O termo stalking vem da língua inglesa e deve ser entendido como uma forma de agressão que provoca na vítima a sensação de estar sendo perseguida. A prevalência de vitimização por esse fenômeno na comunidade é de aproximadamente 11%. Sua ocorrência está associada a um alto potencial de comprometimento da qualidade de vida, danos psicológicos e / ou físicos, podendo inclusive atingir o risco de vida e aumentar a chance de a vítima desenvolver transtornos mentais. Alguns agressores atendem a critérios para diagnósticos psiquiátricos, como transtorno de personalidade, transtorno bipolar, depressão e transtorno psicótico, necessitando de atenção e tratamento psiquiátrico adequado. Os psiquiatras têm estado envolvidos neste fenômeno de diferentes formas, tais como: através da avaliação e tratamento de pacientes vítimas de perseguição, através do tratamento de agressores ou como vítimas de perseguição, para a avaliação de responsabilidade penal e avaliação de risco dos agressores , atuar nas demandas judiciais das vítimas, bem como na avaliação da necessidade de violação do segredo profissional. Esta publicação tem como objetivo lançar luz sobre este fenômeno, para que seja melhor identificado, compreendido e abordado, e que num futuro próximo possamos lançar mão de ferramentas eficazes de prevenção.
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