RESUMO: Objetivo: identificar vivências e estratégias defensivas da equipe de enfermagem que atua na Unidade de Terapia Intensiva. Método: pesquisa qualitativa, de tipo descritivo, que utilizou a análise temática de conteúdo ao analisar os dados. Realizada com oito enfermeiros das Unidades de Terapia Intensiva Adulto e Pediátrica Mista de um hospital geral de grande porte do sul de Minas Gerais. A coleta de dados ocorreu entre julho e agosto de 2012, por meio de entrevistas semi-estruturadas. Resultados: os dados foram agrupados em três categorias: Satisfação de cuidar em Terapia Intensiva, Frustrações do cuidar na Terapia Intensiva e Lidando com as situações do dia-a-dia: mecanismos de defesa. Conclusões: os enfermeiros sentem prazer ao atuar na terapia intensiva, apesar da desvalorização se mostrar presente. O sentimento de quem cuida deve ser valorizado, pois isso interfere diretamente na assistência prestada e na qualidade de vida do enfermeiro intensivista. Descritores: Cuidados intensivos; Assistência ao paciente; Relações enfermeiro-paciente; Emoções.

Introdução: A realização do cuidado de modo integral vem se tornando cada vez mais um desafio para o Sistema Único de Saúde. Várias estratégias estão sendo adotadas para que este cuidado integralizado aconteça, dentre estas, encontra-se os serviços de referência e contrarreferência. Objetivo: Verificar a efetividade de serviço de contrarreferência em hospital quaternário do sul de Minas Gerais. Métodos: Estudo retrospectivo, descritivo, transversal e quantitativo. Os dados foram coletados a partir de 1.078 prontuários, por meio de um banco de dados específico criado no setor de contrarreferência, no período entre março de 2017 a março de 2018. Foram avaliados dados demográficos, Escala de Fugulin (EF), especialidade envolvida e respostas adquiridas pelas unidades básicas de saúde e Estratégia de Saúde da Família. Resultados: A média de idade foi de 51,7 anos e a maioria era do sexo masculino (50,9%). A maioria dos casos necessitava somente de cuidados mínimos (32,1%), pela EF. Clínica Médica, Cirurgia Geral e Ortopedia foram as especialidades com maior número de pacientes contrarreferenciados. Constatou-se que em 54,5% dos casos foi obtido um retorno da atenção primária, sendo que em 51% dos pacientes contrarreferenciados esta resposta pode ser considerada efetiva. Conclusão: Conclui-se que o serviço de contrarreferência é efetivo, porém ainda se depara com dificuldades em obter uma maior interligação do atendimento nos diferentes níveis de atenção.