The institutional clinical practice with adolescents in a university hospital in the present times raises questions about both gender and sexuation. Such questions are not exclusively at the level of practice, but also of theory, requiring it's refinement. We introduce it in the context of psychoanalysis. Methodologically, we left the clinic to question the theory, allowing it to be enriched, as Freud wanted, from the beginning, when he observed that in psychoanalysis there is no theory without clinic. Although we are based on psychoanalytic authors, we do not fail to imply references in authors of the connection fields of psychoanalysis, which often bring fundamental elements to the intended refinement. We conclude by presenting a case to exemplify the questions that led us to the research.
Visou-se identificar, a partir da teoria psicanalítica, questões advindas da clínica institucional em um hospital universitário no contexto da covid-19. Os pontos abordados no presente trabalho levaram-nos a elaborar teoricamente um sintoma institucional: a objetalização. Tal conceito já foi utilizado por diversos autores e diz respeito à destituição do sujeito que, nos mais diferentes contextos, pode vir a ser tomado como objeto não apenas das práticas, mas também nos discursos. Levantamos a hipótese de que os efeitos da pandemia vivida em 2020, que assolou o hospital em que atuamos, escancarou a objetalização não apenas dos pacientes e de suas famílias, mas também das equipes, que, em sua maioria, procuraram esmerar-se sobremaneira para fazer frente à conjuntura. Desse modo, sustentamos que a objetalização, que vimos a olhos nus no contexto da pandemia, já estava latente na prática hospitalar, mesmo em tempos menos sombrios.
El presente artículo consiste en algunas notas que buscan elaborar la práctica psicoanalítica con chicas adolescentes en el Núcleo de Estudos da Saúde do Adolescente (Centro de estudios de la salud del adolescente). Con este fin, presenta inicialmente la contribución de algunos psicoanalistas contemporáneos junto con las contribuciones de Freud y Lacan. Aborda algunos síntomas que han aparecido con frecuencia en los procesos analíticos de las jóvenes mujeres y discute la relación madre-hija. En su parte final, busca demostrar que los psicoanalistas pueden aprender con las adolescentes.
No que tange à psicanálise, qual é nossa política diante das questões de gênero? Eis a pergunta que esse texto se coloca a partir do trabalho com uma criança encaminhada para diagnóstico após a suspeita da pediatra de que seria portadora de uma disforia de gênero. Retomando as diretrizes que orientam a medicina quanto à questão na atualidade, observando o trabalho analítico dessa criança e situando-nos frente a observações cruciais, tanto de Freud quanto de Lacan, sobre a postura do analista quanto às questões das subjetividades de sua época, discutimos a falácia da binaridade que vige em um mundo biologizante. Orientamo-nos, metodologicamente, de duas formas: a discussão de discursos e o trabalho clínico conforme a pesquisa em psicanálise, isto é, fazer o sujeito falar para, a partir daí, construir possíveis balizas para sua própria identidade, dessa forma é possível atualizar a referência freudiana ao impossível.
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