ResumoIntrodução: A depressão pós-parto (DPP) tem sido alvo de inúmeras investigações científi cas devido à sua alta prevalência e gravidade e também por suas repercussões negativas na puérpera e na criança. Objetivo: Comparar mulheres com e sem DPP em um grupo de puérperas selecionadas aleatoriamente a partir dos partos ocorridos em uma maternidade de Belo Horizonte (MG). Métodos: Selecionamos 245 mulheres que tiveram parto em uma maternidade de Belo Horizonte. Aplicamos uma entrevista semiestruturada para a obtenção de dados psicossociais e demográfi cos e uma entrevista estruturada (Mini Neuropsychiatric Interview, MINI-Plus) para o diagnóstico de depressão maior segundo critérios do Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders, 4th edition (DSM-IV). Resultados: 26,9% das mulheres tinham diagnóstico de DPP. Não encontramos diferenças entre as características sociodemográfi cas das mulheres com (n = 66, 26,9%) e sem diagnóstico de DPP (n = 179, 73,1%). Entretanto, diversas variáveis clínicas e psicossociais se mostraram signifi cativamente diferentes entre os dois grupos, tais como história de depressão, vivência de estresse ou presença de sintomas depressivos ou ansiosos durante a gravidez, ocorrência de complicações maternas ou na criança no pós-parto e insufi ciência de suporte nos cuidados pós-natais. Conclusão: A identifi cação de fatores associados à DPP é importante para a compreensão de sua etiopatogenia e para o estabelecimento de estratégias de prevenção e tratamento precoce dessa grave doença. Descritores: Depressão pós-parto, prevalência, fatores de risco. AbstractIntroduction: Postpartum depression has been the object of extensive research because of both its high prevalence and its repercussions on the mother and the infant. Objective: To compare women with and without depression in a sample of postpartum women randomly selected at a maternity ward in the city of Belo Horizonte, Brazil. Methods: A total of 245 women who gave birth at a private maternity hospital in Belo Horizonte were selected. A semi-structured interview was used for the collection of psychosocial and demographic data. Diagnosis of major depression was established using and a structured interview (Mini Neuropsychiatric Interview, MINI-Plus), based on criteria set forth in the Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders, 4th edition (DSM-IV). Results: Of the total sample, 26.9% had a diagnosis of postpartum depression. No differences were observed in the social and demographic characteristics of depressed women (n = 66, 26.9%) and of those without depression (n = 179, 73.1%). Nevertheless, several clinical and psychosocial variables showed signifi cant differences between the groups and were therefore associated with postpartum depression, namely previous history of depression, presence of stress or depressive/anxiety symptoms during pregnancy, postpartum complications affecting the mother or the infant, and lack of support and care in the postpartum period. Conclusion: The identifi cation of factors associated...
RESUMOJustificativa: A depressão perinatal constitui-se como importante causa de morbidade gestacional, com consequências significativas para a gestante, para o bebê e com grande impacto para a saúde pública. Conhecer o perfil das gestantes e como a determinação social do processo de adoecimento age associado à dado perfil epidemiológico pode servir ao desenvolvimento de melhores estratégias de políticas públicas para gestantes e puérperas brasileiras. Objetivos: O presente trabalho visa descrever uma amostragem de 573 gestantes atendidas pelo serviço de pré-natal do ambulatório Jenny de Andrade Faria e captadas pelo grupo de pesquisa em depressão perinatal do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia de Medicina Molecular (INCT-MM), baseado no serviço de psiquiatria do Ambulatório Borges da Costa (HC/UFMG). Métodos: Revisão de literatura, através de pesquisa bibliográfica nas bases de dados Cochrane, Medline e Biblioteca Virtual em Saúde, para comparação do predomínio do perfil de gestantes com sintomatologia ou diagnóstico de depressão perinatal descritos no Brasil com a análise de dados das 573 gestantes do INCT-MM. Resultados: A descrição do perfil epidemiológica das gestantes analisadas reflete uma coorte específica do território de Belo Horizonte e Região Metropolitana, bem como de dependentes, parcialmente ou integralmente, do controle pré-natal realizado pelo Sistema Único de Saúde. Existe o predomínio de mulheres multíparas, negras, com média de 10,32 anos de estudos, com prevalência de 25,13% de ocorrências anteriores de transtorno mental e sendo 69,39% da amostra de gravidez de alto risco e 60,29% pertencendo à classe C, D ou E. Conclusões: Destaca-se a variação do rastreio positivo para a depressão, através do EPDS, do segundo para o terceiro trimestre, sendo necessário novos estudos que examinem o fenômeno. Salienta-se a dificuldade do trabalho pela perda significativa de dados longitudinais da amostra por descontinuidade das voluntárias na pesquisa.
Alterações hormonais e psicossociais na gestação e maternidade podem estar associadas à manifestação do transtorno obsessivo compulsivo (TOC) e de outros transtornos mentais. Estes podem trazer consequências não apenas na relação materno fetal, mas no que diz respeito ao neurodesenvolvimento infantil, caso não tratados ou subdiagnosticados durante a gravidez. Assim, o presente trabalho se justifica frente ao propósito de agregar à literatura um estudo original baseado nessas correlações. OBJETIVO Verificar a prevalência de TOC em voluntárias de projeto de pesquisa em depressão pós-parto (DPP), além de verificar a associação comórbida entre TOC e DPP. MÉTODOS Revisão de literatura nas plataformas "PubMed", "Scielo" e "SCOPUS". Descritores utilizados: "Depression", "Obsessive-Compulsive Disorder" e "Puerperium". Realização de busca no banco de dados do projeto "Avaliação longitudinal de preditores moleculares neuropsicológicos de personalidade e sociais para depressão pós-parto", desenvolvido no Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais (HC-UFMG). RESULTADOS: Foram analisadas mulheres com rastreio positivo para TOC no 2º ou 3º trimestres de gestação. Mais da metade delas apresentou associação comórbida com depressão. No pós-parto, evidenciou-se que quase um terço apresentou sintomas obsessivos-compulsivos, muitas delas também com diagnóstico coexistente de depressão. CONCLUSÕES: Os achados do estudo sugerem que o período gestacional possa estar relacionado ao aumento da incidência de TOC nas mulheres, bem como sua sobreposição clínica com quadros depressivos. Além disso, foi evidenciada a alta prevalência do quadro também no puerpério.
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