ResumoPara Multi Leaf Collimator (MLC) de ponta arredondada, o sistema de planejamento Eclipse (Varian) exige a medida do Fator de transmissão (FT) e Dosimetric Leaf Gap (DLG) para Intensity Modulated Radiation Therapy (IMRT) e Volumetric Modulated Arc Therapy (VMAT). O uso desses fatores obtidos pela metodologia proposta pela Varian, pode não garantir a melhor concordância em controles da qualidade (CQ) de pacientes, enquanto a modelagem dos mesmos possibilita obter um valor "ótimo" reduzindo as diferenças entre doses medida/calculada. O objetivo desse trabalho foi medir o FT e DLG de um acelerador TrueBeam (TB) com diferentes setups e detectores, modelar esses parâmetros e validar os resultados aplicando a metodologia da AAPM-TG119 utilizando o sistema Portal Dosimetry (PD). Para obtenção do FT e DLG (6MV, 6FFF, 10MV e 10FFF), utilizaram-se planos DICOM fornecidos pelo fabricante e câmara de ionização Farmer e CC13 em diferentes setups. Para a modelagem, inicialmente utilizou-se a dose medida com a câmara Farmer em planejamentos de VMAT de próstata e cabeça e pescoço. A partir dos dados obtidos, interativamente os valores do FT e DLG foram alterados buscando maior índice de aceite (>95%) no critério gama 1%1mm usando o PD. Finalmente, todos os planejamentos do TG119 com IMRT e VMAT foram medidos usando PD. Os valores finais medidos/modelados foram:A média das porcentagens de aceite para o critério gamma 1%1mm dos planejamentos do TG119 com VMAT/IMRT após a modelagem foram 6X: 96%/76%; 10X: 98%/95%; 6FFF: 97%/87%; 10FFF: 97%/82%. A modelagem do FT e DLG é útil para melhorar a precisão dos controles da qualidade dos pacientes, porém, o detector de escolha e a técnica usada (VMAT ou IMRT) são determinantes e levam a diferentes resultados. Um equilíbrio deve ser encontrado de acordo com a rotina do departamento. Palavras-chave: radioterapia; VMAT; fator de transmissão; Dosimetric Leaf Gap; modelagem. FT and DLG (6MV, 6FFF, 10MV and 10FFF) Abstract For the rounded leaf-end Multi Leaf Collimator (MLC), the Eclipse planning system (Varian) requires the measurement of the Transmission Factor (FT) and Dosimetric Leaf Gap (DLG) for Intensity Modulated Radiation Therapy (IMRT) and Volumetric Modulated Arc Therapy (VMAT). The use of these factors obtained by the methodology proposed by Varian may not guarantee the best agreement in quality assurence (QA) of patients, while the modeling of these factors makes it possible to obtain an "optimal" value by reducing the differences between doses measured / calculated. The objective of this work was to measure the FT and DLG of a TrueBeam accelerator (TB) with different setups and detectors, model these parameters and validate the results applying the AAPM-TG119 methodology using the Portal Dosimetry (PD) system. To obtain
Devido aos avanços nos tratamentos radioterápicos, as ferramentas usadas para descrever e representar o acelerador linear vem sendo aprimoradas, existindo uma preocupação maior para o cálculo de dose em situações de campos pequenos. O algoritmo AcurosXB apresenta resultados interessantes para tais problemas, mas para o cálculo preciso é essencial a escolha adequada do parâmetro da modelagem do feixe chamado tamanho da fonte (SpotSize), que é a representação da fonte primária que modela os fótons de Bremsstrahlung criados no alvo. O objetivo do trabalho é avaliar a influência do SpotSize para a acurácia do cálculo de dose em campos pequenos utilizando o algoritmo AcurosXB e encontrar o seu valor ideal. Quatro modelos de tamanho de fonte (0,5mm²; 1,0 mm²; 1,5 mm² e 1,0x0,5mm²) foram criados através da ferramenta Beam Model do sistema de planejamento Eclipse, e avaliados em diferentes tamanhos de campo e grade de cálculo para o Acelerador Linear Varian TrueBeam STx (Millennium HD 120) utilizando filmes Gafchromic EBT3. A avaliação consiste em verificar a concordância da dose absoluta no eixo central do feixe e do perfil do feixe planejado com o perfil medido no Software Omni Pro I’mRT® (IBA). Realizou-se uma validação do modelo ideal utilizando 10 casos clínicos de Radiocirurgia Estereotáxica Craniana(SRS) de lesões únicas volumes de dimensão máxima de 1,2cc, onde foi realizado o controle de qualidade de paciente-especifico utilizando sistema EPID e a ferramenta Portal Dosimetry. Verificou-se que o modelo de tamanho de fonte de 1,0x0,5mm² apresentou os melhores resultados. Nos casos clínicos analisados, o SpotSize modelado apresentou desempenho igual ou superior ao SpotSize padrão para a análise gama com índice de aprovação de 1%1mm e threshold de 10%. Recomenda-se a utilização do modelo de algoritmo AcurosXB com SpotSize de 1,0x0,5mm² para o cálculo da distribuição de dose em situações de campos pequenos, como em SRS.
