O uso indiscriminado de medicamentos tem representado uma das maiores ameaças à Saúde Única, haja vista sua atuação na resistência antimicrobiana e seus impactos ao meio ambiente. Assim, busca-se como alternativa sustentável a esses fármacos, os óleos essenciais, substâncias com diversas atividades terapêuticas, destacando a eficácia no tratamento de dermatopatias de origem zoonótica, a exemplo escabiose canina, esporotricose, dermatofitose e leishmaniose tegumentar americana. O presente trabalho tem por objetivo realizar revisão bibliográfica acerca do emprego de óleos essenciais na medicina veterinária, destacando-se o tratamento das dermatopatias de origem zoonótica. Foi demonstrado o efeito acaricida, fungicida e fungistático dos óleos essenciais de Melaleuca alternifolia, Cedrus deodara, Azadirachta indica, Myrtus communis, Thymus vulgaris, Rosmarinus officinalis, Lavandula angustifolia, Cinnamomum cassia, Eugenia uniflora e Plectranthus amboinicus. As dermatozoonoses apresentam crescente resistência a antifúngicos e antibióticos comerciais, o emprego de terapias alternativas utilizando óleos essenciais se faz relevante de forma a amenizar essa resistência, e proporcionar melhoria na sanidade dos animais. Diante disso, dentre os estudos avaliados é demonstrado que os óleos essenciais de Melaleuca alternifolia, Cedrus deodara, Azadirachta indica, Myrtus communis, Thymus vulgaris, Rosmarinus officinalis, Lavandula angustifolia, Cinnamomum cassia, Eugenia uniflora e Plectranthus amboinicus apresentam resultado in vitro satisfatórios na terapêutica de dermatozoonoses de importância clínica, contudo, se faz necessário a realização de estudos in vivo para verificar a eficácia destes compostos, realizando-se um monitoramento de sua ação mediante as barreiras fisiológicas e metabolismo dos animais.
INTRODUÇÃO:Os dermatófitos são fungos filamentosos queratinofílicos que crescem e se desenvolvem em tecidos como pele e anexos provocando descamação, eritema, despigmentação, placas circulares, prurido, e perda de pelo no local parasitado. A doença é caracterizada como zoonótica em função do seu elevado grau de contágio entre espécies estando associado principalmente a sua forma de transmissão, haja visto o aumento do contato homem-animal nos últimos anos. As infecções mais comuns já relatadas em cães e gatos são causadas pelos gêneros Nannizzia e Trichophyton. OBJETIVOS: Objetivou-se com esse estudo identificar os principais agentes causadores de lesões cutâneas em cães e gatos na cidade de Barra, região Oeste da Bahia. METODOLOGIA: As amostras foram colhidas de diferentes áreas de lesões epiteliais de animais com suspeita clínica de dermatozoonoses, foram realizadas escarificação de pele, coleta de crostas, pelos e bordas lesionadas. O cultivo foi efetivado em meio Ágar Sabouraud Dextrose acrescido de cloranfenicol e meio Dermatophyte Test Medium (DTM) e incubadas por 15 dias em temperatura controlada de 25°C. Após a comprovação do crescimento, foi realizada a observação macroscópica, onde avaliou-se as características morfológicas das colônias e posteriormente foi realizado o microcultivo para confirmação diagnóstica. A técnica proporcionou um estudo detalhado das estruturas fúngicas, possibilitando a identificação dos isolados e para análise microscópica foi utilizado o lactofenol azul de algodão. RESULTADOS: Com esse estudo, foi possível realizar a identificação de 13 isolados com fenótipos sugestivos, sendo 6/13 da espécie Nannizzia Gypsea, 3/13 Trichophyton rubrum, 1/13 Trichophyton mentagrophytes, 1/13 Epidermophyton floccosum e 2/13 Microsporum canis. confirmados pela técnica de microcultivo em placa, seguida de microscopia. Microscopicamente observou-se estruturas como hifas e clamidoconídios no micélio, os resultados encontrados corroboram com outros estudos descritos na literatura e que apontam os dermatófitos como principais casuísticas nos atendimentos clínicos veterinários. CONCLUSÃO: Os principais microrganismos encontrados a partir das lesões cutânea de cães e gatos foram espécies pertencentes ao grupo dos dermatófitos, em maior número Nannizzia Gypsea, Trichophyton rubrum, Trichophyton mentagrophytes, Epidermophyton floccosum e Microsporum canis.
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