A partir de uma discussão sobre os contornos e os limites da noção de "globalização", o artigo analisa as profundas transformações que ocorrem no(s) mundo(s) do trabalho nos anos noventa, detendo-se particularmente em três questões: as conseqüências da globalização sobre a divisão sexual do trabalho; as novas características do emprego feminino na crise; o debate francês sobre as alternativas institucionais e jurídicas, que se referem ao debate anterior sobre o "fim do trabalho" ou a "centralidade do trabalho"; em conclusão, serão apresentadas as alternativas propostas pelos movimentos sociais à crise do emprego e ao desenvolvimento da precariedade.
A conjunção das palavras-chave que compõem o título desse artigo remete imediatamente ao conjunto de reflexões e práticas do que se convencionou denominar “feminismo materialista” Assim, esse texto apresenta, de início, o feminismo materialista para, em seguida, abordar o tema do trabalho das mulheres e, mais geralmente, a relação entre trabalho e gênero, no contexto de um capitalismo patriarcal. Discute, enfim, o paradigma da interseccionalidade, que propõe a interdependência e a não-hierarquização das relações de poder de gênero, raça e classe social.
A partir da referencia às pesquisas francesas sobre a questão da precarização do trabalho das mulheres, o artigo propõe alguns indicadores de trabalho precário, analisa os grupos sociais mais atingidos pelo trabalho precário e mostra a relação entre a vulnerabilidade crescente do emprego feminino e o processo de globalização. Algumas questões de atualidade social e cientifica, como a bi-polarização do emprego feminino e o crescimento da migração internacional das mulheres são a seguir estudadas, assim como as características do trabalho atual em que a precarização do emprego é concomitante à intensificação do trabalho e à flexibilização. Enfim, são analisados os pontos de vista que levam à legitimação social e científica desse processo de precarização do trabalho, e as alternativas a esse processo, provindas tanto dos juristas quanto dos movimentos sociais.
As teorias e os debates sobre o care, que datam de ao menos trinta anos no mundo anglo-saxônico, em particular nos Estados Unidos (Gilligan, [1982] & Glucksmann, 2008; Glucksmann, 2010). Nossa reflexão procurou esclarecer tendências observadas em outras realidades, igualmente interessantes do ponto de vista analítico, tanto devido às modalidades de construção dos seus regimes de proteção e previdência social, como pelas particularidades dos processos demográficos e econômicos que moldam as estruturas etária e ocupacional das populações desses três países. Para fazê-lo, vamos nos apoiar em literatura secundária e nas estatísticas disponíveis, assim como nos primeiros resultados das pesquisas de campo em andamento, realizadas pelas autoras.Focaremos nossa análise no trabalho do care às pessoas idosas dependentes. Sabemos que elas não são as únicas a necessitar de cuidados
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