semana gestacional. Observou-se diminuição significativa da frequência mensal do relacionamento sexual do casal, que passou de uma mediana de 12 para 4 vezes por mês (Z =-10,56; p<0,001). A disfunção sexual se mostrou presente em 35,7% das gestantes avaliadas, e a qualidade de vida dessas foi inferior quando comparada àquelas com função sexual sem alteração (Z=-2,87; p=0,004). CONCLUSÃO: Os resultados do presente estudo mostram que a disfunção sexual afetou negativamente a qualidade de vida de mulheres grávidas, devendo ser um aspecto relevante para ser avaliado durante as consultas de pré-natal. AbstractPURPOSE: To investigate the relationship between sexual function and quality of life in pregnant women living in two cities of Northeastern Brazil. METHODS: The sample consisted of 207 pregnant women. The data were collected through a questionnaire containing questions about socio-demographic, gynecological and obstetrical data, body and sexual knowledge. Quality of life was assessed by applying the Ferrans & Powers Quality of Life Index (QLI Ferrans and Power). Sexual function was assessed using the Female Sexual Function Index (IFSF). Data were statistically analyzed using the Shapiro-Wilk, Mann-Whitney and Wilcoxon tests. RESULTS: The pregnant women studied had a median age of 30 years (quartile 26-33 years) and were approximately at the 26 th gestational week. A significant decrease in the monthly frequency of sexual relations of the couple was observed, with a median of 12 to 4 times per month (Z=-10.56; p<0.001). Sexual dysfunction was detected in 35.7% of the pregnant women studied, whose quality of life was lower when compared to women with unchanged sexual function (Z=-2.9; p=0.004). CONCLUSION: The results of this study show that sexual dysfunction negatively affected the quality of life of pregnant women, and this should be an important aspect for review during prenatal consultations.
Objetivo: Avaliar a influência do uso da rede de descanso sobre o desenvolvimento neuromotor de lactentes nascido a termo aos seis meses de idade. Método: Foram incluídos 26 lactentes, nascidos a termo, de parto único e com peso > 2500g, 19 foram inseridos no grupo que faziam uso da rede de descanso e sete foram incluídos no grupo que não faziam uso da rede de descanso. Os 26 lactentes estavam com seis meses de idade quando tiveram seu desenvolvimento neuromotor avaliado por meio da Alberta Infant Neuromotor Scale. Todas as avaliações foram registradas em vídeo-gravações e as performances neuromotoras foram reavaliadas e pontuadas por dois avaliadores capacitados e cegos ao estudo. Resultados: O desenvolvimento neuromotor dos lactentes que fazem uso da rede apresentou pior escore quando comparado ao desenvolvimento neuromotor dos lactentes que não fazem uso da rede (p < 0,03). Dentre as quatro posturas avaliadas na AIMS a postura em pé foi à única que apresentou diferença estatisticamente significativa entre os dois grupos (p < 0,01). Na análise de correlação, a idade da mãe apresentou relação negativa (r = -0,42; p < 0,03;) e o valor de Apgar no 1º minuto relação positiva com o desenvolvimento neuromotor (r = 0,49; p < 0,05;). Conclusão: Os lactentes que fazem uso da rede de descanso apresentam um desenvolvimento neuromotor mais lento quando comparado ao desenvolvimento de lactentes de mesma idade que não fizeram uso da rede de descanso.
The aim of this study was to investigate the cognitive and clinical evolution of post-acute stroke patients and the evolution of each Mini-Mental State Examination (MMSE) item. A longitudinal study was conducted with 42 poststroke individuals in rehabilitation. The MMSE and the National Institutes of Health Stroke Scale were used to assess cognition and stroke severity. Significant evolution in MMSE was found only for schooled individuals, total MMSE (P=0.008), spatial orientation (P=0.010) and language (P=0.010). Significant improvement was observed in clinical severity for both schooled and illiterate individuals (P<0.001). Relation between cognitive and clinical evolution showed significance only for the schooled individuals (r=-0.47; P=0.01). These findings showed a favorable improvement in the cognitive evolution of poststroke schooled individuals in the first 6 months, in addition to a relationship between clinical severity and cognition, and evidenced the necessity of cognitive rehabilitation.
