O presente estudo visa compreender a relação entre o Concurso Vestibular e as possíveis manifestaçõespsicossomáticas geradas por ele. Participaram da pesquisa 141 estudantes de dois cursos pré-vestibularesparticulares de Porto Alegre, durante o mês de novembro de 2006. Foram aplicados dois questionários,um contendo questões sócio-demográficas e sobre a escolha profissional, e o Instrumento Inventáriode Stress para Adultos de Lipp (ISSL). Na análise dos resultados, obtivemos dados sobre o nível deesgotamento psíquico e físico dos candidatos e as fases na qual eles se encontravam durante o períodode preparação para o Concurso Vestibular.
RESUMOEste artigo relata uma pesquisa sobre os processos de articulação entre a construção das práticas do psicólogo e a Assistência Social. O estudo deu-se através das narrativas de vida e profissionais de psicólogos que efetivam ou efetivaram saberes e práticas no campo da Assistência Social, a partir da década de 1990, na cidade de Porto Alegre, Estado do Rio Grande do Sul, Brasil. Como estratégia metodológica utilizou-se a coleta e análise de narrativas tendo, como referencial teórico, o construcionismo. Dentre os resultados, destacam-se o descompasso entre a formação e a prática profissional e a ideia de que a Política Pública de Assistência Social é uma travessia pouco explorada para as demais políticas sociais.Palavras-chave: narrativas; psicologia; assistência social. ABSTRACTThis article reports a research on the processes of articulation between the construction of psychological practices and social assistance. The study was carried out through life narratives and professionals of psychology that work or have worked in the field of Social Assistance since the 1990s in the city of Porto Alegre, in the state of Rio Grande do Sul, Brasil. The collection and analysis of these narratives was used as methodological strategy, As a methodological strategy, the collection and analysis of narratives was used, have as referencial theoretician, the social constructionist. Among the obtained results, the mismatch between the training and the professional performance can be highlighted and finally, the idea that the public politics of social assistance is a poorly explored crossing to the other social politics.
RESUMO: O presente texto aborda questões relativas à construção da psicologia social comunitária no Brasil e as interfaces deste processo histórico com a formação profissional. Para tanto, apóia-se em dados sobre o contexto histórico e social brasileiro no decorrer da efetivação das práticas psicológicas em comunidades. Finalmente, o estudo propõe reflexões quanto ao descompasso entre a formação e os fenômenos sociais contemporâneos.PALAVRAS-CHAVE: Preparação profissional; Psicologia Social Comunitária; práticas sociais. COMMUNITY SOCIAL PSYCHOLOGY AND PROFESSIONAL PREPARATIONABSTRACT: The following paper approaches issues related to the Community Social Psychology's construction in Brazil and the interactions of this historical process with the professional preparation. For this purpose, the Brazilian historical and social context is taken into consideration in order to reach effective psychological practices in communities. In addition, it associates Community Social Psychology's characteristics with the professional preparation and the Psychology's construction. Finally, this paper considers reflections about the professional preparation and contemporaries social phenomena.KEYWORDS: Professional preparation; Community Social Psychology; social practices. Demarcando Territórios: Registros dos Diferentes Caminhos da Instituição da Psicologia no BrasilA profissão de psicólogo foi regulamentada no Brasil em 1962. Pouco tempo antes do Golpe Militar que condenou o País a um longo período ditatorial. Na época, as práticas psicológicas se consolidaram sob a influência de ideologias desenvolvimentistas, pautadas pela repressão política e pelo patrulhamento ideológico, que caracterizaram o Brasil ao longo de quase três déca-das de ditadura explícita.A decorrência imediata desses fatos nas práticas psicológicas e, obviamente, na formação profissional foi o predomínio de abordagens individualistas, descontextualizadas e apoiadas em modelos abstratos de seres humanos. Tais modelos eram tomados como medidas para a realização e avaliação das ações o que engendrou processos de normatização e de controle das pessoas e contribuiu para a naturalização das expressões de violência e repressão. Assim, este cenário favorecia o uso da psicologia para a articulação de espaços de exclusão social e de adaptação dos "desviantes", transformando práticas em instrumentos de controle ideológico.Especialmente a classe média brasileira era atingida por esse processo, pois a ideologia desenvolvimentista causava na população brasileira "um profundo conformismo político", além da "produção de subjetividades consumistas" (Coimbra, 1995, p. 56). Nesta ótica era evidente a predominância de perspectivas individualistas também na produção do conhecimento e nas práticas psicológicas. Como afirmou Campos (1992), a psicologia contribuía, em algumas ocasiões, como ferramenta ideológica, com potencial de tornar os mecanismos sociais vigentes obscuros, através da legitimação da desigualdade, com argumentos "pretensamente universais e neutros" (p. 125).O co...
RESUMONeste trabalho investiga-se como a ideologia neoliberal pode influenciar a formação do pensamento social contemporâneo no que se refere à estrutura socioeconômica brasileira. Para tanto, procura-se refletir criticamente sobre algumas proposições que estão presentes na vida cotidiana e incorporadas em nossa linguagem, tais como o conceito de pobreza, a sobrevaloração da prática do voluntariado, o mercado em torno do sofrimento humano com a ampliação do Terceiro Setor, entre outras. Embora, nas últimas décadas, o campo de estudo e de intervenção sobre a pobreza e os seus impactos tenha sido ampliado pelo Estado e pela sociedade civil, a hipótese defendida neste artigo é a de que muitos desses discursos, aparentemente a favor da redução da desigualdade social, tendem a legitimar a manutenção da pouca mobilidade social e, consequentemente, a aceitação e naturalização da pobreza no cotidiano. Palavras-chave: pensamento social; neoliberalismo; naturalização; pobreza. ABSTRACTThis paper investigates how the neoliberal ideology can influence the formation of contemporary social thought with regard to the socio-economic structure of Brazil. To this end, we seek to reflect critically on some propositions present in everyday life and incorporated into our language, such as the concept of poverty, the overevaluation of the practice of voluntary work, the market around the human suffering with the expansion of the Third Sector, among others. Although in recent decades the field of study and intervention on poverty and its impact has been magnified by the state and civil society, the hypothesis put forward here is that many of these discourses, apparently in favor of reducing social inequality, tend to legitimize the maintenance of low social mobility and, consequently, the acceptance and naturalization of poverty in everyday life. Keywords: social thought; neoliberalism; naturalization; poverty. IntroduçãoUma das manifestações contemporâneas mais importantes da questão social na América Latina e, em especial, no Brasil, é a desigualdade social. Apesar de essa problemática ter origem remota e de, segundo alguns discursos correntes, muito se ter lutado para combatê-la, ainda hoje encontramos disparidades socioeconômicas relevantes em nosso país, aliadas à naturalização e aceitação de tal fato. Frente a isso, o presente trabalho procura investigar e refletir criticamente sobre como a ideologia neoliberal pode influenciar a formação do pensamento social contemporâneo no que se refere à estrutura socioeconômica brasileira.Partimos do pressuposto de que o conhecimento humano não é fruto de uma racionalidade pura, nem mesmo o resultado de uma apreensão de informações que reproduz a realidade externa tal qual ela é ou parece ser. Ao contrário, acreditamos que nossas ideias e pensamentos são representações, ou seja, formas dialógicas produzidas pelas inter-relações eu/outro/objeto-mundo (Jovchelovitch, 2008). O conhecimento, portanto, é sempre produzido através da interação, e sua expressão está sempre ligada aos interesses hum...
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