Resumo Concebidas pelos alunos de Administração da Fundação Getúlio Vargas (FGV), as Economíadas-evento aqui tomado na condição de uma grande festa universitária-são realizadas anualmente pelos estudantes das melhores universidades de Administração, Economia e Contabilidade do Estado de São Paulo. Dado que são eles os responsáveis pela sua organização, este estudo partiu do pressuposto de que, ao oferecerem aos alunos a oportunidade de experienciarem uma vivência organizacional, as Economíadas se configurariam numa oportunidade capaz de estimular o perfil empreendedor dos universitários que dela participam. Assim, o objetivo deste trabalho formulou-se pelo interesse em compreender se e como essa organização poderia vir a fomentar o desenvolvimento das habilidades empreendedoras no público estudantil. Orientando-se por um conjunto de características empreendedoras a partir da perspectiva comportamentalista, foram analisados os conteúdos dos depoimentos de dois alunos da FGV que, entre outras participações, atuaram na organização das Economíadas em 2017. Os resultados permitiram não apenas validar o pressuposto inicial, evidenciando diversas características empreendedoras depreendidas desses relatos, como ainda permitiram identificar um grande envolvimento exteriorizado por eles-o que pode indicar que as Economíadas também se configurem como uma ferramenta promotora de integração e de identidade cultural entre os discentes. Ao se debruçar sobre um dos potenciais impactos de uma festa universitária ainda não estudada no meio acadêmico, este trabalho espera ter contribuído para fomentar a pesquisa em torno desse tipo de evento, inclusive na condição de recurso para a ampliação dos programas de ensino de empreendedorismo nas universidades, ao delegar seu preparo aos próprios alunos. Palavras-chave: Economíadas. Festas Universitárias. Festas. Empreendedorismo. Empreendedorismo jovem.
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Este estudo objetiva analisar em que medida o discurso veiculado pela Folha de S.Paulo acerca da Guerra de Canudos por ocasião do seu centenário e do centenário da morte de Conselheiro reproduziria, validaria e/ou refutaria a versão oficial do Exército Brasileiro, depreendendo daí o posicionamento do jornal a esse respeito. Para tanto, foram mobilizados conceitos advindos da História Militar e da Análise do Discurso francesa, aplicados à análise de um corpus constituído de três publicações. Os resultados revelam que a Folha fomenta a (re)construção de uma memória absolutamente contrária àquela veiculada pela versão oficial dos militares, validando-a, inclusive, historicamente.
Este trabalho tem por objetivo compreender como, no conjunto actorialização-tematização-figurativização, se configura o discurso produzido por uma mulher vítima de violência doméstica moral e psicológica colocada sob medida protetiva. Tomando como ferramental teórico-metodológico os estudos situados no campo da Semiótica Discursiva, a pesquisa se deteve sobre o nível discursivo do percurso gerativo de sentido de um depoimento publicado numa página do Instagram dedicada a sobreviventes de abusos. Consoante o que a análise permitiu observar em relação aos efeitos de sentido produzidos pela enunciadora no procedimento de discursivização por actorialização, o seu então marido não só a “direciona” ao longo de toda a movimentação narrada por ela: ele a “controla”, o que a leva a mobilizar o próprio querer-fazer e dever-fazer não mais em prol da manutenção da sua família, mas em prol da sua liberdade como mulher. Já em relação a como o sentido se concretiza nesse discurso, constatou-se que os seus microtemas podem ser sintetizados em dois conjuntos principais: o da mulher que “precisa” se casar porque engravidou e o da mulher que busca por liberdade, sendo que esse percurso temático é figurativizado por meio de uma série de ocorrências que retratam o próprio ciclo pelo qual a violência doméstica se engendra – desde as práticas de abuso muitas vezes socialmente relativizadas (como a agressão verbal) até aquelas que, corporificando-se, se intensificam e se constituem como formas ainda mais contumazes de violência (como o feminicídio, embora este não tenha sido o caso do texto aqui analisado).
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