<p><em>Crotalaria retusa</em> e <em>Tephrosia cinerea</em> estão entre as principais plantas causadoras de lesões hepáticas em ruminantes e equinos. O objetivo desse trabalho foi comparar os aspectos epidemiológicos, clínicos e anatomopatológicos de ovinos intoxicados por essas duas plantas. Os principais achados nos ovinos intoxicados por <em>T. cinerea</em> foram ascite, fígado com superfície irregular e reduzido de tamanho e fibrose centrolobular à microscopia. As principais alterações observadas nos animais intoxicados por <em>C. retusa </em>foram distensão abdominal, icterícia, acentuação do padrão lobular e espessamento da cápsula do fígado, além de degeneração, necrose e hemorragia centrolobular e megalocitose de hepatócitos à microscopia. O conhecimento dos aspectos epidemiológicos clínicos e anatomopatológicos das plantas hepatotóxicas são fundamentais para o diagnóstico, favorecendo a adoção de medidas de controle e profilaxia reduzindo as perdas econômicas.</p>
<p>Colangiocarcinoma é um neoplasma maligno oriundo do epitélio de ductos biliares comum em animais de companhia. Descreve-se um caso de colangiocarcinoma em um cão diagnosticado no Hospital Veterinário Universitário da Universidade Federal de Campina Grande, Patos, Paraíba. A cadela de seis anos de idade apresentou discreta icterícia e foi positiva no teste rápido para leishmaniose. O animal foi entanasiado e na necropsia observou-se fígado aumentado de volume com múltiplos nódulos branco-amarelados que se aprofundavam ao parênquima. Baço e linfonodos aumentados de tamanho com nódulos semelhantes aos descritos no fígado. Pulmões não colapsados com múltiplos nódulos brancacentos. Microscopicamente os nódulos observados no fígado, baço, linfonodos e pulmões eram compostos por células neoplásicas com origem de ductos biliares, caracterizando um quadro de colangiocarcinoma com metástase para órgãos da cavidade abdominal e torácica. O colangiocarcinoma metastático deve ser considerado em cães com insuficiência hepática associada à massas no parênquima hepático e em outros órgãos.</p>
<p>Criptococose é uma enfermidade fúngica causada por leveduras encapsuladas das espécies <em>Cryptococcus</em> <em>neoformans</em> e <em>Cryptococcus</em> <em>gattii</em>. Em cavalos tem sido relatada causando pneumonia, sinusite e meningite. Objetiva-se com este trabalho descrever um caso de criptococose pulmonar em um equino, fêmea, mestiça, de um ano e nove meses, com histórico de perfuração do abdome e exposição das vísceras após trauma. O animal foi submetido ao exame clínico e encaminhado para realização de laparotomia, durante o trans-operatório optou-se pela eutanásia. Durante a necropsia, foi constatada uma ruptura no ápice do ceco. No pulmão observou-se nódulo firme, amarelado, medindo 0,5 cm que ao corte apresentava múltiplas cavitações císticas. Microscopicamente no nódulo pulmonar observou-se estruturas leveduriformes fracamente basofílicas circundadas por um halo claro espesso, compatíveis com leveduras do <em>Cryptococcus</em> sp. Embora não esteja associada com a morte do animal, o diagnóstico da infecção por <em>Cryptococcus </em>sp. é de extrema importância para identificar a disseminação do agente no ambiente e adoção de medidas de controle para evitar novos casos em diferentes espécies inclusive em humanos.</p>
<p>Hemangiossarcomas são neoplasias malignas oriundas do endotélio vascular com alto índice metastático que acometem com maior frequência os cães de meia idade. Objetivou-se com esse trabalho descrever um caso de um canino, SRD, macho, de sete anos de idade que morreu durante atendimento clínico e foi encaminhado para o Laboratório de Patologia Animal da referida instituição. Ao exame necroscópico verificaram-se aderências entre fígado, baço, estômago e omento. O fígado apresentava-se difusamente mais pálido e com massas vermelho-amareladas multifocais, de diferentes tamanhos e consistência flácida, distribuídas aleatoriamente na superfície capsular de todos os lobos que, ao corte, se aprofundavam ao parênquima. O diagnóstico de hemangiossarcorma multicêntrico foi estabelecido com base nos achados anatomopatológicos.</p>
A esporotricose é uma micose causada pelo fungo dimórfico <em>Sporothrix schenckii</em>, que possui capacidade de infectar o ser humano e os animais. Os gatos não castrados e com livre acesso à rua possuem um importante papel epidemiológico na transmissão e propagação da doença. A transmissão do agente ocorre principalmente pelo contato com o solo ou mordeduras e arranhaduras causadas pelos gatos. Os animais comumente apresentam nódulos ulcerados nos membros, região cervical, cefálica, face, pinas e cauda. Portanto, objetiva-se com este trabalho descrever um caso de esporotricose linfocutânea em um gato errante no Sertão da Paraíba. Foi encaminhado a uma clínica veterinária particular em Patos, Paraíba, um gato macho, adulto, sem raça definida, errante, apresentando lesões cutâneas ulceradas e multifocais por todo o corpo. Realizou-se citologia das lesões e identificaram-se miríades de leveduras fúngicas, morfologicamente compatíveis com <em>Sporotrix </em>sp. Devido ao mau prognóstico e dificuldade de realizar o tratamento, foi conduzida a eutanásia do animal. Na necropsia observavam-se lesões cutâneas ulceradas, avermelhadas, bem circunscritas e com bordos elevados e acinzentados, localizadas na face, pálpebra, orelha e membros, principalmente nas falanges e dígitos. No exame histopatológico da pele, observava-se a derme piogranulomatosa associada a estruturas fúngicas leveduriformes, variando de redondos a ovalados, com núcleo centralizado levemente basofilico, circundado por halo claro, e medindo 4-9µm de diâmetro compatíveis com <em>Sporotrix </em>sp. O diagnóstico foi estabelecido com base nos achados epidemiológicos, clínicos, citológicos e anatomopatológicos. É uma doença de alto potencial zoonótico e que requer medidas profiláticas efetivas para seu controle. A esporotricose é uma doença infecciosa relativamente frequente em gatos, que pode cursar com quadros clínico-patológicos graves, e usualmente demanda um prolongado e dispendioso tratamento antifúngico.
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