ComerCialização de plantas mediCinais: um estudo etnobotâniCo na feira livre do muniCípio de Guarabira, paraíba, nordeste do brasil resumo -A comercialização e o uso de plantas medicinais são conhecidos e discutidos no Brasil e no mundo. Essa prática atende a uma diversidade populacional, entre eles o consumidor individual, vendedores de feiras livres, casa de produtos, mercados e em ervanários. Sendo assim, a importância do estudo versa sobre os saberes e práticas tradicionais estão intrinsicamente relacionados aos recursos naturais, como parte integrante da reprodução cultural e econômica disseminadas pelos raizeiros comerciantes de feiras livres. A pesquisa objetiva analisar a comercialização de plantas e produtos medicinais pelos raizeiros da feira livre do município de Guarabira-PB, foram realizadas entrevistas semiestruturadas com (09) nove raizeiros comerciantes de plantas medicinais da feira livre de Guarabira-PB, entre eles (04) quatro mulheres e (05) cinco homens. Aplicou-se também o cálculo do Índice de Importância Relativa (IR), para o obter as espécies que se destacaramse no estudo. O levantamento etnobotânico realizado das plantas comercializadas pelos raizeiros do mercado público de Guarabira-PB, identificou-se 85 plantas "in natura" comercializadas secas, distribuídas em 44 famílias botânicas, totalizando 246 citações de uso curativo e preventivo de diversas enfermidades. Encontra-se em destaque as plantas que se utiliza a casca, das espécies lenhosas como: Aroeira (Myracrodruon urundeuva Allemão), Barbatimão (Stryphnodendron adstringens (Mart.) Coville), Caju roxo (Anacardium occidentale L., Cumaru (Amburana cearensis (Allemão) A. C. Sm.), Mulungu (Erythrina verna). As Famílias Botânicas mais representativas em número de espécies citadas foram: Fabaceae (23%), Lamiaceae (19%), etc. As plantas citadas na pesquisa são espécies conhecidas popularmente e cientificamente como é o caso da camomila (Matricaria Chamomilla L.), Boldo (Plectranthus barbatus Andrews), Alecrim (Rosmarinus officinalis). Considerando o cálculo da Importância Relativa IR, as espécies que apresentaram os maiores valores foi o Anil estrelado (Illicium verum Hocker) IR 2, sendo uma das espécies mais versátil. As feiras livres tornam-se um espaço de convivência social e de grande importância cultural, que retrata a diversidade enraizada na cultural Nordestina, de uma riqueza cultural e diversidade dos povos e comunidades locais. Além de ser um ponto de encontro no qual agrupa-se produtos alimentícios, vestimentas, bebidas típicas de determinados locais, artefatos de loiças, além de cultivar um vasto arsenal de plantas que marca a medicina popular tradicional. Portanto, os raizeiros desempenham um importante papel socioeconômico nas cidades, pois utilização de espécies medicinais reduz e, muitas vezes chegam a eliminar gastos com medicamentos farmacêuticos. E importante que todo esse conhecimento tradicional seja resguardado e repassado por gerações.ds. abstraCt-The marketing and use of medicinal plants are known and discussed in B...
A fitoterApiA sob A óticA dos profissionAis de sAúde no brAsil nos últimos 10 Anos resumo-O uso de plantas para o tratamento de enfermidades é historicamente antigo, acompanhando toda história da humanidade, entretanto, o advento da indústria de produtos sintéticos fez com que esse conhecimento e prática perdesse valor para a medicina moderna. Recentemente, a prática da fitoterapia, tornou a atrair interesses, tanto de Governos, que tem adotado políticas de promoção dessa prática, como da indústria farmacêutica, que busca obter novos produtos de ação efetiva e com menos efeitos colaterais. O objetivo do presente artigo é avaliar a relação que os profissionais da saúde no Brasil têm estabelecido com a fitoterapia nos últimos 10 anos. Foi possível notar, que a fitoterapia necessita ser reforçada na formação e na prática dos profissionais da saúde, de modo que estes possam oferecer um atendimento mais efetivo à sua clientela neste tópico. plAvrAs chAve: Plantas medicinais, saúde Pública, medicina tradicionalResumen -El uso de plantas para el tratamiento de enfermedades es históricamente antiguo, acompañando toda historia de la humanidad, sin embargo, el advenimiento de la industria de productos sintéticos ha hecho que ese conocimiento y práctica pierda valor para la medicina moderna. Recientemente, la práctica de la fitoterapia, volvió a atraer intereses, tanto de gobiernos, que ha adoptado políticas de promoción de esa práctica, como de la industria farmacéutica, que busca obtener nuevos productos de acción efectiva y con menos efectos colaterales. El objetivo del presente artículo es evaluar la relación que los profesionales de la salud en Brasil han establecido con la fitoterapia en los últimos 10 años. Es posible notar que la fitoterapia necesita ser reforzada en la formación y en la práctica de los profesionales de la salud, de modo que éstos puedan ofrecer una atención más efectiva a su clientela en este tópico. pAlAbrAs clAve: Plantas medicinales, salud Pública, medicina tradicionalAbstrAct -The use of plants in the treatment of diseases is historically ancient, following the whole history of humanity; however, the development of the synthetic products industry made this knowledge and practice lose their importance for modern medicine. Recently, phytotherapy has become an attractive practice, both for the Government, which has adopted policies to promote it, and for the pharmaceutical industry, which aims at new products with effective action and fewer side effects. The aim of this study was to evaluate the relationship that has been established between Brazilian health professionals and phytotherapy in the last 10 years. It was possible to observe that phytotherapy needs to be strengthened in the training and practice of health professionals so that they can provide a more efficient service to their patients.