A implementação de novas tecnologias em radioterapia passou a aumentar o nível de exatidão exigido nos tratamentos. A calibração do feixe em dose absorvida na água é um importante indicador da acurácia na entrega da dose, já possuindo uma incerteza associada em suas medidas. O uso de feixes em modo FFF vem ganhando espaço em técnicas modernas, e devido a seus aspectos singulares, requerem uma melhor avaliação dos desvios envolvidos nesse processo de calibração. Diante disso, o trabalho procurou avaliar tais incertezas simulando erros de setup mecânicos e de posicionamento do detector, para diferentes configurações de feixe, taxa de dose e câmara de ionização. A análise foi feita de forma relativa, baseada no desvio percentual entre as leituras de carga fora e dentro das condições de referência. Os resultados foram apresentados sob três pontos de vista, fixando uma das variáveis de configuração e avaliando o maior desvio percentual obtido dentro de cada parâmetro. Ao final, foi feita uma avaliação geral do maior desvio obtido em cada parâmetro para todas as configurações de feixe, taxa de dose e detector. Os desvios em parâmetros mecânicos atingiram valores abaixo de 1,5%, dentro dos limites toleráveis, porém altamente influenciados pelo volume do detector utilizado e pelo feixe. Erros de posicionamento do detector foram os mais afetados, com valores acima de 2,0% e atingindo seu maior valor para erros verticais (3,6%). O perfil do feixe, a sensibilidade da câmara, a influência de fatores ligados à curva de PDP e influências no fator de recombinação iônica (Píon) ajudaram a explicar tais desvios. Com isso, ficou clara a importância de um controle de qualidade rígido em equipamentos que operam sob tal configuração, e os cuidados redobrados que devem ser tomados na montagem do setup experimental para a dosimetria de referência.
Detectores de diamante são uma opção no comissionamento de aceleradores lineares, principalmente em medidas de campos pequenos devido a características como: pequeno volume sensível (0.004mm3) e baixa dependência energética, atributos desejáveis para medidas de porcentagem de dose profunda (PDP), fatores output e perfis. Esse estudo teve como objetivo caracterizar o detector de diamante microDiamond 60019 da PTW em relação à linearidade, dependências: energética, direcional e com a taxa de dose; além de comparar medidas de PDP, fatores output e perfis com algumas câmaras de ionização e diodo. Também foram analisadas duas modelagens do sistema de planejamento Eclipse, realizadas com dados de comissionamentos de um acelerador TrueBeam obtidos com a câmara CC13 e com o diamante. Desvios de linearidade menores que 0.5% foram obtidos na faixa de 50cGy a 20Gy para energias de 6,10 e 15MV. Variações menores que 0.5% para dependência energética e taxa de dose e dependência angular inferior a 0.5% nas direções axial e polar foram observadas. Nos fatores output de campos pequenos o diamante apresentou leituras relativas superiores às câmaras: CC13, PintPoint3D e CC01 e semelhante ao diodo. Na PDP mostrou superioridade na definição das regiões de buildup e superfície. Nos perfis de campos pequenos mostrou melhor definição da penumbra em relação às câmaras de ionização e em relação ao diodo foi equivalente, sendo superior na região de cauda de campos grandes. Nas duas modelagens do Eclipse não houve diferenças significativas para análises gamma 1%3mm para PDP e perfis, apesar do diamante apresentar erros gamma médios menores. A análise do Collimator Backscatter Factors (CBSF) para os dois conjuntos de medidas mostrou diferenças principalmente para os campos pequenos. Os resultados desse estudo indicam que o detector de diamante é um dos mais versáteis do mercado em diferentes situações de um comissionamento, principalmente para medidas em campos pequenos.
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