DOSSIÊResumo: A musealização da arqueologia é analisada por meio das pesquisas desenvolvidas do Brasil, com o intuito de compreender suas aproximações e distanciamentos, perpassando pela conservação arqueológica. O artigo estrutura-se a partir do delineamento da relação entre a arqueologia, museologia e conservação, demonstrando o potencial que essas áreas do conhecimento têm para abordar o patrimônio arqueológico em suas esferas teóricas e práticas. Para isso, é demonstrado como a musealização da arqueologia vem se consolidando no cenário nacional como uma perspectiva teórico-metodológica capaz de dialogar diretamente com os desafios contemporâneos da preservação patrimonial, abrangendo os procedimentos de salvaguarda e comunicação, buscando romper com lógicas colonizantes e impulsionando as áreas a patamares condizentes com os anseios das pesquisas acadêmicas e das comunidades e coletivos envolvidos com o patrimônio arqueológico. Por fim, o artigo apresenta três premissas para que a arqueologia, museologia e conservação alinhem-se de forma profícua e costurem novas possibilidades preservacionistas.Palavras-chave: Musealização da Arqueologia. Conservação Arqueológica. Patrimônio Arqueológico. Preservação.
RESUMOA construção de uma pesquisa sobre Musealização da Arqueologia envolve diferentes questões e enfoques, não sendo possível consolidar um modelo único de trabalho nesse campo. A Musealização da Arqueologia mostra-se cada vez mais plural, pois os trabalhos, mesmo sendo particularmente diferentes, norteiam-se por premissas comuns, que garantem uma linha de pensamento e atuação que envolve a salvaguarda e a comunicação dos acervos e sítios arqueológicos. Nesse artigo será apresentado como uma pesquisa nessa área foi construída, contribuindo para a ampliação das discussões acerca da preservação e divulgação de uma memória local/regional, através da pesquisa arqueológica desenvolvida na Estância Velha do Jarau, Quaraí/RS e a investigação museológica realizada nos museus da Fronteira Oeste do Rio Grande do Sul. Palavras-chave: Musealização, Fronteira, Memória ABSTRACT The building of a research about archaeological musealization involves different issues and approaches. This way, it is important to consider that not only one model of research is possible. The archaeological musealization has proved to be plural. This happens because the scientific studies, even being particularly different, are guided by similar premises. These premises ensure perspectives and actions which involve the preservation and communication of archaeological collection and sites. This paper presents how a research in this area was built, and how it has contributed to the broadening of discussions about preservation and publishing/divulgation of a local/regional memory, from archaeological research developed at Estância Velha Jarau, Quaraí/RS and museological studies conducted in museums of the Western Frontier of Rio Grande do Sul.
A gestão dos acervos arqueológicos é indissociável do pensar e fazer arqueologia, museologia e conservação. As mudanças, permanências, avanços, retrocessos e desafios inerentes à salvaguarda e comunicação das coleções, nos distintos domínios institucionais, contam a própria história dessas disciplinas. As camadas mais recentes desse tema apontam para a necessária ampliação dos conceitos abordados pelas ciências direcionadas ao estudo do patrimônio e, no mesmo compasso, impulsionam o alargamento e profundidade das pesquisas, nomeadamente no que tange à gestão dos acervos e sítios arqueológicos.
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