O jornal C o rreio Braziliense de 27 de setembro de 2003 veiculou uma foto histórica. Em manifestação contra a liberação dos transgênicos, ambientalistas e integrantes do Movimento dos Tr a b a l h a d o r e s Rurais Sem-Terra ladeiam a Ministra do Meio Ambiente, Marina Silva. Cena inimaginável seis anos antes, quando vieram a público sérias tensões entre ambientalistas e sem-terra, na divulgação do relatório do então deputado federal Gilney Viana (PT/MT), 1 na época integrante da Secretaria do Meio Ambiente do Partido dos Trabalhadores e Relator da Comissão Externa da Câmara dos Deputados que analisava a atuação das empresas madeireiras na Amazônia.Viana afirmou no documento que a reforma agrária efetuada desde os anos 1970 era causa das principais devastações da floresta amazônica. A mídia explorou o Relatório veiculando a idéia de que os semterra destruíam o meio ambiente. A reação de movimentos e entidades ligadas à luta pela terra foi imediata. Seguiu-se rico período de debates e articulações, que culminou com a realização do 1.º Seminário sobre Reforma Agrária e Meio Ambiente (Brasília, 1999), promovido pelo F ó r u m ENTRE AS PEDRAS E AS FLORES DA TERRA HENRIQUE JOSÉ A. DE CARVALHO ANTÔNIO JOSÉ ESCOBAR BRUSSI1 Documento Reforma Agrária na Amazônia: um desastre ambiental (15.12.97), que compõe o Relatório da Comissão Externa da Câmara dos Deputados, criada em 17.10.96, encerrada em 15.12.97 e destinada a averiguar a aquisição de madeireiras, de serrarias e de extensas porções de terras brasileiras por grupos asiáticos. A Comissão realizou 11 audiências públi-cas, duas viagens à Amazônia, além de ouvir empresários, trabalhadores, cientistas e pesquisadores, autoridades governamentais federais, estaduais e municipais, ONGs nacionais e estrangeiras. O objetivo-mor da comissão foi averiguar, discutir e relatar "a presença de megamadeireiras asiáticas como parte do conjunto de investimentos transnacionais na indús-tria madeireira da Amazônia, dentro de uma visão crítica da política de integração global que hoje se propõe e se pratica na Amazônia", chegando à conclusão de que "a presença das madeireiras asiáticas expõe a floresta amazônica a um risco potencialmente grande, se não forem tomadas iniciativas fiscalizadoras".
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