Introdução e Objetivos: A grande maioria dos doentes oncológicos necessitam de tratamentos de radioterapia. Na irradiação do tórax, uma possível complicação grave é a lesão pulmonar radioinduzida, entidade que engloba a pneumonite rádica e a fibrose por radiação. A pneumonite rádica ocorre em 5-20% dos doentes podendo apresentarem-se de forma assintomática ou sintomática o que pode condicionar a qualidade de vida dos doentes. Materiais e Métodos: Revisão da literatura e breve descrição de caso clínico. Resultados: Mulher de 35 anos, com antecedentes de asma, submetida a tumorectomia por carcinoma da mama, seguida de radioterapia externa, hormonoterapia e castração química. Na sequência de quadro respiratório persistente e agravado, é estabelecido o diagnóstico de pneumonite rádica. O início subsequente de terapêutica dirigida resultou numa melhoria clínica franca da doente com resolução do quadro. Discussão e Conclusões: A pneumonite rádica é um efeito adverso não desprezível na irradiação do tórax e de origem multifatorial. Vários fatores de risco têm sido associados a esta entidade, tanto relacionados com o tratamento propriamente dito como relacionados com características dos doentes. A instituição de terapêutica dirigida o mais precocemente possível, permite a possível resolução do quadro.
Introdução: A Radioterapia Estereotáxica Corporal -SBRT é um tratamento curativo do carcinoma do pulmão de não pequenas células -NSCLC em estádio inicial, apresentando umas elevadas taxas de controlo local e uma toxicidade aceitável. Objetivos: Caracterizar/analisar os resultados terapêuticos em doentes tratados com SBRT pulmonar por doença primária. Material e Métodos: Análise retrospetiva de doentes com NSCLC tratados no CHUC, entre fevereiro/2016 e agosto/2019. Foram caracterizados parâmetros clínicos, planeamento/estudo dosimétrico, toxicidade (escala CTCAE- -versão5.0) e follow -up. As curvas de sobrevivência foram calculadas pelo método de Kaplan -Meier e as análises multivariadas pela regressão de Cox -erro tipo I 0,05. Resultados: Incluíram -se 24 doentes, sendo 66,7% do género masculino, com uma idade mediana de 77 anos (53‑87) e Karnofsky≥90% em 70,8%. Os tumores eram, maioritariamente, adenocarcinomas (75%) e cT1a -b (66,7%). Destes, 16,7% eram recorrência local do tumor primitivo. Foram tratadas 24 lesões, 12,5% com localização central e 87,5% periférica. As lesões apresentavam dimensão mediana de 22 mm, com volumes de PTV entre 10,6 -115cm3 . O follow -up mediano foi de 13 meses. Registou -se uma toxicidade tardia (toracalgia -G1 ) em 20,8%. Dos doentes reavaliados por imagem, verificou -se desaparecimento das lesões em 15%. As taxas de sobrevivência global e de controlo local, aos 12 e 24 -36 meses, foram, respetivamente, de 75% e 66,7%, e de 83,4% e 75%. A sobrevivência livre de doença foi de 79,2% aos 12 meses e de 75% aos 24 -36 meses. Conclusão: A SBRT pulmonar é segura e bem tolerada nos NSCLC em estádio inicial. A inclusão de mais doentes e o maior seguimento permitirão avaliar o impacto desta técnica na toxicidade, sobrevivência e controlo local da doença.
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