Congenital heart disease is considered the most common malformation found in neonatology. The aim of this study was to characterize the congenital heart diseases of premature newborns in the Neonatal Intensive Care Unit (NICU) of a high-risk maternity unit. This was an observational retrospective, descriptive character study carried out in a maternity school, reference in high-risk gestation in the state of Rio Grande do Norte. The study was carried out with premature infants admitted to NICU, who presented some cardiological findings when performing the echocardiogram examination. Data collection was performed through the records of infants hospitalized from December 2016 to December 2017. A total of 371 records were evaluated. Fifty eight infants were diagnosed with congenital heart disease, and 38 of them had Persistence of the ductus arteriosus. The main diagnosed cardiopathies caused low pulmonary flow. About half of the pregnant women with cardiac infants presented some complications during pregnancy, and the most frequent was Urinary Tract Infection; 55 infants needed some ventilatory support, 14 had at least one extubation failure during the hospitalization period, and 8 presented atelectasis. Persistence of the ductus arteriosus was the most common cardiologic finding, and the most frequent congenital heart diseases were those that decreased pulmonary flow, diagnosed mostly in premature infants who needed some ventilation support, but who were discharged from hospital.Keywords: Infant, Premature. Intensive Care Units, Neonatal. Neonatology.ResumoCardiopatias congênitas (CC) são consideradas as malformações mais comuns encontradas na neonatologia. O objetivo deste estudo foi caracterizar as CC de recém-nascidos prematuros em Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN) de uma maternidade de alto risco. Tratase de um estudo observacional retrospectivo, de caráter descritivo, realizado em uma maternidade escola, referência em gestação de alto risco do estado do Rio Grande do Norte. O estudo foi realizado com os bebês prematuros admitidos na UTIN, que apresentaram algum achado cardiológico ao realizar o exame de ecocardiograma. A coleta de dados foi realizada através dos prontuários dos bebês internados no período de dezembro de 2016 a dezembro de 2017. Foram avaliados 371 prontuários, sendo elencados para o estudo 58 bebês, 38 apresentaram persistência do canal arterial (PCA) e foram alocados no grupo PCA e 20 apresentaram outro tipo de CC e foram alocados no grupo CC. 55 bebês necessitaram do uso de algum suporte ventilatório, 14 apresentaram pelo menos uma falha de extubação durante o período de internação e 8 apresentaram atelectasia. Cerca de metade das gestantes com bebês cardiopatas apresentaram alguma intercorrência durante a gestação. A mais frequente foi à infecção do trato urinário. A PCA foi o achado cardiológico mais comum da amostra (65%) e dentre os 20 RN com diferentes CC, as que causam o baixo fluxo pulmonar foram as mais frequentes (70%), sendo encontradas em sua maioria em prematuros que necessitaram de algum suporte ventilatório, mas que receberam alta hospitalar.Palavras-chave: Recém-Nascido Prematuro. Unidade de Terapia Intensiva Neonatal. Neonatologia.
Introdução: Dentre as estratégias de ventilação protetora em Pediatria e Neonatologia, a Ventilação Oscilatória de Alta Frequência (VOAF) tem sido descrita como um modo ventilatório capaz de oferecer ventilação e oxigenação adequadas através de altas frequências oscilatórias. Objetivo: Agregar uma análise robusta sobre as indicações da VOAF nas populações pediátrica e neonatal, através de uma revisão sistemática e descrever seus desfechos analisando também o tempo de instalação da VOAF. Métodos: Revisão sistemática de Ensaios Clínicos Randomizados, publicados entre 2014 e 2018, nas bases de dados PubMED e MEDLINE. A busca foi realizada por dois pesquisadores independentes utilizando os Descritores em Ciências da Saúde (DeCS): High-Frequency Ventilation, Neonatology e Pediatrics e suas combinações pelos operadores booleanos AND e OR. A qualidade metodológica foi medida pelo escore da Physiotherapy Evidence Database (PEDro). Resultados: Foram identificados 307 artigos dentre as diferentes bases de dados e nove (9) cumpriram os critérios de elegibilidade. A revisão dos Ensaios Clínicos incluídos abrange a aplicabilidade da VOAF, sua utilização por meio de modalidade não invasiva, desfechos e algumas características a respeito do tempo de indicação da terapêutica. Conclusão: Os resultados encontrados abordam a VOAF através de estratégias ventilatórias invasivas e não invasivas, confrontando a VOAF com a Ventilação Mecânica convencional, onde a primeira exerce um efeito importante sobre os níveis de oxigenação e de pressão parcial de gás carbônico. Na forma não invasiva, a VOAF não demonstrou superioridade ao CPAP, porém configura-se como uma modalidade segura de ventilação não invasiva, tanto quanto as modalidades já consolidadas na literatura. A utilização da VOAF como modo de ventilação inicial tem sido questionada ao longo dos anos, porém os estudos mais recentes demonstram que a sua indicação de forma precoce, com os critérios de seleção bem estabelecidos e a adequada monitorização, mostra-se segura e eficaz.
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