Introdução: Os acidentes de trabalho são eventos que costumam apresentar elevado subregistro nos sistemas oficiais do país. Nesse contexto, inquéritos com coleta de dados primários são importantes para fornecer melhor dimensionamento destes eventos. Objetivos: Este estudo buscou caracterizar os trabalhadores vítimas de acidentes de trabalho não fatais em uma microárea adscrita a uma Unidade de Saúde da Família em Salvador-BA. Métodos: Foi realizado um estudo de corte transversal, descritivo, com coleta dos dados entre janeiro e fevereiro de 2020. Os questionários foram aplicados em visitas domiciliares. A amostra final foi de 134 trabalhadores com idade entre 18 e 65 anos. Resultados: A incidência de acidentes de trabalho foi de 6,7% (n = 9), todos típicos, envolvendo, particularmente, pessoas do sexo feminino (55,6%); com idade entre 30 e 59 anos (66,7%); com escolaridade até o ensino médio (77,8%); pretas/pardos (100%); que recebiam entre 1 e 2 salários mínimos (55,6%); solteiros (55,6%); com autopercepção de saúde regular (66,7%). Na população analisada, tiveram maior incidência cumulativa de acidentes indivíduos do sexo feminino (6,9%), com escolaridade de ensino médio incompleto/completo (8,3%), pretos/pardos (7,7%), com vínculo de trabalho informal (7,2%), com renda de 1 salário mínimo ou menos (9,5%), e carga horária semanal > 44h (8,2%). Conclusões: A maior frequência de acidentes de trabalho ocorreu entre indivíduos com vulnerabilidade social, que devem ser foco de políticas públicas e da vigilância em saúde do trabalhador na atenção primária. Palavras-chave: acidentes de trabalho; atenção primária à saúde; saúde do trabalhador.
As fraturas do fêmur na faixa pediátrica representam uma parcela importante dos diagnósticos primários em crianças vítimas de lesões traumáticas múltiplas, contribuindo para a morbidade na faixa etária e custos ao sistema de saúde, porém, poucos estudos no país se debruçaram sobre esse agravo. O objetivo deste estudo foi caracterizar internações por fraturas de fêmur em crianças, descrevendo sua incidência, custos e letalidade por estados do Brasil. Trata-se de um estudo ecológico, com base em dados do Sistema de Informações Hospitalares (SIH/SUS), incluindo indivíduos com idade entre 0 e 19 anos que foram internados no Sistema Único de Saúde (SUS) do Brasil entre janeiro de 2009 e dezembro de 2020 por causa de fratura de fêmur. Foram registradas por ano, em média, 11.204 internações de crianças com fratura de fêmur no SUS. A média anual de óbitos foi de 35,2, revelando letalidade de 0,32%. A região Sul apresentou a maior incidência relativa: 23,06 internações a cada cem mil crianças; e maior taxa de letalidade: 0,42%. A faixa etária com maior incidência relativa foi de 15 aos 19 anos, tendo 31,03 internações a cada cem mil (RP = 3,34), seguida pela de 1 aos 4 anos: 15,19 a cada cem mil (RP = 1,63). Há predomínio de incidência em meninos em relação às meninas em todas as faixas etárias (RP = 2,77). O custo médio anual para o Sistema Único de Saúde foi de R$ 17.432.079,69. As fraturas do fêmur em crianças apresentaram incidência de 18 casos para cada cem mil indivíduos na faixa pediátrica, próxima à registrada em outros países. Porém, a letalidade encontrada foi mais baixa do que em outros estudos.
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