Introdução: A doença falciforme (DF) compreende um grupo de anemias hemolíticas hereditárias cuja principal característica é a presença do gene da hemoglobina S (Hb S) que pode combinar-se com outras anormalidades sanguíneas hereditárias. O quadro clínico varia desde quase assintomático até formas graves. A Hidroxiuréia (HU) é a terapia de maior sucesso. É uma doença crônica, cuja prevalência e morbidade são altas no Brasil, dessa forma a qualidade de vida (QV) surge como um importante desafio para os pacientes, familiares e profissionais de saúde. Objetivos: Avaliar a QV de pacientes portadores de DF, suas características sociodemográficas e clínicas. Métodos: Os dados foram coletados através do questionário de QV abreviado (WHOQOL-Bref ), questionário sociodemográfico e prontuário clínico. Resultados: foram entrevistados 39 pacientes, entre 18 e 54 anos, tratados na Fundação Hemominas em Divinópolis -MG. A maioria dos pacientes eram homens (56%), homozigotos para a Hb S (80%), solteiros (67%), segundo grau completo (31%) e não usuários de HU (61%). Dentre os pacientes avaliados 53,8% considerou ter boa QV (escore médio 74,2 ±20,3). O escore relacionado à QV geral foi de 71,5. Os domínios físico e meio ambiente obtiveram os menores escores médio (61,5 e 59,0, respectivamente). Não foram encontradas diferenças significativas entre os que utilizavam ou não HU. Conclusões: Os pacientes com DF apresentaram boa QV, sendo mais comprometida pelos aspectos relacionados ao domínio meio ambiente, (como recursos financeiros) e físico (como dor e desconforto) que se correlacionam com as características clínicas e sociais relacionadas a DF.
Instituição: HOSPITAL MUNICIPAL DR. WALDEMAR TEBALDI APRESENTAÇÃO DO CASO: Paciente masculino, 18 anos, procurou atendimento médico no Pronto Socorro, apresentando queixa de dor e distensão abdominal, associada à diarréia, náuseas e vômitos. Ao exame físico encontrava-se hemodinamicamente estável, afebril, com abdome distendido, timpânico, ruídos hidro-aéreos (RHA) presentes, sem sinais de irritação peritoneal, e toque retal com fezes amolecidas. Exame tomográfico evidenciou imagem de intussuscepção íleo-ileal. Iniciado tratamento clínico com jejum e medicamentos sintomáticos. Apresentou boa resposta ao tratamento instituído, recebendo alta hospitalar após 48 horas, sem queixas, com boa aceitação de dieta via oral, eliminando flatos e evacuando. DISCUSSÃO: A invaginação intestinal,embora seja uma causa frequente de oclusão intestinal na população pediátrica, é rara em adultos e está, na maioria dos casos, associada a lesão orgânica sendo de difícil diagnóstico devido à sua sintomatologia inespecífica. O sintoma mais comum é a dor abdominal. Outros sintomas comumente observados são náuseas, vômitos, alteração do hábito intestinal, distensão e massa abdominal palpável. Exames que auxiliam o diagnóstico: radiografia (evidenciando padrão obstrutivo), ecografia (mostrando uma imagem "em alvo" ou o sinal em "pseudo-rim"), tomografia (apresentando espessamento da parede intestinal e da característica "lesão em alvo"). A colonoscopia, além do diagnóstico, pode permitir a redução da invaginação. Quanto à localização, a invaginação ileo-cólica é a mais frequente, seguida pela ileo-ileal e colo-cólica. As neoplasias malignas são as principais etiologias na intussuscepção intestinal no adulto, notadamente quando ocorrem no cólon. Nesses casos o tratamento deve ser a ressecção cirúrgica, seguindo os preceitos da cirurgia oncológica. A intussuscepção em adultos é uma condição que desafia o cirurgião, tanto em relação ao diagnóstico, quanto à abordagem adequada. O diagnóstico é difícil pelo baixo grau de suspeição, associado à sintomatologia subaguda e inespecífica. O tratamento padrão da intussuscepção em adulto ainda não está definido. COMENTÁRIOS FINAIS: A Intussuscepção intestinal em adultos é uma condição pouco comum, o que faz com que a maioria dos cirurgiões tenha pouca experiência no seu manejo. Com o constante avanço dos métodos de imagem, maior número de casos têm sido diagnosticados antes da indicação da cirurgia. Permanecem controvérsias quanto à melhor abordagem dessa patologia. ABCDExpress 2017;1(2):286Codigo: 63944 Acesso está disponível em www.revistaabcd.com.br e www.sbad2017.com.br Acesso pelo
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