A prática regular de atividades físicas sistematizadas na infância e na adolescência pode favorecer sobremaneira o desenvolvimento ou a manutenção de níveis adequados de aptidão física, reduzindo o risco de incidência de inúmeras disfunções crônico-degenerativas em idades precoces. Assim, o propósito deste estudo foi analisar a adiposidade corporal e o desempenho motor em crianças de alto nível socioeconômico, de acordo com uma avaliação referenciada por critérios de saúde. Para tanto, 511 escolares (274 meninos e 237 meninas) de sete a 10 anos, foram submetidos a medidas antropométricas de massa corporal, estatura e espessuras de dobras cutâneas (tricipital e subescapular) e aos seguintes testes motores: sentar e alcançar (SA), abdominal modificado (ABD) e corrida/caminhada de nove minutos (9MIN). As informações foram analisadas de acordo com os pontos de corte sugeridos pelo Physical Best (1988). Com relação à adiposidade corporal, verificou-se maior contingente de escolares acima (33% dos meninos e 15% das meninas, P < 0,01) do que abaixo (7% dos meninos e 15% das meninas, P < 0,01) dos critérios preestabelecidos. O comportamento observado nos diferentes testes motores empregados foi bastante semelhante em ambos os sexos, com exceção do SA, no qual uma proporção maior de meninas atendeu ao critério adotado (76% vs. 58%, P < 0,01). Por outro lado, o desempenho motor mais fraco foi identificado no teste 9MIN, no qual somente 27% dos meninos e 32% das meninas (P > 0,05) alcançaram os pontos de corte adotados. Quando analisados conjuntamente, constatou-se que somente 15% dos meninos e 21% das meninas (P > 0,05) apresentaram resultados satisfatórios nos três testes motores utilizados. A alta prevalência de crianças que se situaram acima do critério de saúde para quantidade de gordura corporal, associada à baixa proporção de sujeitos que atenderam aos critérios estabelecidos no conjunto dos testes motores utilizados, indica que o nível de aptidão física encontrado nos escolares investigados está bastante aquém do desejável. Os resultados sugerem a necessidade do desenvolvimento de programas de educação para a saúde que estimulem a participação mais efetiva de jovens em programas de exercícios físicos e esportes de diferentes naturezas, sobretudo no segmento escolar, no qual grande parte dos hábitos de vida são estabelecidos.
OBJETIVO: Verificar a prevalência de sobrepeso e obesidade em escolares na faixa etária entre sete e dez anos, de ambos os sexos e de alto nível socioeconômico. MÉTODOS: Quinhentos e onze escolares (274 meninos e 237 meninas) foram submetidos a medidas antropométricas de massa corporal, estatura e espessuras de dobras cutâneas (tricipital e subescapular). Valores de índice de massa corporal maiores ou iguais ao percentil 85 e menores do que percentil 95 foram utilizados para a determinação de sobrepeso, ao passo que valores de índice de massa corporal maior ou igual ao percentil 95 foram adotados como indicadores de obesidade. O nível socioeconômico foi estabelecido a partir de informações produzidas por um questionário, de acordo com o grau de instrução dos pais e os bens de consumo familiar. RESULTADOS: A prevalência total de sobrepeso foi de 19,7% nos meninos e 17,3% nas meninas, sem diferenças significantes entre sexo e faixa etária (p>0,05). Por outro lado, a prevalência de obesidade em meninos e meninas foi de 17,5% e 9,3%, respectivamente, com diferenças significantes entre os sexos aos nove (p<0,01) e dez anos (p<0,05), bem como no conjunto de todas as idades (p<0,01). CONCLUSÃO: Os resultados indicam taxas de prevalência de sobrepeso (~19%) e de obesidade (~14%) bastante superiores à média da população brasileira na faixa etária entre os sete e dez anos. Portanto, diferentemente do observado em países desenvolvidos, o alto nível socioeconômico parece afetar negativamente a prevalência de sobrepeso e obesidade, aumentando os riscos para o desenvolvimento de disfunções metabólicas em idades precoces.
-The aim of this study was to analyze estimation of cardiorespiratory fitness (CRF) in adolescents aged 10 to 12 years by means of the 9-minute run/walk test. A total of 115 adolescents (61 boys and 54 girls) took part in the study. Mean age was 12.2±0.9 and 12.1±0.7 years, body mass 47.5±13.6 and 45.0±13.2 kg, height 150.9±7.7and 150.4±7.3 cm, and VO 2 peak 49.9±9.5 and 42.2±7.4 mL/kg/min in boys and girls respectively. The subjects performed a maximal treadmill test and a 9-minute run/walk field test (9-minute test). The relationship between VO 2 and the 9-minute test was analyzed by Pearson's correlation coefficient. The difference between the proportions of adolescents who met health criteria and agreement between the CRF cutoff points proposed in the Physical Best and Fitnessgram batteries was analyzed with McNemar's test and the Kappa statistic respectively. The significance level was set at 5%. There was moderate correlation (r=0.64) between the 9-minute test and directly measured VO 2 peak in the sample as a whole. Gender-stratified analysis showed higher correlation in boys (r=0.59) than in girls (r=0.43). There were significant differences between the tested cutoff points (P<0.001) and weak agreement (Kappa = 0.19) in relation to CRF. These findings suggest that the 9-minute test appears to be a valid indicator of CRF in adolescents between the ages of 10 and 12. However, care should be taken when choosing cutoff points for classification of cardiorespiratory fitness. Key words: Adolescents; Cardiorespiratory fitness; Cutoff points; Field test. 47,5(13,6) e 45,0(13,2) kg, estatura 150,9(7,7) e 150,4(7,3) cm e VO 2 pico 49,9(9,5) e 42,2(7,4) Resumo -Analisar a estimativa da aptidão cardiorrespiratória (ACR) em adolescentes de 10 a 12 anos a partir da aplicação do teste de corrida e/ou caminhada de 9 minutos. Participaram 115 adolescentes (61 rapazes e 54 moças), idade média de 12,2(0,9) e 12,1(0,7) anos, massa corporal
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