O avanço dos recursos tecnológicos na era digital tem favorecido os estudos urbanos em termos de ferramentas e metodologias cada vez mais apuradas para a compreensão dos fenômenos contemporâneos, dentre elas as técnicas de geoprocessamento em plataformas SIG (Sistemas de Informação Geográfica). A ampliação desmesurada de informação para os estudos urbanos suscita uma reflexão sobre instrumentos metodológicos na era digital. Partindo do pressuposto que a cidade contemporânea é histórica, e portanto, um acúmulo materializado de idealizações passadas, busca-se evidenciar a relevância da análise morfológica e do instrumental da história urbana potencializado por tecnologias digitais, para a compreensão da cidade contemporânea em sua complexidade, reconhecendo sua historicidade, a partir de seu processo urbano. Para demonstrar o potencial da articulação entre a cartografia digital em plataforma SIG e as abordagens clássicas da morfologia urbana, adota-se como objeto empírico a Área Central da Cidade do Rio de Janeiro, selecionando casos de áreas tensionadas pelos vestígios de projetos realizados no século XX, para refletir sobre as possibilidades da cartografia digital na decodificação do emaranhado de projetos e desígnios que deram origem ao palimpsesto urbano que estrutura a Área Central Carioca.
O presente trabalho tem como objetivo estudar a salvaguarda do patrimônio cultural edificado correlacionada aos projetos urbanísticos que moldaram a configuração contemporânea da Área Central da Cidad
O presente trabalho tem como objetivo destacar o potencial das cartografias digitais na investigação dos processos de transformação das cidades, com foco na salvaguarda de bens culturais edificados. Para tanto, adota-se como objeto a Rua da Carioca, na Área Central da Cidade do Rio de Janeiro, cujo processo de transformação perpassa ações de renovação urbana e salvaguarda do patrimônio. A abordagem metodológica centrada nos estudos de morfologia urbana assume a configuração urbana contemporânea como uma amálgama de forças sociais e econômicas incidentes sobre o espaço físico ao longo do tempo. Busca-se evidenciar como o suporte cartográfico digital propicia uma melhor compreensão dos conflitos urbanísticos, pela leitura comparativa dos cadastros históricos e projetos de reurbanização, correlacionada às informações relativas ao patrimônio cultural edificado. Para explorar as potencialidades da cartografia digital, serão investigados os projetos urbanísticos e as ações de proteção incidentes no conjunto arquitetônico da Rua da Carioca.
O campo de disputas entre a preservação patrimonial e a renovação urbana tem na Cidade do Rio de Janeiro um excepcional laboratório de estudos. Capital nacional entre os anos de 1763 e 1960, sua Área Urbana Central destaca-se pela sua riqueza e pluralidade arquitetônica, sendo constituída a partir de fragmentos heterogêneos de diversas propostas urbanísticas em sua história. Neste trabalho, focamos nos embates e diálogos entre as ações de proteção patrimonial do SPHAN e os anseios transformadores da Prefeitura do Distrito Federal na Área Central da Cidade do Rio de Janeiro, entre os anos 1938 e 1964, tomando a Av. Presidente Vargas como eixo condutor da análise que procura explicitar os efeitos desses conflitos no seu tecido urbano.
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