A importância de nomear as emoções na infância: relato de experiênciaThe importance of naming the emotions in childhood: experience report La importancia de nombrar las emociones en la infancia: relato de experiencia
O presente trabalho discute as políticas de cognição existentes nas modalidades de prevenção e tratamento propostos para usuários e dependentes de drogas. Toma como referência as leis 6.368/1976, 10.409/2002 e 11.343/2006 e a Política do Ministério da Saúde para Atenção Integral a Usuários de Álcool e outras Drogas (Ministério da Saúde, 2003). O referencial teórico que subsidiou a análise baseou-se, prioritariamente, nos trabalhos de Humberto Maturana, Francisco Varela e Virgínia Kastrup. A análise possibilita identificar um deslocamento nas políticas cognitivas que iniciam centradas muito mais na experiência recognitiva e representativa da cognição para abrir possibilidades a uma cognição inventiva e enativa. O fato de algumas políticas e propostas abrirem a possibilidade para o exercício de uma cognição inventiva não se constitui como um deslocamento necessário ou lógico, mas, sim, ético e político.
Este trabalho visa discutir alguns efeitos da utilização de tecnologias videográficas em oficinas inseridas em uma proposta de pesquisa-intervenção, em um centro de saúde para dependentes de substâncias químicas. As redes de conversação que emergem no cotidiano da instituição, campo do estudo, reforçam algumas noções, tais como a idéia de que o uso abusivo de substâncias químicas é uma doença e que seu tratamento se dá prioritariamente pelo acesso a informações. Esse modo de conhecimento viabilizaria o controle sobre si e sobre a doença. O foco em uma modalidade de cognição representativa tem sido modelo para muitos enfrentamentos no campo da saúde mental, deixando de trabalhar a dimensão problematizadora e criativa da cognição. Com a intenção de avaliar a possibilidade de criar outras redes de conversação que pudessem abrir brechas nas certezas instituídas, propusemos, juntamente com os usuários do centro, uma oficina intitulada “oficina de máscaras”, que, além de uma proposição artesanal das mesmas, acopla tecnologia videográfica em seu desenvolvimento. Tomamos o conceito de cognição enativa como uma ferramenta metodológica tanto para a proposição das oficinas quanto para a análise das redes de conversação delas emergentes. Constatamos que a utilização de dispositivos videográficos nas oficinas possibilitam a emergência de diferentes linguajares e emocionares, pela instauração de outras coordenações de ações e posições subjetivas na rede coletiva.
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