior da escápula-ângulo inferior, D-ângulo superior-ângulo lateral da escápula, E-ângulo lateral-ângulo inferior da escápula, F-borda mais equidistante do acrômio-ângulo superior da escápula e G-comprimento do acrômio). A análise estatística foi realizada com os testes de Kolmogorov-Smirnov e Levene e teste t não pareado. Resultado e discussão: Obteve-se que todas as medidas são dimórficas e foi possível construir um logito para a determinação do sexo [Sexo =-37.89 + (0.32 × A) + (0.36 × B) + (0.077 × C) + (0.074 × D)]. O índice de acerto foi de 88,1%. Embora, não seja o osso que mais chama a atenção na cena de um crime, este é sem dúvidas um osso importante para ser estudado, pois ele em determinada etapa da vida que nos permite estimar a idade e na fase adulta nos permite estabelecer o sexo com grande precisão. Acredita-se ser possível somar este estudo aos demais ossos do corpo humano, visando fornecer dados à Justiça mais fidedignos e confiáveis. Conclusões: Foi possível concluir que a escápula permite a determinação do sexo em indivíduos adultos na população brasileira.
Resumo Estabelecer o dimorfismo sexual através de medidas lineares do osso pélvico, sacral e obtidas no crânio, em 200 ossadas existentes no Laboratório de Antropologia Física Forense Prof. Eduardo Daruge. Resultados: As medidas realizadas são dimórficas e foi possível gerar um modelo de regressão logística. O logito encontrado foi : Sexo =-21.1 + (0.45 × Diâmetro vertical do acetábulo) + (0.19 × Comprimento do forame obturado)-(0.04 × Corda da incisura isquiática maior)-(0.14 × média do básio até o forame palatino maior). Valores maiores que 0,5 (cutoff) seriam considerado como masculino e menores como feminino. Conclusão: O método obteve um índice de acerto de 85,7%. Com este resultado será possível criar software específico para se determinar o sexo em ossadas no Brasil.
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