ResumoDiscute-se neste artigo de revisão a relação entre demência e autonomia, com enfoque particular nas perdas cognitivas e no comprometimento da memória. A doença de Alzheimer (DA) é uma doença neurodegenerativa progressiva que provoca demência, comprometendo, ao longo de sua lenta evolução, a autonomia dos pacientes. A redução da autonomia é o fator determinante da dependência de um cuidador, que se torna indispensável para preservar o provimento das necessidades básicas da vida diária do paciente. É feita uma distinção entre a dependência por limitações motoras e redução de mobilidade, daquela decorrente das perdas cognitivas. Discute-se também a importância do uso racional dos instrumentos de rastreio cognitivo e avaliação funcional na mensuração do grau de autonomia dos indivíduos acometidos.Palavras-chave: doença de Alzheimer, autonomia, qualidade de vida, memória, teste cognitivo, escala funcional.
AbstractAlzheimer disease (AD) is a progressive neurodegenerative disorder that leads to cognitive impairment and dementia. Within a global reduction in cognitive skills, the loss of memory-related functions has a pivotal role in the development of functional disability. As opposed to physical handicap, disability due to cognitive impairment is a strong determinant of reduced autonomy, which in turn determines the degree of dependency on a caregiver. We further discuss the role of functional and cognitive screening instruments in the assessment of the degree of autonomy in patients with dementia.
Resumo Este texto apresenta uma discussão a respeito das pessoas com transtorno mental em conflito com a lei no Brasil e os Hospitais de Custódia e Tratamento Psiquiátrico, instituições inseridas no sistema prisional e consideradas híbridas entre a saúde e a justiça. Ao apresentarmos a realidade no contexto nacional, evidenciamos que a Reforma Psiquiátrica não alcançou essas instituições e esses indivíduos seguem estigmatizados, tendo os seus direitos humanos violados. Fundamentamos a necessidade de avançarmos o debate e trazemos alguns questionamentos na tentativa de fomentar a criação de novas saídas para o enfrentamento do problema, bem como a garantia de cuidado em saúde bem estruturado e baseado em evidências científicas.
This text discusses people with mental disorders in conflict with the law in Brazil and the Custody and Psychiatric Treatment Hospitals, institutions included in the prison system and considered a hybrid between health and justice. When we present the reality in the national context, we show that the Psychiatric Reform did not reach these institutions, and these individuals continue to be stigmatized, and their human rights are violated. We substantiate the need to advance the debate and raise some questions to establish new solutions to tackle the issue and ensure well-structured, scientific evidence-based health care.
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