Para avaliar as condições de estocagem de vacinas vivas, atenuadas contra o sarampo, da rede de vacinação do Estado de São Paulo (Brasil), foram visitados 71 Postos de Vacinação Credenciados particulares (PVC), assim como 117 Centros de Saúde oficiais (CS), sobre os quais interessava saber a respeito da qualidade da estocagem a frio. Os parâmetros adotados foram: a) temperatura das geladeiras de uso (+2 a +8°C) e de estoque (+ 8°C); b) validade do produto; c) título das vacinas conservadas nestas geladeiras, avaliado pela inoculação de diluições das amostras de vacinas em células Vero; d) proteção à luz. Dos CS pesquisados, 85,33% apresentaram geladeiras com temperatura de acordo com a recomendada e 100% das vacinas neles estocadas com título e validade satisfatórios. Nos PVC foram encontrados, com maior freqüência, lotes de vacina fora do prazo de validade (14,49%), com títulos abaixo do mínimo requerido (3,53%) e geladeiras de uso e de estoque com temperaturas inadequadas (33,80%). Necessário se faz que as condições de estocagem das vacinas contra o sarampo (temperatura e proteção à luz), prevalentes no momento, sejam melhoradas e que as bulas passem a acompanhar o produto a eles entregue, para que os responsáveis pela vacinação obedeçam as recomendações do laboratório produtor com relação às condições de estocagem, validade e administração do imunobiológico, uma vez que a pesquisa revelou que estas não são observadas com o rigor necessário.
TIMENETSKY, J. et al. Identificação de micoplasmas pela inibição de crescimento de amostras isoladas de culturas celulares, Rev. Saúde públ., S.Paulo, 26 (1): 17 -20 , 1992.As culturas celulares devem ser continuamente monitoradas quanto à presença de micoplasmas, pois, embora às vezes eles passem despercebidos, podem causar alterações cromossômicas, interferir na replicação viral, na produção de anticorpos e interferon. A Organização Internacional em Micoplasmologia (IOM) recomenda o isolamento e a identificação de micoplasmas, visando detectar as prováveis origens da infecção e melhorar a qualidade das culturas. Assim, foram analisadas pela inibição de crescimento, 37 amostras pertencentes a 27 linhagens celulares contaminadas por micoplasmas. Em nenhuma amostra foi observada a ocorrência de duas espécies. Foram identificados 18 (48,65%) Mycoplasma arginini, 15 (40,55%) Acholeplasma laidlawii, dois (5,40%) Mycoplasma orale, sendo que duas amostras (5,40%) não foram identificadas. Considerando as espécies caracterizadas na pesquisa, os autores sugerem: a) a adoção do teste de isolamento de micoplasmas em caráter de rotina; b) o aprimoramento das técnicas de assepsia e desinfecção; c) a eliminação da pipetagem bucal; d) a utilização de soros e de outros componentes de meios de cultura de qualidade certificada; e) o questionamento da presença de micoplasmas quando linhagens celulares são permutadas pelas instituições; f) a avaliação cautelosa de resultados obtidos quando se utilizam culturas infectadas por esse microrganismo. IntroduçãoAtualmente, culturas celulares não têm seu uso restrito à Virologia, sendo utilizadas em diversas áreas da pesquisa biomédica. Por constituírem sistema biológico sensível a agentes físicos, quí-micos e infecciosos, devem apresentar-se íntegras, de modo a não prejudicarem os ensaios laboratoriais. O monitoramento das culturas celulares deve ser permanente e incluir a pesquisa de micoplasmas porque estes microrganismos são capazes de provocar alterações citogenéticas 6,7,8,10 . Com a produção, permuta e comercialização de culturas celulares, inicialmente isentas de micoplasmas, nem sempre é possível assegurar que eles continuem ausentes, pois, com a sucessão de repiques, a transposição do microrganismo para elas, às vezes, é inevitável. O soro animal, por exemplo, mesmo após passar através de membranas filtrantes com porosidade de 0,22 um, pode conter micoplasmas, já que estes, sob determinadas condições fisiológicas, atravessam os poros 8,10,15 . As taxas de infecção por micoplasma em culturas celulares variam de acordo com os fatores interferentes na manipulação, existentes em cada laboratório. Assim, 15% de infecção não constituem freqüência inesperada 1,6,10 . No Brasil, Barth e Majerowicz (1988) 3 detectaram micoplasma através da microscopia eletrôni-ca, em soros e culturas celulares, enquanto que Miyaki e col. (1989) , através de cultivo direto, verificaram a presença de Mycoplasma sp. em 45,28% de 106 culturas celulares examinadas. Timenetsky (1990) 15 , através de provas d...
Calf serum and fetal bovine serum present great variability as to its growth promoting efficiency (GPE). As supplement of culture media to cultivate cells of animal origin they stimulate the "in vitro" multiplication and maintain cell viability. When fourteen lots of calf sera of variable GPE had the total protein contents as well as the percentages of serum fractions determined, no significant differences that could possibly explain the variability of the GPE were observed. Evaluation of the antiproteolytic activity of nineteen lots of calf serum and eighteen serum lots of younger calves showed that the former exhibited lower antiproteolytic titers (1:40 to 1:80) than the latter (1:80 to 1:160). Twelve lots of fetal bovine serum studied in parallel, showed the highest concentration of antiproteolytic factors, with titers equal to 1:320. Sera of bovine origin, but not fetal sera, are usually heat-inactivated, what was demonstrated to be responsible for the decrease of the antiproteolytic activity of 75% of the lots tested. This could explain the inability of certain heat-inactivated sera in promoting multiplication of some cells "in vitro", as verified with primary monkey kidney cells. The results obtained in this study indicated the convenience of submiting each lot of serum to be introduced in cell culture to previous determination of its characteristics, such as growth promoting efficiency, antiproteolytic activity and also toxicity, absence of extraneous agents, etc., in order to minimize the possibility of using serum lots of questionable quality, thus preventing not only the loss of cell lines, but also undesirable and sometimes expensive delays.
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