O presente artigo resulta da pesquisa que trata da educação escolar indígena com objetivo de deslindar o processo de escolarização dos Mẽbêngôkre Gorotire, comunidade indígena localizada no município de Cumaru do Norte, sul do estado do Pará, à luz da História Oral Temática, com 14 participantes, sendo 9 Mẽbêngôkre e 5 não indígenas, e análise documental constituída no âmbito municipal e estadual. A escolarização dos Mẽbêngôkre Gorotire é recente, principiada em 1973, pela Missão Evangélica do Brasil e operacionalizada por vários agentes sociais, Fundação Nacional do Índio, Summer Institute of Linguistics, garimpeiros, madeireiros, Associação Floresta Protegida e os próprios Gorotire, sendo atualmente gerenciada técnica, administrativa e pedagogicamente pela Prefeitura Municipal de Cumaru do Norte-PA, por meio da Secretaria Municipal de Educação e Secretaria Estadual de Educação do Pará. O processo escolar dessa comunidade indígena se apresenta em contextos educacionais contemporâneos, todavia com vivências que a alicerçaram por muitos anos numa perspectiva instrutiva integracionista e que a pouco tempo andarilha no vislumbre de concebê-la no âmago da autonomia e reafirmação de sua identidade, sobretudo por meio de ressignificações estabelecidas pelos próprios Gorotire.
RESUMOA Educação do Campo no Estado do Tocantins tem sido objeto de estudos no meio acadêmico e fomentado o desenvolvimento de pesquisas. Este artigo é parte de um estudo mais amplo que visa compreender a realidade da educação ofertada aos campesinos do Estado do Tocantins e tem como objetivo analisar a realidade das escolas localizadas no meio rural na região de abrangência da 13ª Diretoria Regional de Ensino, localizada em Arraias, TO.
Socializamos uma pesquisa sobre a Licenciatura em Educação do Campo na Universidade Federal do Tocantins (UFT). Analisamos os processos de implantação em seus aspectos políticos e pedagógicos. Debatemos sobre o protagonismo dos movimentos sociais nas lutas pelo direito à educação e nas questões direcionadas às políticas de Educação Superior para o meio rural no Brasil. No percurso metodológico, inspiramo-nos na História Oral, na perspectiva da abordagem qualitativa. Entrevistamos docentes que vivenciam o processo de implantação do curso na UFT, para apreender as expectativas e construções empreendidas na materialização da Licenciatura. A fundamentação teórica deste estudo se deu mediante o diálogo com diversos teóricos como: Caldart, Santos, Molina, Arroyo, Silva, Alberti. Discorremos sobre a Pedagogia da Alternância como referência para a alternância pretendida para a Licenciatura em Educação do Campo, assim como as proposituras para a sua efetivação. Depreendemos que a implantação da Licenciatura em Educação do Campo configura uma conquista para a população que vive no e do campo e encontra-se em processo de construção, que demanda, por parte dos seus executores, novas posturas em frente aos conflitos e enfrentamentos para a sua efetiva materialização.
Este artigo resulta da pesquisa que tematiza a educação escolar indígena e objetiva deslindar percepções imagéticas de aprendizagens da educação indígena e educação escolar indígena, representadas por crianças Mẽbêngôkre-Kayapó em processo de escolarização na aldeia Gorotire, localizada no município de Cumaru do Norte, PA, à luz da análise de imagem de oito desenhos criados pelas crianças, com interlocuções de narrativas orais de seis Mẽbêngôkre-Kayapó adultos escolarizados. As crianças interpretam e representam as aprendizagens da educação indígena e escolar de maneira bem distinta. Para elas, a educação indígena Mẽbêngôkre-Kayapó é significada pelo pertencimento ao território, integração com o meio ambiente, cotidiano familiar e comunitário, tradição cultural e realização de atividades desempenhadas entre homens e mulheres, ao passo que, na educação escolar indígena, as aprendizagens são reveladas no contexto educacional ocidental, com atividades coletivas desenvolvidas no mesmo espaço e tempo. Embora essas aprendizagens estejam presentes no mesmo território, percebe-se que elas não se comunicam, uma vez que o tracejo que compõe os desenhos criados sugerem que não há o entrelaçamento oriundo de cada processo educacional.
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