Resumo Objetivo analisar a percepção da criança hospitalizada quanto ao uso do brinquedo terapêutico instrucional no preparo para a terapia intravenosa. Método estudo descritivo, com abordagem qualitativa, realizado em um hospital pediátrico público no município de Juazeiro do Norte - Ceará, entre os meses de julho a setembro de 2019. Participaram do estudo 31 crianças em idade pré-escolar e escolar. Os dados foram coletados por meio de uma entrevista semiestruturada e, posteriormente, analisados por meio do software IRAMUTEQ. Resultados diante da percepção das crianças acerca da terapia intravenosa, foi averiguado que elas compreenderam a técnica a partir da utilização do brinquedo terapêutico instrucional. Quando a criança tem a oportunidade de brincar e dramatizar a terapia intravenosa, por meio do brinquedo terapêutico instrucional, a ansiedade, a dor, a angústia, a solidão, o medo e o choro são atenuados. Conclusões e implicações para a prática orientar as crianças quanto à realização da terapia intravenosa favorece sua compreensão quanto aos reais benefícios desta técnica para a sua saúde, possibilitando, ainda, a compreensão do enfermeiro quanto às condições que representam riscos para a criança e intervenha em tempo hábil por meio da utilização de estratégias que favoreçam a recuperação da saúde e a minimização de traumas subsequentes advindos da hospitalização.
Objetivo: Avaliar a adesão dos profissionais de enfermagem à higienização das mãos na unidade de terapia intensiva neonatal. Métodos: Pesquisa observacional não participante, transversal, com abordagem quantitativa, realizada em três Unidades de Terapia Intensiva Neonatal. Os dados foram coletados mediante o uso do Formulário de Observação e Cálculo do Manual de Referência Técnica para a Higiene das Mãos do Ministério da Saúde. Resultados: A pesquisa contou com 2.006 oportunidades de higienização, a partir das quais foi evidenciada uma adesão de 77,2%. Para os enfermeiros e técnicos de enfermagem foi predominante o uso do sabonete, 79%, e 73,3%, seguido do ato de não higienização das mãos, 14,3%, e 19,6%, respectivamente. Diante da adesão aos cinco momentos de higienização das mãos, observou-se índice expressivo na recomendação Antes de Tocar o Paciente, 95,2% pelos enfermeiros. Para os técnicos de enfermagem, evidenciou-se maior adesão na indicação Após Risco de Exposição a Fluídos Corporais, 84,6%. Para ambos os profissionais a menor adesão foi observada na indicação Após Tocar Superfícies Próximas ao Paciente. Conclusão: Diante dos resultados do estudo, verificou-se que a assistência ofertada pelos enfermeiros está classificada como segura, e a dos técnicos de enfermagem como limítrofe.
As práticas educativas em saúde são fundamentais no processo de trabalho das equipes da Atenção Primária à Saúde (APS), sendo desenvolvidas, sobretudo, com base na transmissão de informações e na persuasão do público-alvo. O estudo tem como objetivo conhecer a ótica da equipe multiprofissional sobre educação em saúde na APS. Trata-se de um estudo exploratório, descritivo com abordagem qualitativa. O mesmo foi desenvolvido em Unidades Básicas de Saúde da Família (UBASF), em um município da região do Cariri, Ceará. A pesquisa foi realizada entre os meses de fevereiro a novembro de 2018. A pesquisa foi constituída por 11 (onze) profissionais, sendo 7 (sete) enfermeiros, 1 (um) médico e 3 (três) odontólogos, após adotados os critérios de inclusão e exclusão. De acordo com os resultados obtidos, em relação à caracterização sociodemográfica dos participantes da pesquisa, observou-se que 73.2% (n=8) possuíam idade na faixa etária compreendida entre 31 a 50 anos, 81.8% (n=9) dos participantes eram do sexo feminino, 64% (n=7) casados, 64% (n=7) eram enfermeiros, 46% (n=5) tinham acima de 12 anos de tempo de formação e 64% (n= 7) entre 1 a 4 anos de tempo de serviço na unidade. Quanto aos momentos que realizam educação em saúde, as falas dos entrevistados apontaram ser no consultório, em atendimentos aos pacientes, nas salas de esperas, em rodas de conversas, palestras e reunião. Dessa forma, infere-se que a educação em saúde é uma das principais portas de entrada para o desenvolvimento da promoção em saúde de forma equânime e integral.
Objetivo: Compreender a percepção da criança escolar frente à hospitalização. Métodos: Trata-se de um estudo qualitativo, realizado em um hospital pediátrico público de referência para a 21ª Macrorregião de Saúde Juazeiro do Norte, Ceará. A pesquisa foi realizada entre os meses de fevereiro a novembro de 2017. A população do estudo foram 10 crianças escolares. Os dados foram coletados por meio de uma entrevista semiestruturada e analisados por através da análise de conteúdo. Resultados: A partir da análise dos dados emergiram duas categorias temáticas: percepção da criança escolar acerca da internação, e a visão da criança diante da hospitalização. A partir destas pôde-se compreender a visão e/ou opinião da criança sobre a hospitalização e os motivos relacionados à mesma, os sentimentos e experiências vivenciados pelas crianças durante este episódio, a percepção destas quanto ao ambiente hospitalar, atividades e procedimentos desenvolvidos durante este período, e a atenção advinda dos profissionais da saúde. Considerações finais: Conclui-se, a partir do estudo, que as crianças percebem e entendem os motivos da internação hospitalar, e que apesar de relacionarem a hospitalização somente com a realização de procedimentos invasivos e dolorosos, elas compreendem a necessidade destes para a recuperação de sua saúde.
A hospitalização é considerada por sua vez uma experiência traumática na vida de qualquer familiar, onde em algumas ocasiões é preciso fugir da realidade de conforto para um novo mundo de incerteza e insatisfação, alterando a dinâmica psicossocial e emocional. O estudo objetivou conhecer o impacto emocional dos pais frente à criança hospitalizada, verificando as consequências apresentadas pelos genitores diante do processo de internação e identificando as estratégias utilizadas pelos pais frente durante o período de hospitalização. Trata-se de um estudo descritivo, exploratório, de natureza qualitativa, desenvolvido em uma instituição hospitalar, localizada no município de Juazeiro do Norte-CE. De acordo com os resultados obtidos, percebeu-se quanto ao perfil sociodemográfico e econômico um predomínio de 40% das genitores entre a faixa etária de 14 a 25 anos, 86,7% declararam ser da cor branca, 46,7% são casados, 60% do lar, 40% possuem ensino fundamental incompleto e 100% das pessoas recebem até um salário mínimo. No que se refere às consequências para os pais frente ao internamento, percebeuse que a maior dificuldade está relacionada ao distanciamento da família. Em relação às principais estratégias utilizadas, ficou evidenciado que os entrevistados se fortaleçam na sua fé a um ser superior, como também, criam um vínculo de amizade entre os colegas do hospital, onde se encontram na mesma situação. Nesse sentido, faz-se necessário a busca por técnicas que possam diminuir as consequências acarretadas pela doença da criança, como também é importante à capacitação dos profissionais da saúde para tentar evitar e prevenir possíveis circunstâncias no processo de vivência e patologia da criança.
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