Resumo Os sistemas meteorológicos que ocasionam tempestades acompanhadas de ventos fortes, como frentes frias e ciclones extratropicais e subtropicais, muitas vezes interferem na condição de agitação do mar. Como consequência, o nível do mar pode se elevar extraordinariamente causando inundações na costa. Os anos de 2015 e 2016 foram caracterizados pela ocorrência da fase positiva do fenômeno El Niño - Oscilação Sul, com intensidade muito forte. O Sul do Brasil apresentou maiores condições de instabilidade atmosférica, com frequentes passagens de sistemas frontais e formação de ciclones extratropicais, interferindo nas condições de mar do litoral Sul e do Sudeste do Brasil. Diante do exposto, este estudo objetivou avaliar as condições atmosféricas durante eventos de ressaca no litoral Sul e do Sudeste do Brasil durante o El Niño 2015/2016, através de informações presentes nos Avisos de Mau Tempo, emitidos pelo Centro de Hidrografia da Marinha do Brasil. Por meio desses avisos e dos dados de reanálise do ERA-Interim, foram analisadas as distribuições por área marítima, por mês e por estação do ano, bem como foi realizada a análise de campos sinóticos plotados em superfície para os 12 eventos de maior destaque. Como resultados, os meses de outono e de inverno registraram as maiores ocorrências de ressaca em ambas as áreas, durante o período do El Niño 2015/2016. De um modo geral, quatro padrões atmosféricos favoráveis aos eventos de ressaca foram identificados, em função da atuação de ciclones extratropicais e a atuação de sistemas de alta pressão pós-frontal.
ResumoO El Niño influencia os regimes de temperatura e precipitação do Brasil, causando períodos de seca e excesso de chuva em algumas regiões. Em períodos secos, os focos de queimadas naturais no Brasil tendem a aumentar principalmente no Centro-Oeste e Nordeste. Períodos de secas e altas temperaturas, além de favorecerem condições para incêndios naturais, também podem causar desconforto térmico na população. Nesse contexto, objetivou-se analisar os impactos causados pelo El Niño, entre o verão de 2014/2015 e o outono de 2016, na ocorrência de incêndios e desconforto térmico da população no Brasil. Os resultados mostraram que a estação da primavera de 2015 se mostrou a mais seca e mais quente, principalmente nas regiões Norte, Nordeste, Centro-Oeste e Sudeste. Além disso, a primavera de 2015 registrou o maior desconforto térmico devido ao calor e maior número de focos de incêndios no Brasil, cuja média de incêndios (1998 a 2014) é de 34.376 focos, mas que registrou 49.849 focos.
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