Este artigo traz para a língua portuguesa o trabalho artístico e pedagógico desenvolvido pela violista norte-americana Karen Tuttle no decorrer de sua carreira. Considerada um espírito livre e adiante de sua época, ela se distanciou das formas tradicionais e austeras de ensino da música e incorporou à esfera técnico-musical os aspectos corpóreos e emocionais do intérprete por meio de princípios reichianos. Após uma breve biografia e apresentação de seus principais mentores, será exposto seu conjunto de técnicas chamado Coordination, o qual certamente poderá ser de interesse de professores de instrumentos de corda. Por meio do uso eficiente do corpo e da eliminação de tensões musculares indesejadas, Coordination busca não somente evitar lesões resultantes da performance musical, mas otimizar a projeção das emoções do músico para a plateia. Ao final do artigo, é apresentado o resultado de um breve questionário aplicado a professores universitários para mapear o atual uso dessas técnicas no Brasil.