Introdução: A filagrina é proteína estrutural da pele, essencial para formação da barreira epidérmica. Atualmente, diversos estudos apontam que mutações no gene FLG, o qual codifica a filagrina, conferem mais chances do desenvolvimento de dermatite atópica, alergia ao amendoim, rinite e asma. Objetivo: Analisar as informações existentes sobre como as mutações no gene FLG influenciam no desenvolvimento da marcha atópica e o benefício do tratamento precoce para evitar sua progressão. Metodologia: Através de uma revisão integrativa de literatura foi realizada uma pesquisa no banco de dados da Bireme e Scielo utilizando como descritores as palavras: dermatite atópica, asma, rinite, hipersensibilidade alimentar. Foram escolhidos apenas estudos gratuitos que atendiam aos critérios de inclusão. Resultados e discussão: Foram selecionados 19 artigos científicos. Esses abordaram assuntos que foram separados e organizados por categoria onde foi consolidado o conhecimento publicado através dos mesmos acerca do tema proposto, interligando-os sintaticamente para obter proposições e conclusões dos autores. Ao analisar os estudos, foi possível confirmar que existe grande correlação entre alterações genéticas do FLG e aparecimento de diversas patologias, sendo a dermatite atópica a primeira a manifestar-se, ocorrendo uma propensão para outras atopias e de hipersensibilidades alimentares. Conclusão: Dessa forma, o tratamento do eczema ativo na infância pode constituir um alvo de prevenção primária da progressão da marcha atópica, diminuindo as chances de o paciente evoluir para asma, rinite ou alergia ao amendoim.
Estudos recentes apontam forte relação entre o uso da hidrocloratiazida (droga diurética e anti-hipertensiva) com o risco de desenvolver melanoma devido a sua característica fotossensibilizadora sobre a pele. O objetivo desse trabalho é evidenciar a associação entre o uso de hidrocloratiazida e o aumento do risco de aparecimento do melanoma. A metodologia foi um levantamento bibliográfico com artigos publicados no período de 2016 a 2019 nas bases de dados eletrônicos de confiabilidade científica PubMed, Medline, Science Direct e revistas especializados no assunto. Foram encontrados 4 estudos pertinentes sobre o tema, onde identificou-se que a hidroclorotiazida é classificada como um medicamento carcinogênico pela Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer. À medida que a exposição à luz ultravioleta aumenta os danos das células da pele, a administração concomitante a longo prazo da hidroclorotiazida conduz a um aumento da probabilidade de malignidade cutânea, incluindo o desenvolvimento de melanoma. A população total do estudo foi de 19.273 casos e 192.730 controles; entre esses, 413 casos (2,1%) e 3.406 controles (1,8%) foram classificados como usuários de altas doses cumulativas de hidroclorotiazida (≥ 50.000 mg), resultando em odds ratio (OR) ajustado de 1,22 para melanoma. Portanto, sugere-se que o uso de hidroclorotiazida está associado ao aparecimento de melanoma. Mais estudos de grandes proporções, principalmente nacionais, são necessários para confirmar os achados. Portanto, a indicação de que o uso de hidroclorotiazida aumenta o risco de melanoma pode ter relevância clínica relacionada à escolha medicamentosa, particularmente para pacientes com fatores de risco para melanoma.
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