Diversos cultivares, híbridos e retrocruzamentos no gênero Coffea foram, avaliados, em condições de campo, quanto à resistência ao ataque pelo bicho-mineiro. Entre as espécies diplóides observou-se acentuada variabilidade quanto ao grau de infestação. As espécies C. eugenioides, C. dewevrei, C. racemosa, C. liberica, C. kapakata apresentaram reduzida porcentagem de folhas atacadas, enquanto C. stenophylla mostrou-se praticamente imune. As espécies C. canephora e C. congensis revelaram-se suscetíveis. Altos índices de infestação foram também verificados para os cultivares e variedades de C. arabica, com exceção da variedade mokka. Não se verificaram diferenças de infestação em plantas com graus variáveis de ploidía, as quais apresentam a espessura variável da lâmina foliar ou com folhas de tamanhos diferentes. O exame das populações híbridas sugere que a resistência ao ataque pelo bicho-mineiro seja de natureza dominante, não se podendo tirar conclusões sobre o número de genes envolvidos. Considerações sobre o tipo de ação gênica controlando essas características e sugestões para o aproveitamento dessa resistência ao melhoramento de C. arabica e C. canephora são discutidas.
Several species of Coffea and varieties of C. arabica differing in chromosome number had their caffeine content determined in the leaves. For Coffea arabica var. "Angustifolia", var. "Caturra" and var. "Icatu", it was observed caffeine decrease from the haploid (2n = 22) to tetraploid leaves (2n = 44). Caffeine in the tetraploid "Angustifolia" was decreased by 50% when compared to the haploid. Caffeine reduction was also observed in leaves of C. canephora var. "Kouilou" as chromosome number was increased (2n = 22 ® 2n = 44). In this case, caffeine in the leaves of the diploid genotype was close to 4 times higher than in the tetraploid. On the other hand it was observed an increase of the alkaloid when the chromosome number was doubled in the C. canephora var. "Robusta".
Procurou-se determinar, em nível de laboratório, por meio de infestações artificiais uniformes, fontes de resistência ao bicho-mineiro Perileucoptera coffeella (Guérin-Mèneville, 1842), entre as espécies Coffea stenophyila, C. salvatríx, C. racemosa, C. liberíca, C. eugenioides, C. kapakata, C. dewevrei, C. brevípes, C. congensis e C, canephora e os cultivares Catuaí Vermelho e Mundo Novo de C. arábica. Utilizaram-se testes de livre escolha e de confinamento, sendo avaliados os seguintes parâmetros: oviposição, número de discos lesionados por parcela, nota visual, área foliar danificada por parcela e área foliar danificada por lagarta. De acordo com os parâmetros analisados, pode-se, com relação ao número de pontos atribuídos na avaliação visual e quanto à porcentagem de discos lesionados, agrupar as espécies C. stenophyila, C. brevipes, C. liberíca e C. salvatrix, como altamente resistentes; C. racemosa, C. kapakata, C. dewevrei e C. eugenioides, como moderadamente resistentes, e C. congensis, C. canephora e C. arabica, como suscetíveis. Considerando os parâmetros área foliar danificada por parcela e área foliar danificada por lagarta, C. arabica pode ser classificada como altamente suscetível, mantendo-se C. congensis e C. canephora como suscetíveis.
Estudou-se a variabilidade e o potencial de seleção de 396 híbridos entre os porta-enxertos limão Cravo 'Limeira' (Citrus limonia) (C), tangerina Sunki (C. sunki) (S), laranja Azeda 'São Paulo' (C. aurantium) (A) e Trifoliata 'Davis A' (Poncirus trifoliata) (T) tolerantes à tristeza, comparativamente aos genitores Cravo, Sunki e Trifoliata. Foram investigados os híbridos T x A, T x S, S x T, C x S, S x C, C x A e S x A quanto à produção das três primeiras colheitas, produtividade e várias características vegetativas e industriais da laranjeira 'Valência' neles enxertada. Cravo, Trifoliata e os híbridos T x S, S x T, T x A e C x A iniciaram a produção precocemente comparado à Sunki, S x C, C x S e S x A, denotando a dominância da produção precoce do Trifoliata, mesmo nos híbridos com Sunki, e a tendência dos híbridos de Sunki em induzir produção tardia, exceto na combinação com o Trifoliata. A produtividade por área de projeção da copa do Trifoliata foi baixa, ao contrário do Cravo, Sunki e híbridos T x S e S x T. Observou-se boa associação entre os diâmetros dos enxertos e também dos porta-enxertos logo após o plantio no campo e nos quatro anos subseqüentes. Altura, diâmetro da copa, dos troncos do enxerto e porta-enxertos são altamente relacionados e úteis para compor um índice caracterizando o vigor. Trifoliata e Sunki foram os mais divergentes quanto ao vigor e os híbridos entre eles, os que apresentaram maior variabilidade para essa característica. Em 2000, vigor e produção correlacionaram-se com o diâmetro do enxerto em 1996, mostrando ser acertada a prática corrente de se escolherem as mudas mais vigorosas para o plantio comercial, indicando sua utilidade na pré-seleção de mudas de híbridos para o plantio de campos de seleção. A incompatibilidade parcial enxerto/porta-enxerto, observada em 'Valência'/Trifoliata, manifestou-se em seus híbridos, mas não se correlacionou com os atributos produção precoce e elevadosºBrix e ratio desse genitor, tratando-se de determinantes genéticos independentes. Trifoliata induziu altos valores de ratio do suco e, todos os seus grupos de híbridos foram superiores à Sunki e ao Cravo. Quanto à produção, verificou-se a superioridade do Cravo em relação à Sunki e esta em relação ao Trifoliata, enquanto nos híbridos constatou-se ampla variabilidade genética, sendo 228 significativamente mais produtivos que o Trifoliata, 100 superiores à Sunki e 47 ao Cravo. Os resultados evidenciaram alto potencial de seleção desses híbridos.
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