Progênies dos cultivares catuaí-vermelho e catuaí-amarelo de Coffea arabica e populações em segregação derivadas de hibridações entre cafeeiros selecionados destes e de outros cultivares foram avaliadas quanto às características da planta e produção de frutos maduros. De 64 progênies de catuaí, apenas duas revelaram-se heterozigotas para os alelos caturra (Ctct); entre estas, 19 são homozigotas para cor vermelha do exocarpo (XcXc), 42 para cor amarela (xcxc) e três heterozigotas para esta característica e com o pericarpo de cor alaranjada. Com relação à ocorrência de plantas com o defeito de possuir elevada quantidade de frutos com lojas sem sementes, 17 progênies revelaram-se heterozigotas e 47 homozigotas normais, sem o defeito. As plantas de catuaí apresentaram altura e diâmetro médios da copa de 190 e 189cm, enquanto para as plantas de mundo-novo esses valores médios foram de 238 e 211cm respectivamente. As progênies H 2077-2-5-46 e H 2077-2- 28, de catuaí-vermelho, e H 2077-2-5-32, H 2077-2-5-5, H 2077-2-12-64, H 2077-2-5-66 e H 2077-2-5-39, de catuaí-amarelo, deram produções de frutos maduros mais elevadas, além de serem homozigotas para os alelos caturra e não segregarem para plantas com elevada quantidade de frutos com lojas sem sementes normais. Em quatro das populações de retrocruzamentos entre caturra e mundo-novo analisadas em outro experimento e em duas populações F2 de híbridos entre esses cultivares, alguns cafeeiros promissores foram selecionados, de interesse para o prosseguimento do programa de melhoramento. Plantas do tipo são-bernardo, de interesse para esse mesmo fim, foram, também, detectadas em F2 de híbridos entre mundo-novo e são-bernardo, as quais, além de produtivas, apresentam altura pequena, semelhante à do catuaí.
Diversos cultivares, híbridos e retrocruzamentos no gênero Coffea foram, avaliados, em condições de campo, quanto à resistência ao ataque pelo bicho-mineiro. Entre as espécies diplóides observou-se acentuada variabilidade quanto ao grau de infestação. As espécies C. eugenioides, C. dewevrei, C. racemosa, C. liberica, C. kapakata apresentaram reduzida porcentagem de folhas atacadas, enquanto C. stenophylla mostrou-se praticamente imune. As espécies C. canephora e C. congensis revelaram-se suscetíveis. Altos índices de infestação foram também verificados para os cultivares e variedades de C. arabica, com exceção da variedade mokka. Não se verificaram diferenças de infestação em plantas com graus variáveis de ploidía, as quais apresentam a espessura variável da lâmina foliar ou com folhas de tamanhos diferentes. O exame das populações híbridas sugere que a resistência ao ataque pelo bicho-mineiro seja de natureza dominante, não se podendo tirar conclusões sobre o número de genes envolvidos. Considerações sobre o tipo de ação gênica controlando essas características e sugestões para o aproveitamento dessa resistência ao melhoramento de C. arabica e C. canephora são discutidas.
No presente trabalho são relatados os estudos realizados visando à introdução do gene Ct (caturra) que contribui para reduzir a altura da planta, no cultivar Mundo" Novo de Coffea arabica.Estudaram-se, em ensaios de produtividade, as populações Fv F.,, F3 e F4. Nessas populações e principalmente entre os descendentes dos "caféeiros H 2077-2-5 e H 2077-2-12, foram selecionadas plantas homozigotas para os alelos Ct e também para os alelos responsáveis pela cor do fruto xc ou Xc. Essas combinações foram denominadas 'Catuaí Amarelo' e 'Catuaí Vermelho', respectivamente, e suas características são apresentadas. Os novos cultivares vêm-se mostrando de interesse econômico para as regiões cafeeiras não somente pelo porte pequeno, mas também pela produtividade, pelo vigor vegetativo e pela precocidade.
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