O presente trabalho realiza uma abordagem acerca da zona de amortecimento do Parque Nacional de Sete Cidades, Estado do Piauí, Brasil, abordando o conceito e a normatização da referida zona, analisando aspectos de proteção ambiental legais, do ponto de vista da conservação e dos possíveis conflitos socioambientais entre a população desta área em relação ao patrimônio ambiental a ser protegido, partindo-se da ideia de que as unidades de conservação devem ser protegidas e deve haver uma zona de intermediação entre a área protegida e as comunidades circunvizinhas. O trabalho tem como base metodológica a pesquisa bibliográfica acerca da zona de amortecimento do referido PARNA. Considerando que o plano de manejo da unidade é omissa em relação à zona de amortecimento e a importância que o Parque Nacional de Sete Cidades desempenha quanto à proteção e conservação da biodiversidade local e da possibilidade de haver conflitos socioambientais envolvendo a população que convive diretamente com os recursos naturais localizados em torno da unidade, recomenda-se a revisão do plano de manejo para sanar esta omissão.
As atividades humanas associadas à superexploração de habitats sensíveis à destruição ocasionaram uma elevada e rápida diminuição da população de espécies vegetais. Dessa forma, estudos ao redor do mundo têm se esforçado para compreender o nível de exploração, bem como definir estratégias para a conservação da biodiversidade utilizando métodos quantitativos de mensuração de impacto. O presente estudo teve como objetivo utilizar o índice de prioridade de conservação em diferentes mesorregiões do estado da Paraíba (Agreste, Borborema e Sertão), como ferramenta para medir o nível de exploração de plantas medicinais, buscando responder a seguinte pergunta: Existe variação dos escores do índice de prioridades de conservação nas mesorregiões estudadas? Foram selecionados oito municípios, todos situados na Região Semiárida do Estado da Paraíba, e subdivididos em Regiões do Agreste, Borborema e Sertão. Para o inventário etnobotânico, foram conduzidas entrevistas semiestruturadas com chefes de famílias (homem e mulher), e as espécies citadas foram coletadas pelo método de turnê guiada, como também por meio do inventário fitossociológico realizados nos oitos municípios. O levantamento fitossociológico dos oito municípios inventariados resultaram num total de 33 espécies, distribuídas em 14 famílias. Fabaceae e Euphorbiaceae foram as famílias mais significativas, com nove e seis espécies, respectivamente. Para a categoria de alto risco, foram registradas 21 espécies, considerando que em pelo menos um município estudado, a espécie demonstrou prioridade alta de conservação. As 11 espécies restantes enquadraram-se no médio e baixo risco, o que demonstra que estão nessa categoria por estarem presentes em altas densidades ou não possuírem quantidades significantes de usos atribuídos. O estudo demonstrou de maneira geral que todas as mesorregiões da Paraíba possuem espécies com alta prioridade de conservação, que independentemente de uma região ter comportamentos de extração de recursos diferentes umas das outras, as estratégias de coleta e utilização de recursos permanecem de forma insustentável. Também se deve levar em consideração essas particularidades relacionadas à biologia da espécie, como também de sua utilização, para que se possa estabelecer prioridades, principalmente para espécies que possuem baixas densidades e uma alta quantidade de usos.
O uso de plantas no tratamento de enfermidades é historicamente antigo entre as populações humanas. A etnobotânica, como campo de conhecimento tem buscado compreender entre outros temas, a dinâmica do uso de plantas medicinais nas mais diversas populações humanas, para isso, diversas hipóteses e métodos quantitativos próprios têm sido desenvolvidos para analisar o conhecimento tradicional. O objetivo do presente estudo foi de avaliar e comparar o conhecimento sobre plantas medicinais por meio dos índices de importância relativa, valor de uso e frequência relativa de citação. Foram feitas entrevistas semiestruturadas em comunidades rurais de oito municípios de diferentes regiões incluídas no semiárido paraibano. Por meio das entrevistas foram identificadas 52 espécies de uso medicinal, com destaque para as famílias Fabaceae e Euphorbiaceae no número de espécies utilizadas. Foi observada uma correspondência entre as principais espécies amostradas nas listagens dos métodos aplicados, com destaque, principalmente para Myracroduon urundeuva e Sideroxylum obtusifolium. Os resultados obtidos sugerem uma necessidade de estabelecer estratégias de uso sustentável de modo a evitar pressões de uso sobre as espécies mais conhecidas e utilizadas.
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