O estudo objetivou analisar as representações sociais de ciganos entre não-ciganos da Região Metropolitana da Grande Vitória/Brasil. Com coleta de dados feita através de questionário, participaram do estudo 300 pessoas, com idades entre 10 e 25 anos. Os resultados, analisados por meio da análise fatorial de correspondência e da análise de cluster, evidenciaram quatro conjuntos de representações sobre os ciganos - “Eles são como aqueles outros”, “Eu desconfio e eles me incomodam”, “Nem conheço, mas tenho medo deles”, e “Sou fascinado por aquela cultura diferente” –, e ainda três diferentes tomadas de posição afetiva, orientadas pelo incômodo, ameaça e fascínio. Discute-se a complexidade do processo de familiarização na construção das representações sociais em sua interface com a dinâmica da alteridade.
O tempo histórico manifesta o trabalho de elaboração dos grupos humanos na construção de diferentes objetos sociais que constituem a vida social. A partir do objetivo de se refletir sobre as representações sociais de ciganos entre não-ciganos, participaram do estudo 319 sujeitos, com idades entre 17 e 54 anos. A coleta dos dados foi realizada por meio da aplicação de questionários e o tratamento dos dados foi conduzido por intermédio da análise fatorial de correspondência, análise de cluster, análise de conteúdo categorial-temática e teste qui-quadrado. Nos resultados, foram identificadas três diferentes representações sociais sobre os ciganos a partir da imagem da cigana vidente, de uma cultura de liberdade e como indesejáveis, associadas a justificativas centradas na experiência do sujeito, em explicações endógenas ao grupo e comparativas entre ciganos e não-ciganos. Essa configuração orientou o debate sobre a produção de significados de densidade social a partir da ancoragem histórica.
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