A metodologia Building Information Modelling (BIM) é, atualmente, uma das principais expressões das inovações tecnológicas digitais aplicadas à Arquitetura, Engenharia, Construção e Operação. Trata-se de instrumento capaz de analisar grande quantidade de informações, por meio de um modelo virtual que gerencia o ciclo de vida do edifício, voltado as fases anteriores à construção. Para edifícios construídos tem-se o conceito de HBIM (Historic Building Information Modelling) como alternativa de gerenciamento, na qual objetos paramétricos são construídos a partir de dados de edifícios históricos. No entanto, componentes destinados ao registro histórico são raros em bibliotecas BIM e exigem grande esforço de modelagem, necessitando de protocolos e especificações relativos aos seus processos. Este artigo identifica e analisa meios para modelagem de componentes de um edifício histórico em BIM, partindo de um elemento do edifício moderno E1, localizado no campus USP São Carlos, SP. O método consistiu em revisão bibliográfica, levantamentos no local, modelagem paramétrica e avaliação das formas de desenvolvimento dos componentes, com uso de software BIM. Os resultados identificam três processos distintos de modelagem: Família de Sistema, Família Composta e Família Modelada no Local. A contribuição do artigo é a descrição e discussão dos procedimentos adotados, das potencialidades e limitações de cada processo e da sua aplicação a estudos similares. Os elementos produzidos foram disponibilizados em um repositório público, a fim de possibilitar seu registro, documentação e uso em projetos de gestão, manutenção, preservação e reconstrução do patrimônio estudado, e também como modelo exemplificado para bibliotecas HBIM a serem futuramente construídas.
xxii congresso da sociedade iberoamericana de gráfica digital 22th conference of the iberoamerican society of digital graphics 07|08|09|novembro|2018 iau usp | são carlos | sp br
A produção massificada de habitações de interesse social, utilizada como estratégia para reduzir o déficit habitacional brasileiro, ampliou a discussão sobre a adoção de requisitos que incrementam a qualidade dos projetos. Nesse sentido, o conceito de Flexibilidade tem sido tratado como um atributo para atendimento das necessidades dos seus usuários, em seus diversos agrupamentos familiares, ao longo do tempo de permanência na moradia. Diante desse contexto, o objetivo deste trabalho é realizar uma Revisão Sistemática da Literatura (RSL) sobre Flexibilidade. Para condução, definiu-se um protocolo de pesquisa e buscaram-se artigos publicados nos últimos dez anos, em periódicos indexados. Por meio do software StArt, os artigos foram selecionados e classificados em categorias distribuídas em três tópicos: área de estudo, enfoque teórico e método. Os resultados demostram que a maioria dos trabalhos se relaciona à área de estudo de projetos habitacionais e processo de projeto; tem enfoque teórico nas características que conferem flexibilidade ao projeto; e, baseiam-se em método de estudos empíricos. Além disso, os dados apontam que o tema tem pouco destaque e abrangência nos veículos indexados, e ainda carece de estudos sobre o seu próprio campo teórico e terminologia, visto que não há uma caracterização clara dos conceitos e de termos similares, como Adaptabilidade. Ressalta-se a relevância deste trabalho por traçar um panorama contemporâneo sobre as pesquisas publicadas e por oferecer um contexto que elucida o que ainda precisa ser pesquisado.
A presente pesquisa relaciona flexibilidade e sustentabilidade, com ênfase nas reformas para ampliação em projetos de habitações de interesse social (HIS). O objetivo é demonstrar que um projeto flexível pode ser considerado mais sustentável porque gera menos resíduo no processo de personalização. Para cumprir esse objetivo, dois projetos com propostas e áreas semelhantes foram personalizados a fim de atender aos requisitos que, na literatura, são os mais solicitados pelos usuários. Os Resíduos de Construção e Demolição (RCD) foram quantificados com uso do programa Revit (Autodesk, 2021) e demonstrou-se, para o caso analisado, que o projeto flexível produziu uma quantidade de resíduos de aproximadamente 20% menor que a do projeto não flexível. O estudo reflete sobre a influência da flexibilidade na sustentabilidade em suas três dimensões -econômico, social e ambiental -e afirma a importância deste conceito na cadeia construtiva, em especial, na de HIS.
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