A recente pandemia causada pelo novo coronavírus desencadeou um cenário de elevada incerteza e seus impactos certamente tendem a ser sentidos no mercado de trabalho. A partir de uma pesquisa de natureza exploratória, conjugada com revisão bibliográfica, buscou-se realizar uma discussão e reflexão sobre como as desigualdades de inserção laboral juvenil, bem como as desigualdades sociais, já existentes na sociedade brasileira, foram significativamente ampliadas em decorrência das medidas de contenção e transmissibilidade da propagação do vírus. Os resultados sugerem que as ações de combate e retardamento da COVID-19, aliadas ao cenário político e econômico nacional, considerado ainda mais incerto nesse momento atual, contribuíram para o aprofundamento da crise econômica e social, tornando determinados grupos sociais ainda mais vulneráveis, como é o caso dos jovens, em termos de precarização ou perda do trabalho, redução dos rendimentos, problemas relacionais e psicológicos.

Fenômeno crescente no Brasil e no mundo, a violência contra a mulher ultrapassa os aspectos individuais, na medida em que atinge a saúde econômica e social das mulheres e de seus filhos/filhas. Este estudo teve como objetivo analisar o discurso midiático sobre a violência contra a mulher e seus desdobramentos, na perspectiva intergeracional. Metodologicamente, realizou-se uma pesquisa sobre a violência doméstica no site de vídeos do Youtube, utilizando a Análise Sociológica do Discurso em interface com a Teoria das Representações Sociais. Os resultados apontaram o predomínio da violência física, não problematizando outros tipos de violência doméstica. Mesmo depois de quinze anos da criação da Lei Maria da Penha persistem as representações e o discurso midiático de culpabilização da mulher pela violência sofrida, constituindo uma identidade discursiva de distanciamento em contextos familiares violentos.

A juventude esteve muito presente nas notícias veiculadas a respeito do novo coronavírus.  Nesse sentido, o artigo se propôs a analisar as representações sociais dos juízos divulgados pela mídia a respeito dos jovens, tendo como objeto 1.167 comentários gerados por usuários da rede social Instagram, a partir de uma notícia, sobre o tema em questão, do Jornal O Globo. Tratou-se de um estudo documental, cujos dados foram analisados pelo software IRAMUTEQ. Os resultados obtidos apontaram a prevalência de muitas representações, mesmo que os argumentos digam respeito a uma mesma realidade social.

O tema desta dissertação circunda as questões, que permeiam o segmento juvenil, ao buscar examinar o Programa Jovem de Futuro. Objetiva especificamente, contextualizar a experiência do programa em Viçosa/MG, descrevendo as práticas desenvolvidas e verificando se essas ações de veiculação de informações e conteúdos constituíram um fator de mudanças no contexto de vida dos aprendizes. Ou seja, se possibilita a transformação e/ou a construção de projetos de vida mais prósperos e, consequentemente, possibilidades de desenvolvimento humano mais promissoras. A perquirição teve como premissa basilar compreender como os nexos dessas experiências se estabeleceram, relacionando-as com as características de operacionalização dessas mesmas práticas, identificando a visão dos experimentadores (egressos), assim como dos agentes executores. De natureza qualitativa, o percurso da pesquisa se pautou na construção de uma abordagem caracterizada em torno da tentativa de trabalhar os significados e as características situacionais apresentadas pelos entrevistados, acentuando as narrativas que as pessoas atribuem ao cenário abarcado. Priorizou-se a entrevista como instrumento para a produção de dados e a análise de conteúdo, como método para a organização dos mesmos. Os resultados revelaram que as ações empreendidas pelo programa propiciaram aos jovens viçosenses possibilidades de formação multidisciplinar, com o foco no seu desenvolvimento e na sua inserção cultural e econômica. Evidenciou-se, pelas falas dos egressos, que as práticas adotadas contribuíram para que os jovens interpelados participantes da pesquisa estabelecessem novos circuitos de participação e atuação na cidade, ampliando as esferas de sociabilidade dos mesmos. Ao mesmo tempo, foram observadas mudanças atitudinais que influenciaram nas escolhas profissionais, renovando e potencializando perspectivas que influenciaram as possibilidades de ação desses jovens, em especial a construção de novas concepções, com reverberações em seus projetos de vida, suas relações frente às suas famílias e seu campo de possibilidades e preparação para a vida futura. Palavras-chave: Juventude. Políticas Públicas. Educação. Projetos de Vida.

Este estudo dimensiona o mercado de trabalho formal mineiro, considerando suas propensões e as principais características do perfil dos trabalhadores nele inseridos, em termos da idade, escolaridade, tempo de permanência no trabalho, rendimentos e fluxo de movimentação do emprego formal (admissões e desligamentos), com destaque para a situação da juventude. Para tanto utilizou-se, como principal base de informações, dados provenientes do CAGED, de 2010 a 2019. Tratou-se de uma pesquisa quantitativa, com emprego do software SPSS e o QGis. Resultados revelaram que 2011 foi o ano que apresentou o maior número de admissões formais em Minas Gerais, sendo o mercado de trabalho marcado por uma presença representativamente maior de homens, no grupo de idade de pessoas com 18 a 39 anos de idade. Além disso, os índices analisados não se apresentaram de forma homogênea no território, ao demonstrar, espacialmente, que os maiores escores ficaram isolados em algumas poucas regiões.