Através da Teoria da Identidade Social buscou-se conhecer os estereótipos presentes no imaginário rural associados ao grupo cigano, bem como os sentimentos associados a esta etnia. Foram entrevistadas 10 mulheres rurais, não-ciganas, moradoras de uma comunidade rural brasileira. Realizou-se a organização dos dados através do software Alceste e da Análise de Conteúdo. A análise das informações nos permitiu identificar o sentimento de medo como importante orientador das práticas relacionadas aos ciganos, confirmando características presentes no imaginário social amplamente difundido acerca desta etnia. Estão presentes os clássicos estereótipos de ladrões, malfeitores e amaldiçoados. Discute-se a dinâmica identitária provocada pelo conflito entre a comunidade rural e os ciganos, enfatizando os processos que orientam o campo de identificação e diferenciação endo/exogrupal
RESUMO:Este trabalho objetivou investigar a relação entre concepções de masculinidade, a preocupação com a honra e os valores humanos entre homens e mulheres. ABSTRACT: This research aimed at investigating the relationship among conceptions of masculinity, honor concerns and human values for men and women. To test these associations, two studies were conducted. In Study 1, participants were 275 people from general population with ages ranging from 17 to 49 years (M = 22.00, SD = 5.03), consisting mostly of women (56.8%), Catholic (44 8%) and residents of Grande Vitória -ES (60.2%). In Study 2, participants were 220 people, mostly women (53.5%), between 17 and 65 years of age (M = 27; SD = 8.35). From the total group, 35% were Catholics and residents in the Southeast of Brazil (55%). Participants answered the Conceptions of Masculinity Scale, the Honor Scale HS-16, the Basic Values Questionnaire, and sociodemographic questions. Data were analyzed by performing Pearson correlation analysis (Study 1) and multiple regressions (Study 2) and the findings suggest the maintenance of a hegemonic view of masculinity, reinforcing traditional gender roles in our society.
Tendo como referência a abordagem não consensual da teoria das representações sociais, este trabalho teve como objetivo investigar como se articulam as representações sociais e a dimensão afetiva associadas ao objeto social “ciganos”, entre população não cigana da Grande Vitória-ES. Foram desenvolvidos dois estudos complementares com (1) 108 estudantes universitários e (2) 10 sujeitos que associaram sentimentos de valoração negativa aos ciganos. A coleta dos dados foi realizada por meio da aplicação de questionário e de entrevista em profundidade, e o tratamento das informações obtidas foi conduzido com o auxílio dos softwares SPAD-T e Alceste. Os resultados indicaram a (re)produção de estereótipos negativos vinculados aos ciganos e a dimensão afetiva fortemente marcada por medo e aversão, núcleo de preconceito e discriminação contra os ciganos.
Social representations of history play an important role in defining the identity of national and supranational groups such as Latin America, and also influencing present-day intergroup relations. In this paper, we discuss a study that aimed to analyse and compare social representations of Latin American history among Brazilian, Chilean, and Mexican participants. We conducted a survey with 213 university students, aged 18 to 35 years old, from these three countries, through an online questionnaire with open-ended questions about important events and people in the region's history. Despite the reference to different historical events and the existence of national specificities, several common topics were noteworthy across the three samples. There was a centrality of events involving political issues, conflicts and revolutions, as well as a recency effect and a sociocentric bias, replicating previous research about social representations of world history in different countries. There was also a strong prominence of colonization and independence issues in all samples. Through an emphasis on a common narrative of struggle and overcoming difficulties, the participants' social representations of Latin American history may favour mobilization and resistance, challenging the stability and legitimacy of the existing social order. Furthermore, the findings are discussed in terms of their potential connections with present-day intergroup relations within Latin America, and between Latin America and other parts of the world.Keywords: Latin America, social representations of history, intergroup relations, social identity, (post)colonialism ResumoAs representações sociais da história desempenham um papel importante na definição de identidades sociais de distintos grupos nacionais e supranacionais, ao mesmo tempo em que influenciam relações intergrupais. Neste artigo, discutimos dados de um estudo que visou analisar e comparar as representações sociais da história da América Latina entre participantes brasileiros, chilenos e mexicanos. Foi realizada uma pesquisa com 213 estudantes universitários destes três países (18 a 35 anos de idade), através de um questionário online com perguntas abertas sobre acontecimentos e pessoas importantes na história da região. Apesar da existência de especificidades nacionais na nomeação de eventos históricos, destacaram-se vários tópicos comuns nos três países. Verificou-se uma centralidade de eventos envolvendo questões políticas, conflitos e revoluções, além de um efeito de recência e também de sociocentrismo, replicando pesquisas anteriores sobre representações sociais da história mundial em diferentes países. Os resultados também mostram uma forte proeminência de questões relativas à colonização e independência destes países. Através da ênfase em uma narrativa comum de luta e superação de dificuldades, as representações sociais dos participantes sobre a história latino-americana poderão favorecer a mobilização coletiva e a resistência, desafiando a estabilidade e a legitimidade da o...
Este artigo discute a formação em Psicologia a partir de uma experiência de estágio interdisciplinar de vivência, o projeto VER-SUS (Vivência e Estágio na Realidade do Sistema Único de Saúde), realizado por estudantes da área da saúde junto ao movimento estudantil desses cursos. A partir dessa experiência, ocorrida em 2008, no estado do Espírito Santo (VER-SUS/ES 2008), problematizamos a formação do psicólogo, afirmando a importância de ampliar a associação entre o ensino tradicional e ações que remetam às vivências interdisciplinares. Estas mesmas se configuram como estratégias de ensino-aprendizagem fundamentais para a Psicologia e para a área da saúde como um todo. Por fim, ressaltamos a importância da constante revisão das práticas, da formação e do papel do psicólogo, para pensarmos sobre outras formas de aprendizagem e diálogo ao longo do ensino superior.
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